Assoreamento é a obstrução, por sedimentos, areia ou detritos quaisquer, de um estuário, rio, ou canal. Pode ser causador de redução da correnteza.
No Brasil é uma das causas de morte de rios, devido à redução de profundidade. Os processos erosivos, causados pelas águas, ventos e processos químicos, antrópicos e físicos, desagregam solos e rochas formando sedimentos que serão transportados. O depósito destes sedimentos constitui o fenômeno do assoreamento.
O assoreamento é um fenômeno muito antigo e existe há tanto tempo quanto existem os mares e rios do planeta, e este processo já encheu o fundo dos oceanos em milhões de metros cúbicos de sedimentos.
Porém o homem vem acelerando este antigo processo através dos desmatamentos, que expõe as áreas à erosão, a construção de favelas em encostas que, além de desmatar, tem a erosão acelerada devido à declividade do terreno, as técnicas agrícolas inadequadas, quando se promovem desmatamentos extensivos para dar lugar a áreas plantadas, a ocupação do solo, impedindo grandes áreas de terrenos de cumprirem com seu papel de absorvedor de águas e aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de materiais, devido ao escoamento superficial e das grandes emissões gasosas.
O assoreamento não chega a estagnar um rio, mas pode mudar drasticamente seu rumo. O assoreamento pode acabar com lagos. (Fonte: Wikipédia)
Diogo Rincón, Lúcio, Fábio Rockembach, Daniel Carvalho, Nilmar, Rafael Sóbis, Luiz Adriano e Alexandre Pato. Vejo esses nomes como se fossem recursos naturais riquíssimos “extraídos” da margem do Guaíba.
Reconheço que em todas essas negociações o clube também ganhou. A coletividade também ganha com a produção primária agropecuária, com a urbanização de novas áreas, com a criação de empresas, com as usinas hidroelétricas e esse tipo de coisa. Mas em todas essas ações, há também uma conseqüência nociva, há um assoreamento.
Da mesma forma, cada vez que um jovem valor formado nas categorias de base do Inter se vai, milhares e milhares de sedimentos de emoção, alegria, esperança e entusiasmo da torcida, principalmente de jovens e crianças, se desprendem da margem e depositam-se no fundo do rio. E a correnteza diminui, o curso do rio muda, a água fica mais turva e a vida perde um pouco da graça.
Agora floresce no Beira-Rio uma nova espécie rara: Taison. Mas nem bem amadurece sua beleza natural, já se fala em uma possível “venda”! Aí já é demais!
Sei que o Inter é um dos clubes brasileiros que melhor se adaptou a legislação que sucedeu a antiga Lei do Passe. Sei que Pato foi uma das maiores negociações da história do futebol brasileiro. Sei que o clube tem mostrado uma fantástica capacidade de renovação de suas “riquezas naturais”, revelando novos valores a cada temporada.
Contudo, não sei até quando o Gigante vai agüentar a incessante ação humana extrativista. O que sei, é que é preciso frear o assoreamento à Beira-Rio, antes que toda a paixão pelo futebol tenha ido para no fundo do Guaíba.