Em sua essência, um carregador de piano.
Jogador de posição fixa, um verdadeiro anjo da guarda no zelo das tarefas defensivas.
Responsável pela cobertura do avanço dos laterais.
E também por anular os jogadores mais técnicos da equipe adversária.
Destruidor de jogadas.
Bravo, aguerrido, operário.
Impossível conceber um time campeão sem uma boa dupla de volantes.
Com o advento do futebol moderno, de muita transpiração e jogo coletivo, suas responsabilidades aumentaram.
Aprenderam a não ser apenas “quebradores de bola”.

Hoje marcam, mas também jogam.
São responsáveis pela saída de bola da defesa.
Pelo primeiro movimento em direção ao contra-ataque.
E muitas vezes também cobra-se arrojos ofensivos.
Entrar na área pra concluir.
Finalizar.
Abrir espaços.
Tarefas de super herói.
Combater, destruir, armar, concluir.
Transpirar.

Hoje, talvez possamos ver pela primeira vez uma dupla de “volantes” (?) que povoa meus sonhos há muito tempo.
Dois guerreiros.
Dois arautos do futebol farroupilha que prima pela força, pela obstinação, pela garra, pela glória.
Embalados pelos cânticos e ideais de uma nação vermelha, de sangue rubro, que soem as trombetas dos mais belos versos de nosso hino:
“…mas não basta pra ser livre…
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo”
Hoje, meus amigos, é dia de Guiñazu. E de Tinga. A guerra está só começando.
A América está a nossa espera.