28 MATA MATA # 1 (Segunda Fase)

Vamos com o mesmo formato de antes, mantendo os numeros dos Bloguistas da primeira fase, já que foi a decisão da maioria. Fica a seu criterio se você quer botar peso no primeiro texto do autor ou apenas basear sua decisão nese texto.

Se você ganhou na primeira fase por favor envia seu texto para não correr o risco de ser eliminado por WO! Valeu!

Vamos la! Agora o bicho vai pegar!

BLOGUISTA #2

Obrigado Abelão


Toda a nossa longa caminhada, desde a conquista da América até a do Mundo, começou no hoje distante 2004. Naquele ano, perdemos a vaga na Libertadores da América na última rodada do Campeonato Brasileiro. Quem não lembra? Precisávamos apenas de um empate, no Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul, contra o próprio São Caetano. Perdemos de cinco a zero. Neste mesmo ano entregamos um jogo na Bombonera, contra o Boca Juniors, e acabamos eliminados da Copa Sul Americana.

Passado este ano, aprendemos muitas lições e então evoluímos. O ano de 2005 é inesquecível para todos os colorados. Fomos tetra campeão gaúcho, em cima do 15 de Novembro. Neste mesmo ano, ganhamos do mesmo Boca Juniors no Beira-Rio, e novamente na Bombonera deixamos a classificação escapar.No Campeonato Brasileiro como esquecer? Foi neste campeonato que o orgulho colorado voltou a esta imensa nação de torcedores. Por estranha coincidência, no ano em que o Corinthians fechou parceria com a MSI, com a contratação de jogadores caríssimos como Tevez, fomos “esfaqueados” e injustiçados como nunca antes visto no cenário nacional. Da noite pro dia, um senhor chamado Luiz Zveiter, traçou uma mudança de rumo naquele campeonato. Dois fatos não saem da cabeça dos torcedores: a alteração da classificação com a anulação dos jogos, e o pênalti não marcado seguido da expulsão do Tinga. Quando lembramos ainda hoje, a ira, e o sentimento de fraqueza perante a justiça, toma conta de muitos colorados. Torcedores Brasil afora torciam por esta justiça, querendo a derrota do Corinthians, e a vitória do Internacional. Não deu, acabamos vice-campeões.

Já no ano de 2006, inúmeras mudanças aconteceram no clube do estádio Gigante da Beira-Rio, palco de três títulos brasileiros, uma Copa do Brasil e uma Libertadores da América. O recém contratado técnico Abel Braga, conhecido também como Abelão, começou sua nova passagem no clube muito contestado com a escalação de seus times. Em um grupo extremamente qualificado, insistia em colocar jogadores questionados como Michel, Adriano Gabiru e Rubens Cardoso como titulares. Então perdemos aquela final do Campeonato Gaúcho para o nosso rival da Azenha, em um jogo que éramos totalmente favoritos. Mais uma vez a decepção com o time foi grande. Mais uma vez lições foram aprendidas. Mais uma vez evoluímos.

Na Liberadores, que campanha maravilhosa. Com um time planejado, esquema tático e jogadores excepcionais, finalmente conquistamos a América. Na bagagem da campanha, apenas uma derrota, na altitude de Quito, contra a LDU, no Equador. Na bagagem também estão jogos que nunca vão ser esquecidos. Como esquecer a virada contra o Pumas no Beira-Rio? O gol do Rentería contra o Nacional? Aquele gol do Sóbis na LDU? A bola que explodiu na trave, nas costas do Clemer e saiu, contra o Libertad?E o jogo do Sóbis no Morumbi? E então, que tal gol do Tinga em 16 de Agosto?Ah, como jogava esse time, comandado pelo até então questionado Abel Braga. Jogadores antes normais, passaram a jogar um futebol bonito e envolvente.Como Abelão fez jogar aquele time de Clemer, Ceará, Bolívar, Fabiano Eller e Jorge Wagner. Também de Edinho, Fabinho, Tinga e Alex. E para completar, Rafael Sóbis e Fernandão.

Durante a caminhada da Libertadores, jogávamos com time reserva no Campeonato nacional. Foram 10 rodadas com esse time, e lembrem, fizemos bonito. Mesmo com as vendas de Sóbis, Tinga, Jorge Wagner e Bolívar, brigamos com todas as nossas peças e forças, e acabamos mais uma vez vice-campeões. Neste ano não importou, até comemoramos o vice-campeonato, e então partimos em busca do Mundial. E o Abelão lá, sem muita gente perceber, construindo uma família, não apenas um grupo de jogadores.

Com a construção e a dedicação dessa família de jogadores, de comissão técnica, conselheiros e presidente, chegamos ao ápice da nossa história quase centenária. Já com um grupo menos qualificado, superamos o time galáctico do Barcelona, na final de 17 de dezembro, em Yokohama. Não esqueçam da organização e da frieza do time no dia da final. Não esqueçam o braço e a fibra de Abel, escalando um menino de 17 anos, e de apenas um jogo como profissional na carreira, antes do Mundial de Clubes. Não esqueçam da raça e da marcação que o time fez naquele dia. Mesmo tão contestado, e mesmo vocês leitores que nunca tiveram simpatia por ele, parem pra pensar o que vocês irão pensar deste treinador daqui a dez anos?O que vão falar a seus filhos e netos? Como vai ser bom recordar deste ano de 2006, desse time e desse treinador. Quanta alegria e orgulho este treinador proporcionou a esta nação. Mesmo hoje eliminados das duas competições, quem não tem orgulho de vestir a camisa do Inter? Deveríamos agradecer e muito a Abelão. Um time sem treinador não consegue ganhar duas competições as quais ele ganhou.

Agora os tempos e, a fase do time é outra, não tenho ainda uma opinião formada sobre a saída do Abel. Por um lado, creio que é benéfico, pelas derrotas e eliminações deste ano. Por outro, penso que é um equívoco, pois é um treinador que faz as características de um time, e que há pouco tempo para tamanha mudança. A única coisa que penso, e que devemos fazer é dizer: Obrigado, Abelão.


BLOGUISTA #4

Primeiramente, quero agradecer aos 17 votos que obtive no primeiro mata-mata. Muito Obrigado.


Após que soube do resultado, fiquei sem saber qual seria o assunto que trataria nesta segunda coluna, falar dos méritos e desméritos do Abel seria muito repetitivo, assim como falar da chegada do Gallo, já que esses assuntos são ouvidos todo dia. Fiquei pensando e então quando fui verificar o que os comentários da votação diziam vi o comentário do leitor Guilherme Mallet, que entre outras coisas, disse: “ (...) Embora não concorde com o ponto de vista dele (totalmente pró-situação, falando em melhoras dos últimos cinco anos, muitas das quais não concordo), o bloguista citou questões além-futebol. É isso que soma ao Blog (...)”, referindo-se ao texto do bloguista número 3. Pois vou sair em defesa do meu “adversário” e tentarei mostrar-lhes que nos últimos cinco, seis anos, após um longo martírio durante as décadas de 80 e 90, conseguimos colocar “nos eixos” o rolo compressor.


PLANTEL


Começo por aqui a minha análise. Antigamente o Inter tinha de fazer um time novo a cada ano, ou a cada semestre, pois sem planejamento a longo prazo trazia jogadores que não eram aproveitados em seus respectivos times, por empréstimo, ou jogadores com contratos curtos, como exemplo do zagueiro Amelli, que apareceu em nível nacional as nossas custas e após saindo para o São Paulo; outro exemplo é o de Luiz Alberto. Então com a mudança deste pensamento, fazendo-se contratos de quatro, cinco anos, foi possível mantermos de cinco a seis jogadores por temporada, assim após algumas temporadas, especialmente em 2005 e 2006, que grande parte do plantel foi mantido, assim sofrendo poucas mudanças. E o resultado? Vice (Vice?) Campeão do Brasileirão (Zveitão?) em 2005, Campeão da Libertadores e Campeão do Mundial Fifa em 2006. Então eis aqui, a principal fórmula de sucesso desta administração vitoriosa.


CATEGORIAS DE BASE


Haviam sido deixadas de lado, tratadas como prioridade secundária ou terciária, e mesmo assim o Inter revelava jogadores do quilate de Nilmar, Daniel Carvalho e Fábio Rochemback, que haviam sido lapidados pela direção anterior. Investimento nas categorias de base faz, numa visão negativista, com que o clube tenha plantel. Hoje, o Inter mantém o time b, que além de ajudar a manter a forma e o ritmo de jogo de jogadores que não estão sendo aproveitados no plantel principal, como o caso do Chiquinho, prepara os jovens talentos para que quando “prontos” ou quando seja preciso sua utilização, não necessitem de preparação extra para vestir o manto sagrado.


BEIRA-RIO E ESTRUTURA


O nosso estádio estava jogado as traças, poder-se-ia dizer que estava feio, porém as glórias que o Beira-Rio assistiu, fazem com que ele brilhe de qualquer maneira. O Beira-Rio, após longo tempo sem investimento algum, e o Gigantinho, que havia sido “abandonado” após o fechamento do departamento de futsal do Inter, deixaram de serem vistos como um amontoado de concreto e agora fazem parte da fonte de renda do clube, com a locação para eventos paralelos e com a construção de novos camarotes. Com as reformas e os investimentos, o Beira-Rio está dentre os melhores estádios do Brasil, juntamente com a Kyocera Arena, o Morumbi e o Maracanã. Nossa estrutura é de primeiro mundo, tanto que o primeiro jogo da final da Libertadores de 2005 foi escolhida para ser aqui, devido a não adequação do estádio do Atlético Paranaense naquela época. A instalação das cadeiras no estádio, a troca da iluminação, a reforma do vestiário, a compra de novos equipamentos, oferecendo aos jogadores condições para uma máxima produção aliada ao conforto (este que nos é proporcionado também), fazem com que nosso estádio tenha uma estrutura invejável a nível mundial; tanto que está entre uma das possíveis sedes para a Copa do Mundo de 2014, que dificilmente não será no Brasil. Isso seria possível com o abandono da outra administração? Aconselho que visitem http://www.beirario2014.blogspot.com/, do nosso amigo Guilherme Mallet que inspirou esse post.


FUTURO


Nossas categorias de base renderão ótimos frutos, vide Alexandre Pato. Nosso patrimônio se valoriza a cada ano. O Internacional deixou de ser um time que servia de “ponte aérea” para o centro do país, agora nós temos status, jogadores desejam jogar aqui. O plantel, se tiver as peças mais importantes mantidas, sofrerá poucas baixas de temporada para temporada. Contamos com mais de 45 mil sócios. Repito a pergunta do bloguista número 3: que outro clube nacional possui esse número de sócios?

O que não pode acontecer é tudo isso cair em mãos erradas, mãos que não saibam o valor que tudo isso tem para nós, verdadeiros amantes colorados.


CRÍTICAS


Certamente receberei criticas por sair em defesa da atual administração, do Piffero, pois aqui, para finalizar, ressalto que também não aprovo, até o atual momento, a sua administração totalmente inerte. Administração essa que não soube reforçar o time, pensando que o plantel atual seria suficiente, que não soube avaliar alguns jogadores que não tem o brio suficiente para vestir a camiseta campeã do mundo. Finalizo assim, exaltando a nossa conquista mais sublime, colorado, mesmo com os últimos acontecimentos, orgulhe-se de ser o atual dono do Mundo!