Um dos componentes do jogo é a sorte. Aquele aspecto subjetivo indecifrável que usamos para denominar a incompetência do jogador de gana ao errar um pênalti aos 16 minutos do segundo tempo da prorrogação num jogo de quartas de final de Copa do Mundo. Mas a sorte, muitas vezes se confunde com o seu antônimo, o azar. Quem aqui achou que era sorte a entrada do Gabiru no lugar do Fernandão? Pois é, mas acho que foi sorte. Ou alguém acha que o Fernandão, ainda que fisicamente inteiro, daria aquele pique louco do Gabiru na hora do gol? Enfim...
Quando o Inter perdeu um amistoso em Santa Catarina, na parada da Libertadores para a Copa do Mundo de 2006, eu procurei me convencer de que aquilo poderia ser sorte. Todo time, por melhor que seja, uma hora perde. Mas sorte é, também, perder na hora certa (se é que existe uma hora certa para perder). Mesmo a Alemanha e a Espanha, que amanhã decidem uma vaga à final da Copa, já perderam para as inexpressivas Sérvia e Suíça, respectivamente, nesta mesma Copa. Mas perderam na hora certa. Não adianta: no futebol, é preciso ter sorte.
Na final da Copa do Mundo de Clubes, em 2006, eu dizia que para o Inter ser campeão, teria que fazer um jogo perfeito (diante das suas limitações) e , além disso, precisaria contar com a sorte. Eu tinha medo de sofrer gol cedo. Meu pai achava que mais perigoso poderia ser fazer um gol cedo: “Temos que segurar o 0 x 0 até uns 30 do segundo tempo e depois matar o jogo num contra-ataque”, dizia ele profeticamente. Que eu saiba, depois daquele dia ele nunca mais ganhou nem disputa de par ou ímpar. Enfim, naquela manhã, meu pai foi clarividente, e todos nós tivemos sorte.
A questão é que a sorte é um dos elementos que pode decidir o resultado de uma partida de futebol sobre o qual ninguém, absolutamente ninguém tem controle. Luís Suárez não tinha como prever que Gyan erraria o pênalti. O que ele fez foi arriscar, foi ir para o tudo ou nada, e teve sorte.
Tenho visto muitos colorados elencando situações semelhantes entre as coisas que aconteceram em 2006 e o que vem se sucedendo agora, em 2010. Sinceramente, não tenho conseguido enxergar muitas coincidências não. Não tenho dúvida de que em 2006, também tivemos sorte. Aquela bola que bateu na trave, nas costas do Clemer, e foi pra fora no jogo contra o Libertad, em Assunción, dois anos antes entrou no gol, contra o Boca, na Bombonera, pela Sul-Americana. Mas em 2006, indubitavelmente, havia um fator que agora é totalmente diferente: continuidade.
Não se trata aqui de criticar a demissão do Fossati ou a contratação do Roth. Tudo indica que o treinador uruguaio não tinha mais clima para continuar e a volta do Celso, dadas as circunstâncias, pode se revelar uma boa escolha. Mas o fato é que, embora com a pausa da Copa do Mundo e o tempo para reiniciar a organização de um time, estamos começando todo um trabalho, às vésperas de uma semifinal de Libertadores. Com certeza, é outro ritmo, outro embalo.
Mas já que o planejado no início do ano não deu certo, na medida em que tivemos que trocar de treinador e, agora, rezamos para conseguir inscrever os regressos Renan, Tiga e Sóbis, só nos resta mesmo torcer para que o tiro curto, o time de Roth, funcione, mesmo que não encante. Apesar de tudo, estamos nas semifinais. Tivemos sorte e, enfim, espero continuemos com ela, pois, sem dúvida nenhuma, precisaremos.
Quando o Inter perdeu um amistoso em Santa Catarina, na parada da Libertadores para a Copa do Mundo de 2006, eu procurei me convencer de que aquilo poderia ser sorte. Todo time, por melhor que seja, uma hora perde. Mas sorte é, também, perder na hora certa (se é que existe uma hora certa para perder). Mesmo a Alemanha e a Espanha, que amanhã decidem uma vaga à final da Copa, já perderam para as inexpressivas Sérvia e Suíça, respectivamente, nesta mesma Copa. Mas perderam na hora certa. Não adianta: no futebol, é preciso ter sorte.
Na final da Copa do Mundo de Clubes, em 2006, eu dizia que para o Inter ser campeão, teria que fazer um jogo perfeito (diante das suas limitações) e , além disso, precisaria contar com a sorte. Eu tinha medo de sofrer gol cedo. Meu pai achava que mais perigoso poderia ser fazer um gol cedo: “Temos que segurar o 0 x 0 até uns 30 do segundo tempo e depois matar o jogo num contra-ataque”, dizia ele profeticamente. Que eu saiba, depois daquele dia ele nunca mais ganhou nem disputa de par ou ímpar. Enfim, naquela manhã, meu pai foi clarividente, e todos nós tivemos sorte.
A questão é que a sorte é um dos elementos que pode decidir o resultado de uma partida de futebol sobre o qual ninguém, absolutamente ninguém tem controle. Luís Suárez não tinha como prever que Gyan erraria o pênalti. O que ele fez foi arriscar, foi ir para o tudo ou nada, e teve sorte.
Tenho visto muitos colorados elencando situações semelhantes entre as coisas que aconteceram em 2006 e o que vem se sucedendo agora, em 2010. Sinceramente, não tenho conseguido enxergar muitas coincidências não. Não tenho dúvida de que em 2006, também tivemos sorte. Aquela bola que bateu na trave, nas costas do Clemer, e foi pra fora no jogo contra o Libertad, em Assunción, dois anos antes entrou no gol, contra o Boca, na Bombonera, pela Sul-Americana. Mas em 2006, indubitavelmente, havia um fator que agora é totalmente diferente: continuidade.
Não se trata aqui de criticar a demissão do Fossati ou a contratação do Roth. Tudo indica que o treinador uruguaio não tinha mais clima para continuar e a volta do Celso, dadas as circunstâncias, pode se revelar uma boa escolha. Mas o fato é que, embora com a pausa da Copa do Mundo e o tempo para reiniciar a organização de um time, estamos começando todo um trabalho, às vésperas de uma semifinal de Libertadores. Com certeza, é outro ritmo, outro embalo.
Mas já que o planejado no início do ano não deu certo, na medida em que tivemos que trocar de treinador e, agora, rezamos para conseguir inscrever os regressos Renan, Tiga e Sóbis, só nos resta mesmo torcer para que o tiro curto, o time de Roth, funcione, mesmo que não encante. Apesar de tudo, estamos nas semifinais. Tivemos sorte e, enfim, espero continuemos com ela, pois, sem dúvida nenhuma, precisaremos.
4 Comentários:
Nosso maior problema (da direção colorada) é acreditar que teremos sorte sempre. De vez em quando ela vem e ajuda, mas não podemos contar com isso sempre.
Certa vez, li uma frase interessante, mas não lembro o autor:
"Quanto mais trabalho, mais sorte eu tenho".
Também vi uma entrevista do cestinha Oscar, em que repudiava a sorte como sua companheira: "Que mão-santa, que nada, o que tem é muito treinamento".
Dados os indícios que passamos a treinar em dois turnos, talvez a sorte não se cansa de nossa ruindade, como na Copa do Brasil 2009.
Otimo texto Daniel!
e mais umas garfadas na Copa do Mundo ...cansei...Juiz é que decide quem ganha quem perde.
Blogger ta tendo problemas novamente na contagem de Commentarios. Parece que tao ajeitando.
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