A expressão em latim, extraída de um poema de Horácio (isso eu catei no google), foi a primeira coisa que me veio em mente após o final da partida em que o Inter venceu o Corínthians. Carpe diem (colha o dia), também pode ser traduzido como: aproveite o momento, não se preocupe demais.
Nesse cotidiano agitado dos dias de hoje, estamos sempre correndo atrás de melhores trabalhos, melhores salários. Queremos fazer graduação, pós-graduação, especialização, tudo realmente muito importante e válido, mas, muitas vezes, corremos tanto atrás de novos objetivos que acabamos nos esquecendo de parar um pouco, olhar ao redor e aproveitar aquilo que de melhor a vida tem para nos oferecer.
Um passeio no parque com a família, um dia na praia com a namorada, um fim de tarde em companhia dos amigos, enfim, tantas coisas boas, singelas, que podem muito bem ser feitas numa tarde quente de maio, esperando a chuva que logo virá para acalmar a angústia daqueles que sofrem com a seca. São coisas assim que realmente valem a pena na vida. É isso que fica. O resto, tudo se esvai.
Estamos sempre tão ansiosos, tensos, preocupados, fazendo contas, projetando o futuro, traçando planos, estabelecendo metas, calculando riscos que, se bobearmos, os anos terão se passado e não teremos aproveitado nossa juventude. Nossa idade madura vai se tornando amarga, não pela ausência da vitalidade de outrora, mas pela falta que faz olhar para trás e lembrar de momentos simples e felizes, como ver um por do sol, fazer uma reunião festiva, assistir a um jogo com os amigos.
No último domingo vivi um desses dias que ficarão marcados na lembrança, principalmente na minha memória futebolística. A ansiedade pelo jogo de estréia do Brasileirão era grande. Jogo no Pacaembu, contra o Corínthians de tantas lembranças, só podia mesmo estar cercado de grande expectativa.
Eis que Nilmar agraciou a mim, aos colorados e todos aqueles que realmente gostam do bom futebol, com um golaço, gol de placa, gol antológico! Que cada um escolha o melhor elogio para descrever aquela obra prima desenhada com os pés no tapete verde do estádio municipal paulistano. Daqueles que tiveram a oportunidade de assistir in locu eu tenho inveja. De maneira positiva, é claro.
Minha alegria de viver e de ser colorado ganhou novo brilho na tarde do domingo passado. Meu orgulho em torcer por um clube com tanta história bonita, que se renova a cada jogo, como nessa pintura do Nilmar, é incomensurável!
Por mais que eu viva fazendo contas, apreciando tabelas, controlando datas, anotando estatísticas, contabilizando cartões e analisando desempenhos técnicos e táticos, no fim de semana que se passou, me rendi ao momento, à beleza do lance, à maravilha do gol!
Aquele espetáculo diante dos meus olhos me obrigou a refletir um pouco mais sobre a vida. É importante aprender com os erros do passado. É válido se preocupar com o futuro. Mas, às vezes (e é bom que isso não ocorra muito raramente), é preciso parar e, simplesmente, aproveitar o momento.
Houve um tempo em que o futebol era pura técnica. Os times mais técnicos, invariavelmente, venciam. Era a época do romantismo, dizem alguns. Devia ser uma época mais feliz. Acho que foi um tempo em que as pessoas aproveitavam melhor os seus momentos. Posteriormente, com a evolução física e tática, a técnica começou a perder um pouco do seu espaço e, aos poucos, todos os times começaram meio que a se equipararem. O jogo ficou mais rápido e os momentos a serem apreciados, mais raros. Eis que, diante dessa equiparação nos planos físico e tático, somente uma característica poderia voltar a fazer a diferença no jogo, justamente a técnica.
Pois é exatamente isso que vem diferenciando o Inter dos demais times brasileiros e sul-americanos no momento. O Inter é hoje um dos times com maiores valores técnicos no país e no continente. Assim, mesmo quando o conjunto não se sobressai, quando o coletivo não impressiona e, até mesmo, algumas individualidades se apagam, sempre haverá um jogador diferenciado, em dia inspirado, pronto para nos encher os olhos com uma jogada brilhante. E foi exatamente isso que o Nilmar fez.
Mas e resto do jogo? Ah, dificilmente o resto do jogo me impressionaria mais. Depois daquele gol, todo o resto ficou em segundo plano. O Inter deixou a iniciativa ofensiva do jogo para um time que não sabe atuar assim e, portanto, pouco risco ofereceu. Time do Mano Menezes, via de regra, joga esperando, no contra-ataque e na bola parada. Falhamos em alguns momentos, não fomos perfeitos, mas o jogo é também uma prova de como reagimos aos nossos próprios erros e, ao final, ainda nos houvemos bem. Mas, ao término da partida, eu simplesmente me rendi à beleza singular, talvez comparável, mas, seguramente inigualável do grande momento do jogo: o gol!
E assim, aproveitei o meu dia. O dia que o Inter estreou no Campeonato Brasileiro ganhando do Corínthians, no Pacaembu, com um golaço do Nilmar! Uma bela tarde de outono. Um dia para ficar na memória, para lembrar das coisas boas da vida.
Nesse cotidiano agitado dos dias de hoje, estamos sempre correndo atrás de melhores trabalhos, melhores salários. Queremos fazer graduação, pós-graduação, especialização, tudo realmente muito importante e válido, mas, muitas vezes, corremos tanto atrás de novos objetivos que acabamos nos esquecendo de parar um pouco, olhar ao redor e aproveitar aquilo que de melhor a vida tem para nos oferecer.
Um passeio no parque com a família, um dia na praia com a namorada, um fim de tarde em companhia dos amigos, enfim, tantas coisas boas, singelas, que podem muito bem ser feitas numa tarde quente de maio, esperando a chuva que logo virá para acalmar a angústia daqueles que sofrem com a seca. São coisas assim que realmente valem a pena na vida. É isso que fica. O resto, tudo se esvai.
Estamos sempre tão ansiosos, tensos, preocupados, fazendo contas, projetando o futuro, traçando planos, estabelecendo metas, calculando riscos que, se bobearmos, os anos terão se passado e não teremos aproveitado nossa juventude. Nossa idade madura vai se tornando amarga, não pela ausência da vitalidade de outrora, mas pela falta que faz olhar para trás e lembrar de momentos simples e felizes, como ver um por do sol, fazer uma reunião festiva, assistir a um jogo com os amigos.
No último domingo vivi um desses dias que ficarão marcados na lembrança, principalmente na minha memória futebolística. A ansiedade pelo jogo de estréia do Brasileirão era grande. Jogo no Pacaembu, contra o Corínthians de tantas lembranças, só podia mesmo estar cercado de grande expectativa.
Eis que Nilmar agraciou a mim, aos colorados e todos aqueles que realmente gostam do bom futebol, com um golaço, gol de placa, gol antológico! Que cada um escolha o melhor elogio para descrever aquela obra prima desenhada com os pés no tapete verde do estádio municipal paulistano. Daqueles que tiveram a oportunidade de assistir in locu eu tenho inveja. De maneira positiva, é claro.
Minha alegria de viver e de ser colorado ganhou novo brilho na tarde do domingo passado. Meu orgulho em torcer por um clube com tanta história bonita, que se renova a cada jogo, como nessa pintura do Nilmar, é incomensurável!
Por mais que eu viva fazendo contas, apreciando tabelas, controlando datas, anotando estatísticas, contabilizando cartões e analisando desempenhos técnicos e táticos, no fim de semana que se passou, me rendi ao momento, à beleza do lance, à maravilha do gol!
Aquele espetáculo diante dos meus olhos me obrigou a refletir um pouco mais sobre a vida. É importante aprender com os erros do passado. É válido se preocupar com o futuro. Mas, às vezes (e é bom que isso não ocorra muito raramente), é preciso parar e, simplesmente, aproveitar o momento.
Houve um tempo em que o futebol era pura técnica. Os times mais técnicos, invariavelmente, venciam. Era a época do romantismo, dizem alguns. Devia ser uma época mais feliz. Acho que foi um tempo em que as pessoas aproveitavam melhor os seus momentos. Posteriormente, com a evolução física e tática, a técnica começou a perder um pouco do seu espaço e, aos poucos, todos os times começaram meio que a se equipararem. O jogo ficou mais rápido e os momentos a serem apreciados, mais raros. Eis que, diante dessa equiparação nos planos físico e tático, somente uma característica poderia voltar a fazer a diferença no jogo, justamente a técnica.
Pois é exatamente isso que vem diferenciando o Inter dos demais times brasileiros e sul-americanos no momento. O Inter é hoje um dos times com maiores valores técnicos no país e no continente. Assim, mesmo quando o conjunto não se sobressai, quando o coletivo não impressiona e, até mesmo, algumas individualidades se apagam, sempre haverá um jogador diferenciado, em dia inspirado, pronto para nos encher os olhos com uma jogada brilhante. E foi exatamente isso que o Nilmar fez.
Mas e resto do jogo? Ah, dificilmente o resto do jogo me impressionaria mais. Depois daquele gol, todo o resto ficou em segundo plano. O Inter deixou a iniciativa ofensiva do jogo para um time que não sabe atuar assim e, portanto, pouco risco ofereceu. Time do Mano Menezes, via de regra, joga esperando, no contra-ataque e na bola parada. Falhamos em alguns momentos, não fomos perfeitos, mas o jogo é também uma prova de como reagimos aos nossos próprios erros e, ao final, ainda nos houvemos bem. Mas, ao término da partida, eu simplesmente me rendi à beleza singular, talvez comparável, mas, seguramente inigualável do grande momento do jogo: o gol!
E assim, aproveitei o meu dia. O dia que o Inter estreou no Campeonato Brasileiro ganhando do Corínthians, no Pacaembu, com um golaço do Nilmar! Uma bela tarde de outono. Um dia para ficar na memória, para lembrar das coisas boas da vida.