Escrito por Daniel Chiodelli
“Sempre fazemos o aquecimento com os goleiros dentro de campo. Quando entramos no estádio, foi uma coisa de arrepiar. Tinha muita gente dando força pro Inter antes mesmo de começar o jogo, era muita torcida e o clima estava emocionante de verdade. Não tenho nem palavras para descrever o que senti naquele dia. Dois a zero pra eles, mas nós estávamos melhores. Antes que acabasse o primeiro tempo, fizemos o nosso primeiro gol na partida que, naquele momento, era muito difícil. Então veio o segundo tempo e o colorado começou a reação e fez uma das viradas mais bonitas que lembro. Com o apoio dos milhares de torcedores, com garra e raça, marcamos o segundo e, por fim, decretamos a nossa vitória com o terceiro gol. Ali, naquele jogo, eu vi que podíamos ser campeões, o que se confirmou na seqüência da competição.” Marcus Vinícius, o Bigode, Ajudante de Campo do Sport Club Internacional.
O jogo ao que o Bigode se refere é um dos mais emblemáticos que já tive a oportunidade de assistir no Beira-Rio: Inter 3 x 2 Pumas. Não só o Bigode, mas muita gente passou a acreditar no título após aquela vitória empolgante. Por que estou fazendo referência àquela partida, hoje? Elementar. Porque o Pumas, assim como o Paraná, não era nenhum time de estrelas. O Pumas era e, acabou sendo, tão somente o lanterna do nosso grupo na primeira fase daquela Libertadores. Ainda assim, nos impôs, dentro de casa, um dos maiores desafios daquela competição, e o superamos.
Vejam bem, superamos (nós, primeira pessoa do plural). Afirmo isso porque, naquela noite quente de 22 de março de 2006, vi algo que nunca antes eu havia visto no Beira-Rio. Eram passados exatos 34 minutos de jogo na primeira etapa quando o Inter sofreu o segundo gol. Pois foi justamente naquele momento que a torcida começou a gritar e a incentivar ainda mais o time em campo. E não foi a Popular, isoladamente, tentando gritar mais alto após um revés, como quem quer fazer passar ao adversário que não sentiu o golpe, mesmo tendo sentido. Foi a Superior, foi a Inferior e, talvez, até a Social tenha incentivado a equipe naquele momento. E isso fez com que o time, efetivamente, não sentisse o golpe, partindo imediatamente para a reação, com força total.
Repito: eram transcorridos 34 minutos da primeira etapa quando o placar marcava Inter 0 x 2 Pumas. Mas a torcida estava junto com o time. Restavam pouco mais de 55 minutos a jogar e, mesmo assim, o Inter foi buscar os três gols que lhe garantiriam mais que o primeiro lugar da chave e a segunda melhor campanha da primeira fase da Libertadores, lhe garantiriam a confiança indispensável a um grupo que quer ser campeão.
É com essa lembrança em mente que faço uma conclamação a todos os colorados: vamos resgatar aquele espírito para o jogo de amanhã. O comportamento da torcida é ingrediente indispensável para um time que quer fazer valer seu mando de campo. Grandes torcidas são aquelas que crescem nas adversidades, não se deixando abater nas derrotas, contagiando o time com sua energia, servindo de verdadeiro combustível para a redenção. É isso que quero e é disso que precisamos.
Pouco importa se não é Libertadores, mas Copa do Brasil. Não tô nem aí se o Paraná não é um grande entre os clubes brasileiros. É jogo do Inter e isso, pra mim, é tudo! Seja contra o Boca ou o Barcelona, seja contra o Bambala ou o Arimatéia. De nada adianta o torcedor exigir humildade do técnico e seus jogadores, se se põe de forma arrogante, não se dignando a fazer de um jogo contra o Paraná uma guerra. Amanhã, o Inter irá para a guerra, sim, e precisará do maior número de guerreiros colorados ao seu lado, com garra, determinação e humildade.
Com todo respeito a quem nasceu na cidade maravilhosa, mas não sou carioca e não levo jeito pra ficar de “chororô”. Portanto, amanhã não será dia para reclamar do esquema tático ou de fazer queixas contra o Abelão. Quem era o técnico naquele jogo contra o Pumas? Amanhã, nada de ficar chorando ausências ou de fazer beicinho por causa da escalação. Sabem por quê? Porque contra o Pumas jogaram Rubens Cardoso, Fabinho, Perdigão e Michel, e isso não impediu a torcida de apoiar o time de maneira incondicional. E também porque no decorrer daquela partida, entraram Mossoró, Rentería e Gabiru. Este, inclusive, fez o gol da vitória.
Amanhã, serão onze jogadores em campo, não importando seus nomes. Importa, apenas, que estarão ostentando no peito o símbolo do Sport Club Internacional. Na ordem do dia colorada, a prioridade absoluta será o apoio total e irrestrito. Ajuda das arquibancadas para o gramado “full time”, “no breake”! Acreditar não dói nem arranca pedaço. O medo de acreditar não diminui a tristeza em caso de derrota, só a antecipa. Mas a coragem de botar fé aumenta ainda mais o orgulho do torcedor em caso de vitória. Festa nas arquibancadas contagia e ajuda o time, além de fazer do Beira-Rio um lugar mais lindo do que, de fato, já é.
Amanhã é dia/noite de virada, como foi contra o Pumas, pra sair do estádio confiante de que não há time neste mundo que suporte um Beira-Rio rugindo de amor pelo colorado mais amado do planeta! Pra voltar pra casa com a certeza do título, tal qual em 2006!
“Sooooou, sou colorado até morreeeeer,
Não importa o que aconteceeeeer,
Pra cima deles meu Inteeeeer,
Vamos lutar, vamos venceeeer!
'TUM', 'TUM', 'TUM', 'TUM'”
“Sempre fazemos o aquecimento com os goleiros dentro de campo. Quando entramos no estádio, foi uma coisa de arrepiar. Tinha muita gente dando força pro Inter antes mesmo de começar o jogo, era muita torcida e o clima estava emocionante de verdade. Não tenho nem palavras para descrever o que senti naquele dia. Dois a zero pra eles, mas nós estávamos melhores. Antes que acabasse o primeiro tempo, fizemos o nosso primeiro gol na partida que, naquele momento, era muito difícil. Então veio o segundo tempo e o colorado começou a reação e fez uma das viradas mais bonitas que lembro. Com o apoio dos milhares de torcedores, com garra e raça, marcamos o segundo e, por fim, decretamos a nossa vitória com o terceiro gol. Ali, naquele jogo, eu vi que podíamos ser campeões, o que se confirmou na seqüência da competição.” Marcus Vinícius, o Bigode, Ajudante de Campo do Sport Club Internacional.
O jogo ao que o Bigode se refere é um dos mais emblemáticos que já tive a oportunidade de assistir no Beira-Rio: Inter 3 x 2 Pumas. Não só o Bigode, mas muita gente passou a acreditar no título após aquela vitória empolgante. Por que estou fazendo referência àquela partida, hoje? Elementar. Porque o Pumas, assim como o Paraná, não era nenhum time de estrelas. O Pumas era e, acabou sendo, tão somente o lanterna do nosso grupo na primeira fase daquela Libertadores. Ainda assim, nos impôs, dentro de casa, um dos maiores desafios daquela competição, e o superamos.
Vejam bem, superamos (nós, primeira pessoa do plural). Afirmo isso porque, naquela noite quente de 22 de março de 2006, vi algo que nunca antes eu havia visto no Beira-Rio. Eram passados exatos 34 minutos de jogo na primeira etapa quando o Inter sofreu o segundo gol. Pois foi justamente naquele momento que a torcida começou a gritar e a incentivar ainda mais o time em campo. E não foi a Popular, isoladamente, tentando gritar mais alto após um revés, como quem quer fazer passar ao adversário que não sentiu o golpe, mesmo tendo sentido. Foi a Superior, foi a Inferior e, talvez, até a Social tenha incentivado a equipe naquele momento. E isso fez com que o time, efetivamente, não sentisse o golpe, partindo imediatamente para a reação, com força total.
Repito: eram transcorridos 34 minutos da primeira etapa quando o placar marcava Inter 0 x 2 Pumas. Mas a torcida estava junto com o time. Restavam pouco mais de 55 minutos a jogar e, mesmo assim, o Inter foi buscar os três gols que lhe garantiriam mais que o primeiro lugar da chave e a segunda melhor campanha da primeira fase da Libertadores, lhe garantiriam a confiança indispensável a um grupo que quer ser campeão.
É com essa lembrança em mente que faço uma conclamação a todos os colorados: vamos resgatar aquele espírito para o jogo de amanhã. O comportamento da torcida é ingrediente indispensável para um time que quer fazer valer seu mando de campo. Grandes torcidas são aquelas que crescem nas adversidades, não se deixando abater nas derrotas, contagiando o time com sua energia, servindo de verdadeiro combustível para a redenção. É isso que quero e é disso que precisamos.
Pouco importa se não é Libertadores, mas Copa do Brasil. Não tô nem aí se o Paraná não é um grande entre os clubes brasileiros. É jogo do Inter e isso, pra mim, é tudo! Seja contra o Boca ou o Barcelona, seja contra o Bambala ou o Arimatéia. De nada adianta o torcedor exigir humildade do técnico e seus jogadores, se se põe de forma arrogante, não se dignando a fazer de um jogo contra o Paraná uma guerra. Amanhã, o Inter irá para a guerra, sim, e precisará do maior número de guerreiros colorados ao seu lado, com garra, determinação e humildade.
Com todo respeito a quem nasceu na cidade maravilhosa, mas não sou carioca e não levo jeito pra ficar de “chororô”. Portanto, amanhã não será dia para reclamar do esquema tático ou de fazer queixas contra o Abelão. Quem era o técnico naquele jogo contra o Pumas? Amanhã, nada de ficar chorando ausências ou de fazer beicinho por causa da escalação. Sabem por quê? Porque contra o Pumas jogaram Rubens Cardoso, Fabinho, Perdigão e Michel, e isso não impediu a torcida de apoiar o time de maneira incondicional. E também porque no decorrer daquela partida, entraram Mossoró, Rentería e Gabiru. Este, inclusive, fez o gol da vitória.
Amanhã, serão onze jogadores em campo, não importando seus nomes. Importa, apenas, que estarão ostentando no peito o símbolo do Sport Club Internacional. Na ordem do dia colorada, a prioridade absoluta será o apoio total e irrestrito. Ajuda das arquibancadas para o gramado “full time”, “no breake”! Acreditar não dói nem arranca pedaço. O medo de acreditar não diminui a tristeza em caso de derrota, só a antecipa. Mas a coragem de botar fé aumenta ainda mais o orgulho do torcedor em caso de vitória. Festa nas arquibancadas contagia e ajuda o time, além de fazer do Beira-Rio um lugar mais lindo do que, de fato, já é.
Amanhã é dia/noite de virada, como foi contra o Pumas, pra sair do estádio confiante de que não há time neste mundo que suporte um Beira-Rio rugindo de amor pelo colorado mais amado do planeta! Pra voltar pra casa com a certeza do título, tal qual em 2006!
“Sooooou, sou colorado até morreeeeer,
Não importa o que aconteceeeeer,
Pra cima deles meu Inteeeeer,
Vamos lutar, vamos venceeeer!
'TUM', 'TUM', 'TUM', 'TUM'”
Baita abraço a todos!