sábado, maio 19, 2007

26 O primeiro dia...

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ESCRITO POR DIANA #8

A responsabilidade com as palavras dá um friozinho na barriga diante da estréia, pensei tanto a respeito que resolvi abrir os trabalhos falando disso:
verdades & mentiras, justiça & covardia

O papel dos veículos de comunicação deveria ser informar com idoneidade acima de tudo, deixando ao espectador o livre arbítrio de julgar o conteúdo transmitido. Digo deveria ser informar porque na história do jornalismo brasileiro e mundial há vários registros de quando a imprensa publicou notícias de forma tendenciosa, com o objetivo maior de vender informação, seja qual for a veracidade desta.
Eu não sei se o Clemer disse ou não umas besteiras, não estava lá. Do que tenho certeza é que tanto a Globo, como sua afiliada RBS, não têm algo contra o Inter especificamente, agem sim a favor de seus interesses comerciais, contando a sua verdade quando para eles se faz necessário. É tudo se não causa, conseqüência da audiência que elas têm. A Globo privilegia os times do eixo Rio-São Paulo porque é onde rende mais lucro e a RBS oscila entre Inter e Grêmio, quem está bem é exaltado, quem está mau é tripudiado. Não sou do protesto imprensa azul, acredito mais em fins lucrativos.

Desde o início desta temporada, quando as falhas do time colorado passaram a repercutir nos resultados das competições, a imprensa insiste em procurar informações de conflitos, pois na má fase o que vende jornal é a resposta pro caos. Alguém tem que pagar pela transmissão e venda de anúncios que eles deixam de fazer, quem mandou não vencer? Porque ninguém entrevistava o Iarley durante a Libertadores do ano passado? Era reserva do Sóbis.

Através do site oficial o Inter rebate e cada um que escolha sua verdade, ou mentira. O que segue atuante é a postura da imprensa, pela condição de intocáveis que estas emissoras conquistaram e a única maneira de lidar com isso é ouvir mais do que falar, pra deixar que o peixe grande morra pela boca. Alguém já fez isso e eu trago aqui um fato que envolve um político, por isso explico desde já que não tenho intensão de defender siglas partidárias, é o feito particular que vou mostrar.
Em 1994 a rede Globo travou uma batalha contra um governante, noticiou tudo que pudesse ser ruim do seu governo, não sei se era improcedente, repito que não estou aqui para defender vida pública de ninguém, mas num determinado momento a emissora perdeu-se na arrogância e ofendeu o caráter pessoal do cidadão que, amparado por uma liminar, adquiriu direito de resposta e como um bom gaudério, o castigo veio à cavalo.

Melhor do que ele, em pessoa, apresentando a réplica, foi ver o maior porta-voz da Globo, Cid Moreira, lendo suas palavras em horário nobre. Mesmo que não tenha sido o suficiente para mudar o rumo da ética no jornalismo e muito menos ameaçar a hegemonia da emissora, eternizou a noite em que a justiça marcou um gol na covardia.
O homem em questão era colorado (corrijam-me os seguidores fiéis se estiver errada) faleceu em 2004 sem ver seu time sofrer pela desonestidade em 2005 e triunfar dignamente como campeão da Libertadores e Mundial em 2006. Deixou a vida como o único brasileiro que conseguiu dar o troco à altura da poderosa rede Globo.
Abaixo o vídeo do momento histórico e o homem de quem falo é autor da frase:
Cavalo de raça morre na pista