Escrito pelo Dudu
Que o Gallo não era galo, mas pardal, é matéria de consenso entre nós. O brabo é que o Abelão também é metido a inventor, o que me deixa apavorado.
Sem querer repetir o que o Rafael bem escreveu nessa semana, é francamente incompreensível a tendência que têm e tiveram os últimos técnicos do Internacional de querer mudar do óbvio para o duvidoso a toda hora; e o pior: não mudar o que não dá certo para o que está na cara que funciona.
"Fernandão no meio". Essa história é velha. "Um jogador com a inteligência tática do Fernandão não pode ficar isolado na centroavância". "O professor sabe que pode contar comigo nessa função mais recuada". E blá-blá-blá.
Senhores, é óbvio que o Fernandão não vai dizer pro "professor" que não quer jogar no meio. E ainda que queira, (i) não é o que ele faz melhor, (ii) temos outras opções para o lugar, e (iii) ele ainda está estropiado.
E (iv), principalmente, o time vira uma faceirice, um 4-3-3 bizarro.
Não tenho dúvidas de que falta um dirigente ter uma conversa séria com o treinador do Inter. Faltou isso em 2007. Não faltou em 2006, porque, depois do Gauchão, graças a Deus, o FC encostou no ouvido do Abel e deu a real: "Véio, eu gosto de ti e tudo o mais. Acho bacana essa tua de querer ganhar todos os jogos, que empate não vale nada e etc. Mas, seguinte: valendo a América, recheia esse meio, bota essa galera pra apanhar rebote e tentar meter todas as xiripas no gol, que não tem erro".
Não entendo mesmo. O que o Abel vai fazer se o time levar um a zero, ou dois a zero, e tiver que mexer? Tirar um volante e colocar mais um atacante? Vai virar um 4 (que é um 3, porque o Alex não defende) - 2 - 4?
Mirem o exemplo do Edinho. Eu nunca gostei dele, nunca mesmo. Para mim, não fardava nem no meu time de fim de semana. No ano passado, até peguei uma simpatia por ele, principalmente depois do jogo contra o SP no Morumbi, a melhor partida que vi o Inter jogar.
Mas é impressionante o número de erros que ele comete. E insistem com ele. Eu via uma galera no estádio falando mal do Magal ("com Magal não dá, muito ruim"). Posso até estar cego, vesgo, ou ser muito burro, mas o Magal é melhor do que o Edinho.
Com o Edinho, o adversário sabe que pode deixar um adversário livre, porque dali não sai nada. "É, mas ele rouba um monte de bolas". Rouba vírgula. Faz um caminhão de faltas estúpidas, entrega em erros de passe ou "lançamentos-melancia" umas 50 bolas por jogo e não dá vazão ao jogo no meio. Em suma: só conserta parte da m. que ele próprio gera. E é um "intocável". Bah!
Olha, embora ache que esteja tudo errado, e que o mais fácil é simplificar, quero muito levar nos dedos. Quero que todas as idéias malucas dêem certo, até porque a essa altura ou vamos em frente ou passamos a maior vergonha de nossas vidas.