segunda-feira, janeiro 03, 2011

36 Reforços

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As carências já foram comentadas, analisadas, debatidas e rebatidas: goleiro, primeiro volante e atacante. Talvez um lateral-direito e um outro atacante/centroavante.

Misture os seguintes ingredientes: participação frustrada no mundial de clubes, renovação de um treinador inconstante e manutenção de atletas contestados e o resultado será uma insatisfação crescente da torcida.

Some isso a especulações sem precedentes, plantações de empresários e times adversários que irão contratar “Messi”, “Iniesta” e “Xavi” e o sentimento de que “estamos ficando pra trás” ou “acorda direção” acabam ganhando proporções inimagináveis.

Senhores, lhes digo uma coisa. Pior que não contratar, é contratar jogador ruim pagando muito e com resultado nenhum. Compromete-se o orçamento, investe-se recursos preciosos e atletas promissores das categorias de base ficam relegados ao time B.

Creio que ninguém gostaria de repetir “bondes” como Kléber Pereira, Edu e outros. Jogadores que ganha(va)m salários de estrelas com futebol de terceira categoria.

A contratação pelo ato de contratar, de fazer propaganda política ou dar meramente satisfações a torcida não deve ser feita NUNCA.

Contratar significa investir com convicção de forma a sanar uma carência assumida da equipe. Significa escolher um atleta pelo seu perfil e pela sua capacidade técnica e tática bem como sua conduta profissional de forma a agregar valor à equipe. E principalmente, significa um acréscimo perante as opções já existentes no plantel.

A folha do clube já é alta. O plantel, se não é o dos sonhos, é de qualidade. Claro que tem suas carências, mas que time não as tem?

Goleiro, Nei, Bolívar, Índio/Rodrigo/Dalton, Kléber; Guina, Tinga, D´Ale, Giuliano, Sóbis, Derley/Damião/Marquinhos. Esse time não é capaz de enfrentar os primeiros jogos da Libertadores, de tal forma que temos q contratar, em caráter urgente, um qualquer pra reforçar a equipe? Discordo.

Acho, senhores, que a espera e a aparente “demora” nas contratações se justifica. É fundamental ter critério e observação cuidadosa de forma a minimizar os riscos de mais uma contratação equivocada.

É preferível esperar um pouco mais e ter um atleta de inegável qualidade do que mais um Kléber Pereira da vida. Assim como três atletas ruins/médios custam mais caro que um grande nome, afinal, o barato, as vezes, sai caro.

Qualidade, e não quantidade. Prudência, e não urgência. Avaliação, e não constatação.

Que os reforços de 2011 os sejam na real concepção da palavra.