quinta-feira, maio 03, 2007

23 MATA MATA # 2 (SEGUNDA FASE)

23
Bom o primeiro mata mata acabou em favor do Bloguista #4. O #2 está eliminado. Não tenho a contagem de votos exatos mas a margem foi grande. O Bloguista # 4 está entre os Quatro finalistas! Um lembrete pessoal, um voto por pessoa, e sem campanha de familia e amigos, pra ficar justo.

Bom vamos agora ver o que temos hoje!

BLOGUISTA # 8

O TEMPLO

A casa do campeão é o templo, onde seus discípulos comparecem religiosamente nos momentos de luta, derrotas e vitórias. O templo colorado é o Beira Rio, que tem em seu nome oficial uma justa homenagem ao idealizador que faleceu antes de vê-lo pronto, José Pinheiro Borda.
O Beira Rio é uma espécie de símbolo da origem de sua nação, o clube do povo e seu gigante à beira do rio, que parece postar-se diante dessas águas para dali admirar o sol se pôr, oferecendo em troca o som de sua arquibancada, fervendo como o astro rei, vermelha como ele.
O berço dessa nação é humilde, tal qual a maioria da população brasileira. O termo terceiro mundo já não existe mais, somos um país em desenvolvimento, mas se para Shakespeare uma rosa sob outra designação teria igual perfume, pra nós os problemas sócio-econômicos não mudaram com a terminologia.

Assumindo a candidatura à copa do mundo de 2014, o Brasil compromete-se em cumprir a famosa lista de exigências para modernização dos estádios. No site oficial da FIFA está a disposição um documento com 34 páginas onde podemos encontrar frases como esta “Numa época em que nossos lugares têm calefação e ar condicionado, é muito pouco provável que continuemos suportando primitivas condições dos espectadores do século passado”. Imagino um colorado da Vila Jardim chegando numa noite de inverno e pedindo pra dormir dentro do Beira Rio: é que lá em casa não tem estufa e aqui é quentinho.

O contraponto disso é a ambição de conquistarmos, além dos títulos, desenvolvimento tecnológico não só de nossas instalações, mas de toda a instituição Sport Club Internacional. Não vamos nos conformar com o limite de recursos para não evoluir, isso seria medíocre. Almejamos sim um estádio moderno, mas dentro da nossa capacidade de arcar com o ônus da modernização e principalmente, sem esquecer a origem do Inter, clube do povo.
A questão é esta, o conceito de moderno da FIFA não é universal como o futebol.
Aprimorar é uma coisa, elitizar é outra, bem diferente.

As cadeiras no estádio são benfeitorias do patrimônio, uma necessidade às pessoas de mais idade e aos que levam bebês no colo. Mas é um atraso permitir que parte da torcida assista o jogo podendo ficar em pé, comemorar o gol aos pulos, descer dois degraus pra abraçar um amigo, ou um parente? Se for assim, considero o hábito de não tomar banho diariamente primitivo, como acontece na Europa. Homens e mulheres bem vestidos são fedidos, por opção, não é falta d’água, nem condições precárias de poder aquisitivo, é da cultura deles.

A modernização do Beira Rio precisa de planejamento e parceria com iniciativa privada. Mais importante que climatizar o estádio é promover o comércio junto a ele. Lojas, bares, restaurantes e mercados compondo um conjunto de estabelecimentos capaz de gerar renda e atividade constantes ao clube e conseqüentemente ao bairro, à comunidade. A cobertura da arquibancada, reformulação dos sanitários e melhores acessos para entrada e saída de público são medidas conscientes, importantes. Agora, assentos estofados para acomodar o popô de um Mr Blatter, não.

Quando digo planejamento, refiro-me a decidir o que são, em quanto tempo serão feitas e como concretizar as melhorias. Quando menciono envolvimento do capital privado, questiono a proporção do que o clube pode oferecer em permuta a esses investidores.
O órgão máximo do futebol tem obrigação de fiscalizar as condições das dependências dos estádios, mas a partir do momento em que exige dos países e seus clubes um endividamento para construção de catedrais medievais em meio a uma população carente, esquece o princípio básico do esporte: inclusão social.

O Inter tem que modernizar o estádio, mas sem vender a mãe gentil pra isso, até porque podemos chamar o Beira Rio de Pátria Amada, pois é gigante pela própria natureza.

BLOGUISTA # 11

NOVOS TEMPOS TRAZEM NOVAS RIVALIDADES.

Hoje temos duas longas semanas para esperar o Inter mostrar a sua "nova cara" sob o comando de Alexandre Gallo no campeonato brasileiro. Enquanto isso, não temos muitas opções senão aguardar ansiosamente a contratação dos prometidos reforços e assistir o nosso rival local se esmerar na escrita do último capítulo de seu novo DVD - Inacreditável: A Saga da Polenta. Nesse meio tempo, eu gostaria de fugir um pouco das especulações a respeito das mudanças no grupo colorado e convidá-los a "filosofar" um pouquinho a respeito de rivalidade. Um assunto que, em se tratando de futebol, talvez seja tão importante quanto a bola.

É fato que o Sport Club Internacional está vivendo novos tempos e que novos tempos sempre são marcados por novas rivalidades. Cada vez mais, podemos identificar novos rivais colorados pelo Brasil e pelo mundo a fora. Alguns podem pensar no Corinthians. Em 1976, ganhamos o título brasileiro deles em uma final bastante tumultuada. Em 2005, eles tiveram a sua suja revanche, literalmente nos roubando o título nacional. O São Paulo talvez seja um exemplo melhor. Além de termos faturado a libertadores em cima deles no anos passado, já disputamos 45 partidas com o pessoal do Morumbi, ganhamos dezesseis e perdemos quinze. Podemos citar também o Barcelona. Nesse caso foram apenas dois jogos e duas vitórias coloradas. Mas as duas em finais de campeonatos - o mundial de clubes da Fifa em 2006 e a Copa Joan Gamper em 1982. Mas para mim, o grande rival do inter fora do Rio Grande do Sul não é nem o São Paulo e nem o Barcelona e sim um outro clube que fica um pouco mais próximo do Beira Rio e do nosso estado.

Com sua sede a 890 km de Porto Alegre, o Nacional de Montevideu parece cruzar os caminhos colorados sempre nos momentos mais cruciais. A primeira vez que isso aconteceu foi no ano fatídico de 1980, quando deixamos escapar em plena final a, então inédita, credencial de campeão da américa. Depois, tivemos de esperar longos vinte e sete anos para conseguir dar o troco. E conseguimos. Ano passado eliminamos os uruguaios nas oitavas de finais da libertadores e marchamos firmes rumo ao título. Além disso, também acho que o retrospecto de Inter e Nacional chama atenção por ser altamente acirrado:

30/07/1980 Inter 0 X 0 Nacional
06/08/1980 Nacional 1 X 0 Inter
23/02/2006 Inter 3 X 0 Nacional
04/04/2006 Nacional 0 X 0 Inter
27/04/2006 Nacional 1 X 2 Inter
03/05/2006 Inter 0 X 0 Nacional
21/02/2007 Nacional 3 X 1 Inter
19/04/2007 Inter 1 X 0 Nacional

No geral, o Inter é quem está na frente. Temos uma vitória e dois gols a mais que os uruguaios. Se servir de consolo, pelo menos o gol do Fernandão no último jogo nos colocou novamente em vantagem nas estatísticas deste "novo clássico". Claro que, apesar dos números estarem do nosso lado, este ano foram eles que levaram a melhor, pois seguiram adiante na maior competição futibilística da américa latina. Sinceramente, espero que Inter e Nacional se enfrentem muitas vezes daqui para a frente, porque ainda quero sentir o gostinho de ganhar desses caras em uma final de libertadores. (quem sabe em 2008...)

Bom agora que eu já disse o que eu penso a respeito o assunto, eu gostaria de conhecer o ponto de vista de outros colorados. E você? Que clube que você considera o grande rival do Inter fora do Rio Grande do Sul?