Na gloriosa Era-Abel Braga, muitas vezes fui um defensor isolado e incompreendido do treinador. Entretanto uma reportagem do Globoesporte.com(aqui), publicada no último dia 10 de Março, apresentou uma estatística muito interessante e que embasa minha opinião sobre manejamento de treinadores.
A reportagem mostra o número de trocas de treinadores desde 2003(Era dos pontos corridos). Os clubes que trocam pouco, estão bem; os que trocam muito estão em crise, ou foram rebaixados. Eis a lista:
- Flamengo - 16 trocas
- Fluminense - 16 trocas
- Atlético-MG - 14 trocas
- Corinthians - 13 trocas
- Vasco - 13 trocas
- Botafogo - 11 trocas
- Grêmio - 10 trocas
- Cruzeiro - 9 trocas
- Santos - 9 trocas
- Palmeiras - 8 trocas
- Internacional - 6 trocas
- São Paulo - 5 trocas
Esse ranking é uma evidência da importância do trabalho de longo prazo e da continuidade que traz os grandes resultados no futebol. Por isso acredito que a troca de um treinador deve ser o último recurso a ser adotado, ao contrário do que pensam muitos que a cada dificuldade querem mandar o treinador embora para "dar uma mexida".
Se em algum momento de dificuldade alguém me perguntar se eu gostaria da volta do Abel, não se espantem. Atualmente, na minha opinião, o melhor técnico para o Inter é o cara que conhece o grupo, fez a pré-temporada e desenvolve um trabalho, de longo prazo. Nem o seu Adenor Bacchi, nem Abel Braga são os técnicos ideais, que não existem. O que existe é continuidade e trabalho planejado desenvolvido aos poucos. Troca, sim, mas só em último caso.