
Escrito por Raul Pons
Em 1937 a Associação Metropolitana Gaúcha de Esportes Atléticos (AMGEA), que organizava o futebol de Porto Alegre, dividiu-se em duas facções: a especializada, que adotou o profissionalismo oficialmente, e a cebedense, que continuou fiel à federação estadual. Após duas temporadas paralelas, as duas ligas resolveram fundir-se em uma só entidade, em 1939. Porém, seus filiados eram em número de doze, e pelo acordo da AMGEA especializada com a AMEA carioca, apenas cinco clubes podiam disputar a 1ª divisão porto-alegrense. Um dos filiados da AMGEA cebedense era o Novo Hamburgo, que voltou a disputar campeonatos em sua cidade. Mas restavam ainda onze clubes, cinco da AMGEA cebedense (Villa Nova, Renner, Porto Alegre, Ferroviário e Sokol), e seis da AMGEA especializada (Internacional, Grêmio, Força e Luz, Cruzeiro, São José e Porto Alegre).
Para resolver o problema, a direção da AMGEA unificada decidiu organizar um campeonato em turno único, com todas as onze equipes, onde os cinco primeiros formariam a Série A do campeonato municipal, e os restantes comporiam a 2ª divisão (o Villa Nova, após três derrotas, romperia com a AMGEA e abandonaria o campeonato). Como seriam realizados jogos quase todos os dias, o torneio foi batizado de Campeonato Relâmpago.
A competição começou em 30 de abril, com uma rodada dupla no estádio da Timbaúva: Cruzeiro 5x1 Villa Nova e Grêmio 6x0 Renner. O Colorado estreou no dia seguinte, também jogando na Timbaúva, contra o Porto Alegre. O Internacional saiu na frente, com Brandão, mas Pitta I empatou. Ainda no 1º tempo, Sylvio Pirillo, Carlitos e Russinho deixaram o Colorado em vantagem. Na 2ª etapa o Porto Alegre chegou a diminuir para 4x3, mas o placar final foi 9x3 para o Internacional.
Na 2ª partida colorada, contra o Ferroviário, nova vitória: 4x2. O principal jogador do adversário chamava-se Bola Sete. Na briga pelo título, o Grêmio empatou com o Força e Luz (2x2) e ganhou do Ferroviário (6x1). Com um jogo a mais, o rival liderava a competição, mas a tabela marcava um Gre-Nal para a rodada seguinte.
No dia 28 de maio, o estádio da Timbaúva assistiu a uma das maiores partidas do craque Sylvio Pirillo, que derrotou o poderoso Grêmio, campeão da cidade em 1937 e 1938. O Grêmio abriu o marcador com César, aos 15 minutos. Pirillo empatou aos 23, mas Vanário colocou o Tricolor na frente novamente, no minuto seguinte. A torcida gremista esperava ver o time consolidar a vitória, mas acabou vendo Pirillo arrasar com seus zagueiros, Delgado e o famoso Luiz Luz. O centroavante empatou o jogo aos 20 minutos, e conquistou a vitória, marcando mais uma vez aos 38.
Em 11.06, no estádio do Renner, o Internacional bateu o São José, com dois gols de Castillo (um deles olímpico). Na semana seguinte, na Baixada, bateu o Cruzeiro por 5x4. Apesar de ter saído atrás no marcador, o Colorado chegou a estar vencendo por 5x2. No dia 02.07, novamente na Baixada, o Americano levou 8x0. Faltando três rodadas, o Internacional liderava com três pontos a mais que o Grêmio.
Na reta final, o Internacional faz 7x0 no Renner. Se vencesse o Força e Luz, na penúltima rodada, seria o campeão por antecipação. Jogando com dois reservas, o Colorado perdeu por 4x2. Como o Grêmio, na semana seguinte, venceu o Porto Alegre por 4x1, assumiu temporariamente a liderança, e caso o Colorado perdesse seu último confronto, a equipe da Baixada ficaria com o título. Se desse empate, haveria um Gre-Nal extra para decidir o título.
No dia 06.08 talvez alguns gremistas até tenham se arriscado a ir ao estádio do Renner, no bairro Navegantes, mas era uma tarefa inglória torcer para o Sokol. O clube havia vencido apenas o Porto Alegre, e perdido todas as outras, sendo o lanterna da competição. Mas o terror gremista seria ainda maior. Antes dos 10 minutos de jogo o Internacional já vencia por 2x0, gols de Russinho e Filhinho. A seguir, Carlitos, improvisado de centroavante, marcou 4 gols, e antes de encerrar a 1ª etapa, Levi fez 7x0. No 2º tempo, Carlitos, Filhinho e novamente Carlitos marcam, Mário diminui, mas Carlitos, Acácio e Russinho completaram o placar. Perderam a conta? Internacional 13x1, campeão do Campeonato Relâmpago. Classificaram-se para a 1ª divisão, além do Colorado, o vice Grêmio e Força e Luz. Empatados em 4º lugar, Cruzeiro, Americano e Renner tiveram de jogar um torneio desempate, onde a equipe de Navegantes acabou ficando na 2ª divisão. O artilheiro da competição foi o colorado Carlitos, com 16 gols.
Para resolver o problema, a direção da AMGEA unificada decidiu organizar um campeonato em turno único, com todas as onze equipes, onde os cinco primeiros formariam a Série A do campeonato municipal, e os restantes comporiam a 2ª divisão (o Villa Nova, após três derrotas, romperia com a AMGEA e abandonaria o campeonato). Como seriam realizados jogos quase todos os dias, o torneio foi batizado de Campeonato Relâmpago.
A competição começou em 30 de abril, com uma rodada dupla no estádio da Timbaúva: Cruzeiro 5x1 Villa Nova e Grêmio 6x0 Renner. O Colorado estreou no dia seguinte, também jogando na Timbaúva, contra o Porto Alegre. O Internacional saiu na frente, com Brandão, mas Pitta I empatou. Ainda no 1º tempo, Sylvio Pirillo, Carlitos e Russinho deixaram o Colorado em vantagem. Na 2ª etapa o Porto Alegre chegou a diminuir para 4x3, mas o placar final foi 9x3 para o Internacional.
Na 2ª partida colorada, contra o Ferroviário, nova vitória: 4x2. O principal jogador do adversário chamava-se Bola Sete. Na briga pelo título, o Grêmio empatou com o Força e Luz (2x2) e ganhou do Ferroviário (6x1). Com um jogo a mais, o rival liderava a competição, mas a tabela marcava um Gre-Nal para a rodada seguinte.
No dia 28 de maio, o estádio da Timbaúva assistiu a uma das maiores partidas do craque Sylvio Pirillo, que derrotou o poderoso Grêmio, campeão da cidade em 1937 e 1938. O Grêmio abriu o marcador com César, aos 15 minutos. Pirillo empatou aos 23, mas Vanário colocou o Tricolor na frente novamente, no minuto seguinte. A torcida gremista esperava ver o time consolidar a vitória, mas acabou vendo Pirillo arrasar com seus zagueiros, Delgado e o famoso Luiz Luz. O centroavante empatou o jogo aos 20 minutos, e conquistou a vitória, marcando mais uma vez aos 38.
Em 11.06, no estádio do Renner, o Internacional bateu o São José, com dois gols de Castillo (um deles olímpico). Na semana seguinte, na Baixada, bateu o Cruzeiro por 5x4. Apesar de ter saído atrás no marcador, o Colorado chegou a estar vencendo por 5x2. No dia 02.07, novamente na Baixada, o Americano levou 8x0. Faltando três rodadas, o Internacional liderava com três pontos a mais que o Grêmio.
Na reta final, o Internacional faz 7x0 no Renner. Se vencesse o Força e Luz, na penúltima rodada, seria o campeão por antecipação. Jogando com dois reservas, o Colorado perdeu por 4x2. Como o Grêmio, na semana seguinte, venceu o Porto Alegre por 4x1, assumiu temporariamente a liderança, e caso o Colorado perdesse seu último confronto, a equipe da Baixada ficaria com o título. Se desse empate, haveria um Gre-Nal extra para decidir o título.
No dia 06.08 talvez alguns gremistas até tenham se arriscado a ir ao estádio do Renner, no bairro Navegantes, mas era uma tarefa inglória torcer para o Sokol. O clube havia vencido apenas o Porto Alegre, e perdido todas as outras, sendo o lanterna da competição. Mas o terror gremista seria ainda maior. Antes dos 10 minutos de jogo o Internacional já vencia por 2x0, gols de Russinho e Filhinho. A seguir, Carlitos, improvisado de centroavante, marcou 4 gols, e antes de encerrar a 1ª etapa, Levi fez 7x0. No 2º tempo, Carlitos, Filhinho e novamente Carlitos marcam, Mário diminui, mas Carlitos, Acácio e Russinho completaram o placar. Perderam a conta? Internacional 13x1, campeão do Campeonato Relâmpago. Classificaram-se para a 1ª divisão, além do Colorado, o vice Grêmio e Força e Luz. Empatados em 4º lugar, Cruzeiro, Americano e Renner tiveram de jogar um torneio desempate, onde a equipe de Navegantes acabou ficando na 2ª divisão. O artilheiro da competição foi o colorado Carlitos, com 16 gols.