quinta-feira, março 05, 2009

135 Mais difícil que grenal

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Rondonópolis não veio a passeio. E jogaram com méritos, sobretudo na marcação. O time de Mato Grosso estudou nossa equipe, ocupou espaços e dificultou bastante as jogadas pelo meio. Foram consistentes. Há de se reconhecer méritos, Odvan e sua turma não brincaram em serviço. Forçaram tudo no Bolívar, que até os quero-queros do Beira Rio sabem que não está no seu lugar. Todas as investidas surgiram pela direita e todos nossos espaços se abriram por ali, setor mais frágil.


O Inter é time que precisa ser atacado, porque possui o contra-ataque mais fulminante do país. Diante do confronto distinto dessa proposta, temos que buscar alternativas. Era jogo pra bola na área, jogada pelos flancos e um cara pra matar, de preferência, pelo alto. É complicado pro nosso plantel os times na retranca, marcando do meio pra trás, ainda mais na situação de um zagueiro na lateral direita e um tímido lateral esquerdo. Kleber quando toca na bola manda com endereço, mas está demasiado contido nos avanços. Joga muito recuado. Até pensei que seria peleia pra Marcelo Cordeiro, esse busca o fundo. Na real jogo truncado nunca foi nossa preferência... confessemos.


Temos hoje (ontem, e será que amanhã?) um problema conhecido. L A T E R A I S do campo. Existe um matador pra essa jogada, Alecsandro, que na primeira oportunidade, sobrou, matou. Precisamos de cruzamento por ali, bola alta, manda! Copa do Brasil não tem jogo aberto, ou pelo menos em boa parte da competição. Tampouco o Brasileirão tem jogo com o Flamengo em toda rodada. Taí o aviso.


O primeiro tempo foi nervoso pros colorados, ficou evidente o reflexo da pressão no campo. D’Alessandro, Magrão e Taison vacilaram bonito duas ou três vezes, mas aquele vacilo anormal, de chapa quente. E não foi injustificável, o adversário não foi inocente. Tem que parar com essa galinhagem de Rondonópolis, quem? Foi onze contra onze e cada qual usando seu melhor e explorando o pior do outro. Reconheço os méritos da outra equipe. Foi jogo muito mais encardido que o anterior.


Mas o técnico Tite foi lúcido ao sacar o lateral direito titular- improvisado, ainda que tenha restado o improviso ao Taison. Este saiu-se melhor. D’Alessandro produziu mais na etapa complementar, assim como seus companheiros, ao passo que o oponente foi cansando - valente, contudo, limitado. E assim se construiu a vitória e classificação.


Não dormi de mal com o colorado, também, pudera. Entre as notícias o fato de Fernando Collor de Melo voltar à ativa no congresso, por indicação de Renan Calheiros (esse sim é imortal!) mais a inaceitável declaração do Bispo psicopata José Cordeiro Sobrinho, de Olinda, que “excomungou” (grande coisa!) os médicos e pais da menina grávida, de nove anos, estuprada, que efetivou aborto concedido por meios legais.

Quando se encara tamanha estupidez humana, que há de ser tão grave do Bolívar na direita?