Escrito por Diana Oliveira
Domingo de sol, passeio até Itapuã, curtindo um banho de rio, ou estuário, ou lago, ou laguna Guaíba, como queiram. Ótimo programa no final de semana, fugindo brevemente do calor na capital gaúcha. E lá se vão três amigas, um saco de carvão e um bom pedaço de vazio.
A tradição gaudéria determina que o “bagual” asse a carne e a prenda confeccione os acompanhamentos. Mas como tabu existe para ser quebrado, as moças aventuraram-se diante da churrasqueira. É bem verdade que o vento forte colaborou pra que o fogo ateasse rápido e consistente. Dado o primeiro e mais delicado passo, o restante ocorreu naturalmente, vazio no espeto, salsichões e pão na grelha, cervejinha gelada abastecendo o isopor (sim, cooler é frescura) e era isso.
A churrasqueira, de chão, com caixa alta, fez a carne assar “devagarito”, de maneira que no ponto certo saiu do fogo macia e suculenta. Uma delícia! No mais perfeito ritual que envolve tudo que se chama churrasco, a melhor parte fica para o bate papo entre amigas, saboreando vagarosamente os pedaços prontos e a merecida cerveja, pois o brinde é justo.
O evento aconteceu às margens de água doce, mas não é história de pescador. Foram de fato Daniela, Diana e Sara - eu e minhas grandes amigas - as protagonistas do evento mais Clube da Luluzinha que poderia ocorrer em terras gaúchas. Deixamos claro que rapazes podem e até devem ser convidados numa próxima oportunidade. No entanto, diante da competência com que executamos tal função, avisamos que os machos, no nosso churrasco, ficam encarregados da salada de batata. E não pode ser do Zaffari!
Por fim, como não poderia deixar de ser, tenho mais duas grandes amigas que se ausentaram, por dois motivos: o primeiro é que são loiras e além da pouca desenvoltura em atividades lendariamente estabelecidas como masculinas, não combinam com tal cenário onde vovós sentam com suas cadeiras na beirinha onde a água bate nas canelas e crianças correm afobadas pela areia. Elas têm pavor disso. O clima delas é praia do Rosa... A segunda razão é que, coincidência ou não a personalidade e cor dos cabelos, são gremistas. Desculpem-nos Cristina e Fernanda, mas o churrasco era de moças COLORADAS.
Anelise, na próxima te chamo, vai ter costela, gostas?