Posso me identificar com a sensação que invadiu todo um país (pouco maior em território que o Rio Grande do Sul), a partir do momento registrado na foto acima.
Sim, eu também sei o que é vencer o mundo todo e quando todo mundo se surpreende.
Igualmente, venero a minha camisa vermelha.
E, o principal: mais indescritível que a sensação da vitória, é a certeza do merecimento.
Parabéns Espanha, bem-vinda ao clube.
Apesar das semelhanças, não tenho melhores condições que uma cidadã espanhola, para falar desse momento.
ALMUDENA GRANDES
Alegría
Algunas veces, pocas, la vida es justa. Algunas veces, poquísimas, el azar decide apostar por nosotros, salvarnos cuando está a punto de sonar la campana. Las cosas se han puesto tan feas, que este año necesitaba las vacaciones más que nunca. Harta de escribir columnas tristes, harta de crisis, harta de jueces, harta de injusticias, de arbitrariedades y de juego sucio, necesitaba descansar de mí misma, del súbito pesimismo que se burla cada mañana de mi optimismo congénito.
Y sin embargo, estando así las cosas, llegaron 10 chicos con una camiseta roja y un portero enamorado, que para los penaltis como si la Virgen pretendiera robárselo a su novia. Después del primer partido, nadie daba un euro por ellos. Parecían la imagen misma de su país, el nuestro, de nuestra economía, de nuestra deuda pública, de nuestra contradictoria y atormentada identidad. Iban de ganadores, y perdieron. A partir de aquel momento, les tocaba perder, pero ganaron, y ganaron, y ganaron, y volvieron a ganar, y tan bajos como son, como somos, empezaron a colarle goles por la escuadra a porteros de dos metros.
Primero fue la incredulidad. Después, y eso es lo emocionante, ha sido la sonrisa. Durante unas semanas, hemos vuelto a sonreír. Hace muchos años que no estábamos peor, pero hace muchos años que no estábamos mejor, y el fútbol no arregla nada, no resuelve los problemas, no despeja el negro horizonte del porvenir que nos espera, pero le ha devuelto la alegría a este país. La alegría ni se fabrica ni se negocia, y es tan cara que no puede comprarse con dinero. Por eso es preciso disfrutarla, paladearla lentamente, dejar que la boca se impregne con su efímera y omnipotente dulzura. Gracias, Roja. Porque hoy somos ricos, porque somos poderosos, porque somos los mejores, sin dejar de ser tan bajos como nosotros mismos. Gracias por la alegría.
11 Comentários:
Campeão com todos os méritos.
Não levem o CJR tão a sério, ele apenas carregas nas tintas.
Mas esta Espanha campeã está longe de frequentar qualquer lista das melhores seleções de todos os tempos.
E as tais estrelas do Mundial naufragaram, todas, uma a uma.
Enriqueceram muito rápido, e se esqueceram de fazer o que esperamos deles: jogar bola.
Eu admito que fiquei decepcionado. Esperava uma grande partida em vez disso vimos dois times violentos e com medo de atacar. Eu que nao gosto de decisao em penaltis (seria a terceira em 5 copas o que seria muito triste) ate tava começando a torcer pra ir pros penaltis pra ter ao menos um pouco de emoção. Depois daquele lance do Corner nao dado e nao sequencia o gol pra mim foi o fim. Com certeza o povo Espanhol pensa diferentemente mas eu fiquei triste de como tudo acabou. Futebol feio e covarde dos dois times. Se a espanha tivesse dado um show de bola tudo bem....mas não deram.
Acho que a votação do Forlan que foi merecido acabou sendo uma indireta ou direta da midia aos 2 finalistas.
Que a vermelha siga ganhando as copas deste ano... no caso agora a Libertadores!
Faltam apenas 2 semanas...
Achei muito merecido o título para a Espanha. O time espanhol procurou o jogo desde o início, mostrou técnica apurada, criou oportunidades mesmo enfrentando uma retranca monstruosa que invariavelmente apelava para a violência.
Quanto ao juiz, realmente foi péssimo e prejudicou D+ a Espanha. Os laranjas deveriam ter no mínimo dois jogadores expulsos já no primeiro período do tempo normal.
Perfeito Júlio.
Eu discordo de quem fala que a Espanha não se arriscou. Eles procuraram tanto a vitória, avançaram tanto sobre o campo da Holanda, que quase perderam a Copa em dois contra-ataques desperdiçados pelo Robben.
A Espanha tem um defeito grave. Eles enrolam demais para concluir a gol. O próprio Iniesta teve duas excelentes oportunidades de marcar em lances onde ele fez tudo, só esqueceu de chutar a gol.
A Espanha é uma grande Seleção. Tem um quarteto de meio de campo como poucas vezes se viu em Copas. Eles merecem, sim, figurar entre os grandes. Mas se tivessem um matador pra fazer companhia ao Villa, seria A SELEÇÃO dos últimos 10 ou 12 anos. E precisaria, é claro, de alguém melhor do que o Pujol na defesa.
Pode não ter sido a melhor final de uma Copa, mas com certeza já foi melhor que França x Itália. Minha torcida era pela Holanda e me decepcionei com a derrota, principalmente porque nesse último jogo a Holanda foi completamente diferente de todos os outros e só achei o primeiro tempo meio burocrático. Pensei que os holandeses bateram nos espanhóis no primeiro tempo pra não deixar eles tomarem conta, mostrar quem é que manda, mas a verdade é que estavam no sufoco...
O juiz errou demais, de forma que não dá pra saber quem seria o mais prejudicado (ironia do destino, era um arbitro ingles, logo eles que fizeram um chororô quando o Simon foi designado prum jogo deles...). Se for analisar partida de futebol a partir dos erros do juiz, aí é melhor trocar de esporte. Não deveria ser assim, é verdade, mas quem pode mudar isso não faz nada...
Talvez quem não gostou do jogo não escolheu um lado pra torcer. O motivo é o que menos importa. Quem escolheu, acho que teve sim emoção até o fim.
Em 50 anos a Espanha terah novamente um time mediano como este.
Futebol mundial em ritmo frenetico de queda na sua qualidade tecnica.
Os Europeus que aguentem os argentinos da Europa.
O jogo foi tri bom. Dei uma cochilada legal do fim do primeiro tempo até a prorrogação...
Perfeito COL e RUBENS...dois comentarios sensatos.
Diana, geralmente escreves muito bem e dessa vez nos surpreendeu trazendo um texto de uma autora muito talentosa. O texto dela tem muito mais emoção do que razão, como as melhores coisas escritas sobre o futebol. É um texto carregado de sentimento, de vida, de poesia.
Sempre há aqueles que perguntam qual o sentido em ficar parado durante 90 minutos vendo 22 marmanjos correrem atrás de uma bola. Essa Copa trouxe vários momentos que explicam melhor do que qualquer palavra porque o futebol é tão apaixonante: o gol dos EUA contra a Argélia, a "defesa" do Suaréz contra Gana e a posterior classificação inimaginável do Uruguai, os pênaltis desperdiçados em Espanha x Paraguai, e obviamente, o gol do Iniesta no final da prorrogação (guardadas as gigantescas proporções, lembrou o gol do Nilmar na Sul-Americana). Se essas pessoas gostassem de futebol, saberiam que esse esporte proporciona emoções indescritíveis, na maioria das vezes menos importantes que outras emoções que sentimos na vida, mas inegavelmente sempre irrepetíveis e únicas. Acredito que todos que amam o futebol queriam ser espanhóis (ou catalães) por breves instantes, no exato momento em que aquela bola entrou.
Vou repetir.
Busquets, Xabi Alonso, Xavi e Iniesta é um quarteto de meio de campo como poucas vezes se viu em uma seleção.
Nenhum quebrador de bola. Todos bons marcadores e com alta qualidade nos passes. E um aproveitamento alto associado a passes em direção ao gol adversário.
Se eles tivessem contado com o Fernando Torres em forma lá na frente, teriam feito o dobro de gols.
Pois é na finalização das jogadas que residiu o principal problema da Espanha nessa Copa.
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