Relatos de uma novela em quatro atos
1º ato. Todos por ela, vem cá nêga.
(ela – personagem principal, redonda e no centro do gramado).
Bola Rolando.
Ninguém disse que seria fácil. Mata-mata raramente é tranqüilo.
Entre força e determinação de ambos os lados, foi um lá e cá intenso, excitante, nervoso e com ares de cenas de perseguição, onde num segundo o carro vira duas vezes e volta pro curso de origem. Ninguém pisca os olhos, pois nessa fração de segundo acontecem tantas coisas que o mundo acaba, voltam os dinossauros, evolução das espécies, homo sapiens e novamente o futebol.
O time da Gávea não estava disposto a entregar a rapadura.
(Sobre a protagonista: Bola é geniosa porque é substantivo feminino. Quem muito faz antes, paga depois. Mulheres anotam tudo num caderninho formado basicamente por hormônios e mitocôndria, que fica num cantinho do lado direito do cérebro. E não esquecem. Nunca mais. Algumas rebatem, outras deixam quieto - não é pra tanto. A bola é das que devolve).
Então, é aquela velha história, mesmo que atletas sejam passíveis de erros que tomam proporções maiores, principalmente no futebol, não há como fugir do que a vida ensina e a danada pune. Fulaninho não tolera um drible, discute com o técnico, sai do treino mais cedo e coisa e tal. Não é que justo pelos pés de Juan veio o presente, com açúcar e afeto, para ninguém menos que Nilmar?! E deste para Taison. E é bola na rede. Gol. 1x0.
2º ato. Caprichos.
(ela – intolerante, quer sempre alguma prova de que todo esforço é pouco).
Já passada a metade do segundo tempo. Partida sob controle, retomada do meio campo. Domínio das conclusões, contenção das investidas adversárias. Mas quem manda vacilar no arremate definitivo? Perde gol fácil, se quer sugerindo estar garantido, pra ver como ela fica... Quando menos se esperou, ataque rubro-negro, passa aqui passa ali, escreveu não leu e é gol do Flamengo.
Viu como a bola é geniosa?
3º ato. Reconquista.
(ela – até o fim, te dá uma chance).
A tudo que obriga controlando, a bola devolve resignada, diante do ato heróico. Ela não deixaria morrer naquela grama seus garbosos e triunfantes amados, amantes. Era só pra dar emoção, fazer correr atrás, mostrar união, empenho e humildade. Ela não é boba, consegue o que quer. O time se dedicou inquietamente à busca do gol. Obstinados, subiram com valentia ao ataque. Nos últimos minutos, Glaidson veio do banco pra sofrer falta na entrada da área. D’Alessandro, na consciência de seu cansaço e confiante nos seus, deixa Andrezinho bater.
(Esse Gringo não é craque por acaso. Tem muita estrela do futebol que bateria aquela falta, chamando pra si, mascarando a fraqueza do ego. Jura que assim, a tinhosa entraria! É... em terra de samba, quem manda no tango, entende a redonda).
E a moça ali, parada, entregue, despida de imposições ou rancores. Andrezinho poeticamente a mandou pro fundo das redes.
4º ato. Final feliz.
A nação colorada, mesma que outrora sofreu com emoções inversas, quando tudo podia estar muito bem, que acabava mal; vive hoje uma história de amor com essa camisa vermelha, que só pode mesmo entoar, alto e vibrante: Tu és minha paixão!
1º ato. Todos por ela, vem cá nêga.
(ela – personagem principal, redonda e no centro do gramado).
Bola Rolando.
Ninguém disse que seria fácil. Mata-mata raramente é tranqüilo.
Entre força e determinação de ambos os lados, foi um lá e cá intenso, excitante, nervoso e com ares de cenas de perseguição, onde num segundo o carro vira duas vezes e volta pro curso de origem. Ninguém pisca os olhos, pois nessa fração de segundo acontecem tantas coisas que o mundo acaba, voltam os dinossauros, evolução das espécies, homo sapiens e novamente o futebol.
O time da Gávea não estava disposto a entregar a rapadura.
(Sobre a protagonista: Bola é geniosa porque é substantivo feminino. Quem muito faz antes, paga depois. Mulheres anotam tudo num caderninho formado basicamente por hormônios e mitocôndria, que fica num cantinho do lado direito do cérebro. E não esquecem. Nunca mais. Algumas rebatem, outras deixam quieto - não é pra tanto. A bola é das que devolve).
Então, é aquela velha história, mesmo que atletas sejam passíveis de erros que tomam proporções maiores, principalmente no futebol, não há como fugir do que a vida ensina e a danada pune. Fulaninho não tolera um drible, discute com o técnico, sai do treino mais cedo e coisa e tal. Não é que justo pelos pés de Juan veio o presente, com açúcar e afeto, para ninguém menos que Nilmar?! E deste para Taison. E é bola na rede. Gol. 1x0.
2º ato. Caprichos.
(ela – intolerante, quer sempre alguma prova de que todo esforço é pouco).
Já passada a metade do segundo tempo. Partida sob controle, retomada do meio campo. Domínio das conclusões, contenção das investidas adversárias. Mas quem manda vacilar no arremate definitivo? Perde gol fácil, se quer sugerindo estar garantido, pra ver como ela fica... Quando menos se esperou, ataque rubro-negro, passa aqui passa ali, escreveu não leu e é gol do Flamengo.
Viu como a bola é geniosa?
3º ato. Reconquista.
(ela – até o fim, te dá uma chance).
A tudo que obriga controlando, a bola devolve resignada, diante do ato heróico. Ela não deixaria morrer naquela grama seus garbosos e triunfantes amados, amantes. Era só pra dar emoção, fazer correr atrás, mostrar união, empenho e humildade. Ela não é boba, consegue o que quer. O time se dedicou inquietamente à busca do gol. Obstinados, subiram com valentia ao ataque. Nos últimos minutos, Glaidson veio do banco pra sofrer falta na entrada da área. D’Alessandro, na consciência de seu cansaço e confiante nos seus, deixa Andrezinho bater.
(Esse Gringo não é craque por acaso. Tem muita estrela do futebol que bateria aquela falta, chamando pra si, mascarando a fraqueza do ego. Jura que assim, a tinhosa entraria! É... em terra de samba, quem manda no tango, entende a redonda).
E a moça ali, parada, entregue, despida de imposições ou rancores. Andrezinho poeticamente a mandou pro fundo das redes.
4º ato. Final feliz.
A nação colorada, mesma que outrora sofreu com emoções inversas, quando tudo podia estar muito bem, que acabava mal; vive hoje uma história de amor com essa camisa vermelha, que só pode mesmo entoar, alto e vibrante: Tu és minha paixão!
* Taí a oportunidade única da torcida rubro-negra reivindicar origem de algo que é sucesso do Inter e veio do Flamengo: Andrezinho.
22 Comentários:
Muito bom!!!
E essa foto é ducaralho!
Geo-abraço
Muito bom, seus textos realmente emocionam. Parabéns!
Bela foto!
(redundance mode on)
Excelente, Diana !
(redundance mode off)
Essa foto do meu xará está demais mesmo !
É o torcedor fanático F9 !
Muito bom. Mas muito bom meeeeesmo!
Esqueci de dizer: o vídeo do Alexandro, que está no BV desde hoje cedo, apareceu também no GloboEsporte!
Por fim, Diana, é só ler o blog do urubú, no GloboEsporte.com, que desde o 1° jogo eles já reivindicam a "criação" do Andrezinho.
Grande coisa, né.
O filho pródigo à casa tornou, matou o pai, estrupou a mãe e foi ao cinema com a irmãzinha mais nova.
Dizer que os texto delas são excelentes é redundante!!
Aqui oh gurizada: sem Kleber e sem Nilmar por 1 mês... podem fazer a lista ai:
- fora das finais da CB
- fora de 4 jogos pelo Brasileirão, contanto adversario direto, o Cruzeiro...
Complicado... e o sorteio das bolinhas, não é que o René sabia, primeiro jogo no Beira Rio e depois no Couto Pereira, eta festa, ferrou...
Essa Copra do Brasil do jeito que esta sendo não estava escrito, temos ai mais dois jogos com muita emoção, sendo que não podemos tomar gol no Beira Rio contra o Coritiba e levar vantagem pra la... alguem ai ainda acredita que o Inter possa dar espetaculo nessas finais????
Inter Campeão da CB 2009!!!!!
CADE O NELSON E O CJRRRRRRRRRRRRRR
CADE CADE CADEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
NINGUEM SABE, NINGUEM VIU!!!!!
VAZAAA CORNETAAAAAAAAA
Hhaudhasidhasdhiasdhasdhsidhiausdh
sobre o texto, bala, pra vaariarrrrr
Tá lá! Acabei de ouvir na Guaíba. Primeiro reforço prás semi-finais da Copa do Brasil:
Rosinei está fora!! Machucado!!!
e o gran finale....
* Taí a oportunidade única da torcida rubro-negra reivindicar origem de algo que é sucesso do Inter e veio do Flamengo: Andrezinho.
adorei demais Nobre Conselheira!!!
Ê, Diana, que delícia ler textos seus. São curvos, macios, parecem uma linda mulher. Parabéns.
Apesar que querer ver meu Inter com jogo cada vez mais sólido, não dá pra negar que esse time está nos enlouquecendo de paixão! Tem sido um centenário impecável e independente do que venha, já valeu a pena e muito, pra mim.
Que o time, ao contrário, tenha lá no canto secreto de seus pactos mais intímos, o objetivo incontrolável de vencer TUDO que vem por aí.
Abraços,
Bahh........
Algllllgooorlllglgl.
Desculpem tá dificil falar com a lingua queimada vou ter que tomar sopa uma semana.
huahuahauauauha....
Te esforça andrézinho ; algúem do departamento médico do inter fez uma intervenção cirurgica no Dézinho e descolou as coxas dele.
Penso do andrézinho o mesmo que o Nelson e o Cjr sempre pensaram do Alex.
Abraços
Coxa será caroço, principalmente no C. Pereira. Espero muita seriedade, humildade e garra por parte do Colorado.
Off topic:
O dunga "operou" o Colorado, para facilitar o titulo do Curintias. Ta ai a CBF preparando a festa para o MSI.
Sobre a fantastica foto do F9:
lembra o maradona vendo os jogos do boca e o pele vendo os jogos do santos.
gostaria de um dia ver o falcão numa foto desse tipo ... mas acho que o falcão é mais agradecido ao inter do que torcedor do inter.. diferente do fernandao
abraçso a todos
"Kill a stick" Diana! :)
Baita texto Diana.... parabéns...
Acho que é por ai mesmo, Dale viu que o Andrezinho tava muito confiante, ambos treinam cobranças de falta e deixou o companheiro cobrar.
Diferente de uns (CJR por ex. ... :)...) eu poderia dizer que o Dale refugou, tremeu a perna, não assumiu a responsabilidade pra cobrar a falta, como eles dizem até hoje sobre o Alex, mas não da pra dizer isso porque só dentro de campo pra saber quem naquela hora ta mais preparado, e lembrando que o Bustos chego no Inter como um grande cobrador de faltas,
mas isso é outra história,
pro azar do Alex ele deixo pro Bustos cobrar....
pra sorte do Dale ele deixo pro Andrezinho cobrar...
e sorte nossa também....
Na verdade hoje no BR tem dois fatores caminhando lado a lado
fatores que fazem um time campeão
Qualidade e Sorte
Texto DELICIOSO!
Ainda mais emoldurado pela foto do nosso eterno capitão Fernandão!
Aliás, "sem palavras"! Pois o gesto diz tudo!
Não tem prá Falcão! Não tem prá Figueroa! Não tem prá Tafarel! Não tem prá ninguém!
Nem se trata de uma questão técnica, vai além disso!
Todos foram excelentes jogadores (e são até hoje muito bem quistos por isso). São legendas no Inter.
Mas igual ao COLORADO Fernandão, NINGUÉM! É uma relação sanguínea!
Momento zuação.
Entrevista com torcedor do Flamengo e gols de Inter 2 x 1 Flamengo - 20/05/09
Aquele abraço!!!
http://www.youtube.com/watch?v=A4htaBxA270
Como sempre, excelente, Diana.
A cada dia melhor...
Louis,
Ultimamente não venho postando aqui no blog, pois realmente estou sem tempo, mas não deixo de ler ...
Quando saiu o gol, a primeira coisa que eu pensei "e agora corneteiros? o que vcs vão dizer??"
Fiquei muito feliz na hora pelo gol, e muito bravo por lembrar dos corneteiros aqui do blog, que tratam muitos jogadores do Inter pejorativamente, sem perceber que se não podem atuar no time titular, já que temos outros jogadores de melhor calibre, mas são muito uteis e servem pra banco sim.
Outra coisa que eu queria levantar:
por que não estão chamando o D'Alessandro de amarelão?
Pois ano passado foi a mesma coisa. O Alex não bateu a falta e deixou pro Bustos, que era titular. Esse ano, no momento H, o Dale não bateu e deixou pro Andrezinho (reserva)! Porque dois pesos e duas medidas? Por que um é amarelão e o outro teve a "genialidade do craque" pra deixar o companheiro bater?
Respondam cornetas!
Claro que eu não poderia deixar passar em branco:
grande texto Diana!
Parabéns!!
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