Respeito a rejeição de esmagadora maioria da torcida colorada com relação à especulação do nome de Adilson Batista como possível técnico do Inter. Acho justa a imposição de identidade com a história do nosso clube. Contudo, não posso deixar de manifestar minha observação: não há nada que esteja tão controverso, que não possa piorar.
Ninguém é mais identificado com o Grêmio que Luiz Felipe Scolari. E desse nome não vi alguém discordar. Pois bem, conheço o argumento, Felipão é campeão, Adilson até chegou, mas não levou. Permitam-me analisar que as conquistas com altíssimo mérito e competência do consagrado técnico ocorreram há um tempo. Sem querer desmerecer seu brilhante histórico, mas não parece que existe ainda muita ambição profissional nas aspirações de Luiz Felipe. Parece mais que ele quer continuar trabalhando porque gosta e ponto.
Já Adilson, o mais perto que chegou de uma conquista foi o vice da Libertadores em 2009, caindo diante do Estudiantes, nosso freguês, diga-se de passagem. Partindo desse princípio, este seria um técnico inexpressivo. Contudo, é preciso avaliar elenco à disposição e também considerar a pedreira do time argentino - qualquer colorado pode reconhecer com conhecimento de causa.
Mudando de aspecto, admiro o estilo de futebol implantado por Adilson no time do Cruzeiro. Sem esquecer do Efetivo Futebol Clube de Felipão. Apenas estranho esse argumento de identificação com o Grêmio para desprezar o trabalho de um profissional, coisa que se um já provou de sobra, o outro pode ser classificado como em ascensão. E, mais ainda, fosse o caso, Tite nunca pisaria em campo no Beira Rio. E foi Campeão da Copa Sulamericana. Se ontem não valia nada, hoje é vaga pra Libertadores.
No entanto, ainda assim, valendo que passagem relevante por campo rival desclassifica contratação de técnico, devo admitir, o Internacional foi pleno e absoluto. Inadvertidamente justo. Contratou alguém que nunca ganhou nada tanto no Inter, quanto no Grêmio.
Ah, é verdade, tem o Gauchão...
Vai vê empresário da Mística subiu valor de rescisão de contrato. Maior risco, mais emoção, maior multa. Estamos, então, utilizando estratégias arrojadas de valorização. Celso Roth vai sair do Inter, um dia, ovacionado, homenageado, vitorioso e declarando-se colorado. Venderemos Mística para Europa, por valores muito superiores a Alexandre Pato, tornando-se a nova jóia lapidada no Celeiro de Ases.
Te cuida Walter. Agora todo mundo aposta na Mística.