ESCRITO POR NOLCI SANTOS CORRESEPONDENTE DE DUBAI
Grandes Colorados deste magnífico Blog.
Grandes Colorados deste magnífico Blog.
Encerro aqui minha participação neste que é o site mais Colorado do Mundo. Agradeço a confiança à mim dada pelo grande Louis. Não consegui atuar como queria, mas saibam que fiz o meu melhor.
Inicio respondendo a uma questão levantada no último texto, referente ao número de Colorados na final da Dubai Cup. Sem dúvidas, havia mais Colorados na final. O que aconteceu foi que os TAMBORES DE YOKOHAMA chegaram ao estádio 30 minutos antes da preliminar e tentamos reservar os lugares centrais. Conseguimos, mas como éramos minoria (lembro que 99% dos árabes torciam para a Inter de Milão), ficamos espremidos. E a Polícia, a certa altura, não permitia mais a passagem de Colorados para se unirem a nós. Observem, numa outra oportunidade, que diversos Colorados ficaram mais à direita, quase na linha da grande área.
Terminado o jogo, a torcida árabe fazia festa conosco. Era muito engraçado. Todos com aquelas camisetas que pareciam um pijama da Azenha nos abraçando e pedindo para tirar fotos. Como eu estava tocando tarol, muitos deles vinham e batiam com as mãos. Um, com a camisa da Inter, quase furol a tarol e eu quase furei os olhos dele...hehehe....mas depois lembrei-me que não eram italianos e nem azenhenses....eram árabes simpatizantes da nossa filial italiana....hehehe.
Imediatamente após à entrega do toféu, seguimos para o nosso hotel para largar os instrumentos e cumprir o roteiro da empresa de turismo, que era tão quadrada que não quis sair do itinerário e nos levar diretamente para o Hotel do Inter.
Chegamos no Hotel do Inter e fomos recebidos pelo Newton Chumbinho Drummond e pelo Presidente Píffero. Nos abraçaram e agradeceram a barulheira que fizemos. Alguém, não lembro exatamente quem, nos relatou que o filho do Sheik perguntou que barulho era aquele que a torcida fazia. Eram as 3 cornetas que o Confrade René levou. Pareciam 3 caminhões....quem estava perto não deve estar escutando até hoje....hehehe
Ela foi muito útil. Nas faltas perigosas soavam feito navalhas na direção dos ouvidos italianos. Azucrinamos todo o primeiro tempo o lateral esquerdo Cesar, que constantemente olhava para nossa direção e cuspia. Quando aquele brucutu do Materazzi deu o cotovelaço no Fernandão (que vimos depois no hotel que quase afunda o globo ocular dele), enfiamos a buzina nele e gritamos Zidane.....e ele apelou apresentando o dedo médio para nós, que quase pulamos o alambrado para pegá-lo. Depois foi a vez daquele arremedo de Pelé. Quando ele pegou o Guiñazú e depois voltou para ficar xingando-o ( e eu fico p. da cara que nenhum Colorado foi até ele para mandar parar...as imagens não mostram isto). Começamos a enfiar as buzinas nele e ele enlouqueceu. Tanto que colocou a mão nas genitais e mostrou para nós.....que, se não fosse a lembrança das prováveis chibatadas em praça pública, quase invadimos o gramado para fazer ele lamber aquela mão que ele passou no saco....hehehe
E o Chumbinho nos trouxe a Taça de Dubai, em reconhecimento ao nosso esforço. Vibramos muito. Tiramos muitas fotos. E os jogadores? Estavam extenuados, fazendo um lanche rápido e subindo para os quartos. Estavam fatigados. Percebia-se que deram 100% de suas forças. O Guiñazu mancava, o Fernandão só enxergava de um olho, o Edinho, que nem jogou, também mancava, o sorridente Nilmar também demonstrava estar dolorido, o Renan numa felicidade enorme, a gurizadinha (Tite, Danni Moraes, Ramon, Maycon, Jonas, etc...pareciam pinto no lixo.....hehehe, não paravam de rir....). Não houve comemoração, até porque tudo acaba às 02:30h da madrugada em Dubai.
No dia seguinte, todos saímos com as camisas da Confraria. Nos sentíamos verdadeiros campeões. Todos queriam uma camiseta, uma foto e alguns até autógrafo deram. Eu? Óbvio que não....com a minha barriga eu estava mais para massagista do que para jogador.....e mesmo sendo árabes, eles sabiam disto....hehehe.
À noite teríamos o jogo Milan x Emirados Árabes. Mas estávamos destruídos. Não agüentávamos sequer falar. Desistimos de ir. Meus braços doiam muito pois fazia muito tempo que eu não tocava tarol....e foram quase 2 horas sem parar. E que frio (fizemos chover e quase nevar no deserto...DÁ-LHE INTER). E isto acabou com as nossas gargantas. E quanto ao "mel"? Nem pensar. Beber álcool na rua, poderia dar 1 ano de cadeia ou, se eles fossem bonzinhos conosco, caberia algumas chibatadas em praça pública. Cá para nós, nenhuma das opções era interessante.
Fica aqui o meu agradecimento e o lamento de não ter trazido mais informações. Fiz meu melhor. Caso tenham gostado de algo e queiram nos brindar com algo, ofereço duas oportunidades:
a) COMPAREÇAM NA PRAIA DE CIDREIRA, DIA 26 DE JANEIRO, PARA COMEMORAR NO JANTAR DO 1o. ANO DOS TAMBORES DE YOKOHAMA;
b) CADASTREM-SE NO NOSSO SITE (www.tamboresdeyokohama.com.br) E TRAGAM SUAS IDÉIAS PARA PODERMOS CRESCER E AJUDAR O NOSSO INTERNACIONAL.
Um grande abraço e até Marte.....
Nolci Santos
Presidente da Confraria TAMBORES DE YOKOHAMA