38 Esqueçam o resto

Resolvi analisar friamente os jogadores que andam jogando de titulares. Eis que cheguei a algumas conclusões:

Renan – precisa de tranqüilidade, botar a cabeça no lugar e voltar a treinar saída do gol. Do jeito que está, não difere em muita coisa do Clemer, de quem sempre tive medo exatamente nas mesmas saídas de gol, seja com a mão ou, pior, com os pés.

Ricardo Lopes – contratação de dvd? Bota o Carmona no time que vai fazer muito mais. E o tal Ângelo, não tem condição de jogo, fora de forma?

Índio – se tiver uma parceria decente ao lado, cresce. Ainda bem que encostaram o Orozco. Na teoria, quando tudo estiver ok, a dupla de zaga deve ser Bolívar e Sorondo.

Marcão – nunca me convenceu. Se é pra ser lateral/ala, fico com o Ramon.

Edinho – chega! Ou faz treino específico e individual de passe depois do trabalho normal ou vai pro banco ou vai pra outro time. É impressionante que depois de anos esse problema não foi corrigido. Maycon não melhora muito, então por mim é Danny jogando na dele.

Guiña – até quando não joga bem é melhor do que a média.

Magrão – quase o mesmo caso do Guinã.

Alex – não é nem nunca vai ser craque, mas é sim, bom jogador. Gostava mais quando ele ajudava na marcação. Teve personalidade pra assumir o comando do time dentro de campo depois da debandada dos medalhões. E isso é mérito, gostando ou não gostando do futebol dele.

Taisson – vai demorar ainda um pouco pra se ajustar ao futebol de gente grande. Ontem vi o fantástico Velozes e Furiosos Desafio em Tóquio, e lá pelas tantas vem um provérbio japonês: “O prego que se destaca, será martelado”. Como o guri se destacou em 2 jogos, os técnicos adversários vão marcar em cima. Nada que uns ajustes na forma de jogar e a habilidade do guri não resolvam.

Adriano – fominha e limitado. Reserva e era isso.

Nilmar – tá perdido e triste pela falta de parceria no ataque. Deixa o time se ajustar, pegar entrosamento e ele parar de receber balão da zaga e bola de costas pro zagueiro que garanto que vai começar a empilhar gol.

E sabem por que eu fiz toda essa dissecação e botei o título lá em cima? Porque no fundo, quem joga e quem não joga é secundário. Quando eu vejo algo como a declaração de uma jovem colorada como a Roberta aqui embaixo, me dou conta que esse é o todo do princípio da coisa.


Aí a gente cresce, fica velho, cheio de minhoca na cabeça e começa a reclamar de tudo e de todos. Mais grave é a notícia que eu vi ontem que diariamente 23 milhões de brasileiros passam fome, e que botamos fora também diariamente comida suficiente pra alimentar 19 milhões deles. Não vou nem entrar no mérito da água potável.

Mas a idéia não é ficar triste, apenas mudar a perspectiva. Uma semana de sol e calor em Porto Alegre em pleno julho é pra fazer sorrir. E Roberta, parabéns pra ti, que tu continues com essa mentalidade verdadeira e pura, aprendendo lições de vida e se tornando uma pessoa cada dia melhor.

PS: e um abraço pro meu pai, que também é de Bagé e também me ensinou a ser colorado. E um beijo especial pra minha mãe, que apesar de ser azul, torce pro Inter junto porque quer me ver feliz. Mãe é mãe. Feliz aniversário, véia!