segunda-feira, maio 11, 2009

28 Dona Marisa

28
Quero exaltar a Dona Marisa, por existir como pessoa e, por conseqüência, ter um dia dado à luz ao rapaz que atende pelo nome de Nilmar.

Meus agradecimentos a vossa esplendida existência se estendem ao fato de ontem, por capricho do destino ou coração de mãe, o camisa nove recebeu antes do jogo, desta que sempre será a primeira mulher de sua vida, o pedido: um gol.

E que gol.

Não fosse a senhora, creio que não surgiria no gramado do Pacaembu tamanha proeza. Não pretendo menosprezar a esposa de seu filho, conhecendo os tradicionais ditos populares e folclores de família que confrontam sogra e nora; pois a própria moça no dia de ontem provavelmente beijou e abraçou a sua, lembrando que no céu, inferno ou Campeonato Brasileiro, mãe é mãe.

Dona Marisa, a nação vermelha e branca lhe agradece!


De resto, atuação consistente, embora não de todo convincente. Sempre que um dos três volantes titulares desfalcam, o time sente tanto que me arrisco a declarar como ponto mais fraco do que a própria zaga – que ontem foi bem, pois Guiñazu jogou (só) atrás.

Glaydson não foi mal, mas também não foi destaque. Magrão até que arriscou, deu o belo passe pro gol incrivelmente perdido pelo Taison (apagado). D’Alessandro foi o passe pro gol e mais nada (exagerando pra resumir). Tudo isso porque o meio campo perdeu corpo sem Sandro, ficou vulnerável e se encolheu. Levando em consideração que a fama de melhor time do Brasil vai despertar o olho do tigre em todos adversários da temporada, vale o aviso, muito do que o Inter goleador é, passa pelo trio Sandro, Magrão e Guiñazu. Não por coincidência, na única derrota no ano, para o União Rondonópolis, jogamos sem Magrão. E mais, no encardidinho jogo de volta também estávamos sem a formação de origem.

Agora, muito do que o Inter tem de encantador sai de momentos individuais surpreendentes, lances pra nunca mais esquecer. Valeu Golden boy. Também não é todo dia que todos estão inspirados, por isso a vitória de ontem vale muito - peso de ouro – porque além dos três pontos, significa que diante da atuação menos expressiva de outros grandes jogadores do elenco, alguém pode se destacar e decidir.

Mas vamo-le-que-vamo, não comprei a corneta do adversário de time misto. Com onze titulares do Corinthians em campo seria outra leitura de jogo, mais espaço pra todo mundo e maior risco também pros dois lados. Se o oponente rifou seus três pontos, nada temos a ver com isso. E se no nosso meio campo faltou serviço, atrás seguramos e na frente foi tudo com ele.
Golaço de Nilmar.
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EDIT: (O Gol e a Dona Marisa no Jornal Nacional. Desculpe o Edit Diana mas achei que cabe bem no teu Texto):