terça-feira, agosto 26, 2008

24 …e pensar “pequeno” na hora de montar o time

24
(Se você não entendeu o título, leia primeiro o excelente texto do Daniel Chiodelli logo abaixo)

Vou direto ao ponto. A minha opinião é que esses dois anos e os resultados que não chegaram em muito podem ser creditado em uma conta: a conta da avaliação incorreta do nosso plantel.

Não é de hoje que nossos dirigentes são assolados por ilusões de grandeza. Superavaliamos nossos jogadores. Achamos que a reconhecida qualidade de alguns iria compensar desentrosamento e desnivelamento físico de muitos.

Caímos na tentação de acreditar que bastaria reunir um punhado de bons jogadores, e “voilá”, tem-se uma equipe vencedora.

Não haveria problema em haver demasia de jogadores com mesmas características. Tudo e todos iriam sucumbir ao grupo campeão do mundo FIFA, ou em menor escala, a “um dos melhores plantéis do Brasil”.

Doce ilusão. As laterais são desertos de improdutividade. Não temos no grupo terceiros volantes de comprovada qualidade para substituir Guinazu.

A meia direita clama desde a saída do Tinga alguém capaz de articular e ajudar nas tarefas defensivas.

No ataque ainda não temos um substituto confiável para Nilmar (confio que o Walter possa vir a ser esse jogador), e pasmem, não temos nenhum jogador com características de centroavante, o dito camisa 9, aquele jogador de área que segura os zagueiros e que pode mudar a história de um jogo.

Tá na hora de pensar “pequeno”. Esse grupo não tem qualidade e alternativas suficientes. Precisamos laterais, meias e atacantes. Alguém duvida que o Nilmar vai embora até o final do ano? E ai, vamos deixar pra tentar contratar alguém na última hora?

Não podemos cair em tentação de errar achando que este grupo vai ter melhores resultados ano que vem. Já conheço essa história. Já vi esse filme. O final não é feliz, ao menos pra nós colorados.

Tá na hora de começar a planejar o futuro agora. Nunca vi futebol ser feito da noite pro dia.

As carências tão ai, e elas não vão acabar por si só.

E não quero mais ouvir essa história de desmanchar o time durante o ano e reconstruir o time em agosto. Aliás, encheu o saco.

Planejamento porra! Afinal, se o grupo é tão bom, por que os resultados não vêm? Se há tantas alternativas, porque a saída de jogador A ou treinador B põe em risco 1 ano de trabalho? Onde está o plano de contingência?

Será que os maus resultados são apenas circunstanciais? Não na minha opinião.