quarta-feira, julho 09, 2008

67 Uma salva de palmas

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Estava aqui pensando no jogo de hoje e me lembrei que pela primeira vez desde sua saída o Iarley vai jogar no Gigante com outra camisa que não o manto rubro. Me deu uma certa melancolia e tristeza.

Os chatos de plantão vieram a público antes, durante e depois da sua demissão vociferar sobre o fraco desempenho do atacante nos últimos tempos. E não vão admitir nunca que esboçaram um sorriso de canto de boca quando viram o gol dele contra o fluminense neste final de semana. Detalhe: foi o terceiro gol em quatro jogos.

Eu não discordo que ele andava longe de estar jogando bem como antigamente e que talvez fosse mesmo a hora de ele sair. Porém, nada justifica a forma como isso foi feito. Pra dizer o mínimo, falta de classe do Píffero. Mas, como o povo brasileiro não é conhecido pelo respeito aos ídolos e memória longa, por que exigir tal atitude de nossos dirigentes?

E aí chego aonde queria: a ingratidão. Esses mesmos que xingam o Iarley, o Alex, o Clemer e o Índio, esquecem que estes jogadores vieram pro Inter quando o clube andava em baixa. Se hoje eles parecem não servir mais para jogar no nosso time é porque jogaram muito pelo Colorado e ajudaram a elevar o nível – inclusive o de exigência dos torcedores.

Até pensei em entrar em uma longa explanação sobre o assunto, mas quer saber?, acho que em suma eu já disse o que devia dizer. Faltou apenas dizer uma coisa: tenho certeza que os Colorados de verdade que estarão no estádio hoje vão receber o seu Pedro Iarley muito bem e, de preferência, com uma salva de palmas. Obrigado e seja sempre bem-vindo.