A única coisa que estou gostando dessa fase absolutamente melancólica da existência colorada é a mudança radical de discurso de jogadores e treinador. O Luigi também parece que amadureceu e o discurso dele tem sido bem razoável, sem tirar nem pôr. Só o Pavão Pífio é que mantém o tagarelamento; nenhuma postura de presidente, mas isso não é novidade. Já disse aqui que o Inter 2007 é o reflexo do seu presidente. No ano que vem temos eleições, e espero que ele não concorra à reeleição. O Internacional merece ter um presidente no ano do centenário.
Agora, voltando à mudança de discurso... sabem por que eu gostei disso? Porque significa que tem gente com medo. Não o medo "cagão", mas o "medo bom", aquela sensação de "tensão-atenção", a "ligadera". Com esse medo, aumentam os cuidados, o capricho, as salvaguardas. Inibe-se a "criatividade ruim", as invencionices, as experiências. Vamos no simples, no fácil, no óbvio.
Tive essa sensação quando o Abelão escalou o time contra o Ameriquinha no 4-4-2, com Fernandão no ataque, quatro volantes, bem fechadinho.
Sinceramente, espero que continue assim contra o Corinthians. Se tiver que botar Fernandão no meio, que faça no meio do jogo, se precisar. Vamos devagarinho, marcandinho, dando pau, pegando rebote e jogando no contra. Aí fazemos um golzinho e a porteira se abre.
Eu não me esqueço da América 2006. Quando melhorou? Quando bateu a humildade, depois do Gauchão. Acho que é por aí.