O filme mais comentado do ano estréia oficialmente nos cinemas brasileiros dia 12 de outubro. Mesmo que, devido a algum vazamento, já esteja à venda nas melhores (e nas piores) bancas de camelôs do país. Não quis comprar nem baixar o filme, pois quero ver no cinema mesmo, se conseguir resistir até lá...
Ontem assisti a entrevista do diretor José Padilha, no Jô. Incrível que ele mesmo mandou uma cópia pirata pro Jô assistir antes de entrevistá-lo. Também ouvi no Sala de Redação o Wianey comentando que tinha visto o filme, pirata, claro. Alguns estão dizendo que foi uma jogada de marketing da produção do filme. Padilha desmentiu ontem, mas sei lá.
O caso é que passaram algumas cenas do filme e parece ser muito bom mesmo, estilo Cidade de Deus.
Pra quem não está ligado, o filme retrata as ações do BOPE (Batalhão de Operações Especiais) nos morros do Rio de Janeiro. Explicou o diretor que tentou mostrar o ponto de vista dos policiais que vivem o dia a dia do combate ao narcotráfico e o uso da violência, por vezes extrema, que os mesmos utilizam, além do ódio que acabam sentindo de traficantes e até dos consumidores de drogas, que para esses soldados, são os principais culpados dessa realidade.
Por que trouxe o assunto à baila? Talvez porque pela primeira vez vamos ver a tropa de elite colorada se repetir no próximo jogo. Apenas Orozco deve entrar no lugar do Índio, o que espero ser um acréscimo no momento. Com ressalvas a algumas posições, é o melhor que temos. O jogo é difícil, é perigoso. Se já ganhamos lá no Scarpeli eu não lembro, mas como diria o Michael Jordan (foi ele?): “é hora de tirar as crianças da sala”.
Lá no Botafogo o discurso é esse: “agora é pra macho!”. Vale o mesmo pro Inter. Temos um bom elenco, um pouco mais de entrosamento, mas só isso não basta a essa altura do campeonato. Esse jogo contra o Figueirense pode ser um divisor de águas: ou ganhamos e embalamos, ou perdemos e podemos ficar na linha do rebaixamento!
Se eu fosse da direção do Inter, comprava uma copiazinha pirata do filme e passava pros jogadores. Quem sabe desperta um pouco de ódio (no bom sentido) e resignação, que estão faltando nessa equipe. Voltamos ao “agora é guerra!” da LA2006. Mas com futebol, sem violência.