Pra quem não acompanhou minha postagem da semana passada, informo que esta postagem de hoje é a continuação daquela. Então, pra não perder o fio da meada, recomendo a quem tiver interesse e paciência que vá à minha postagem da sexta passada e dê uma lida antes de prosseguir nesta.
(continuação) Mesmo com algumas críticas, os vídeos da Bunda Branca Produções tornaram-se sucesso absoluto entre a gurizada da repartição, pelo ineditismo e ousadia da iniciativa de Carlos Roberto. Assim, observações de detalhes técnicos eram pura provocação dos estagiários para com o autor e sua "obra". Os estagiários apenas diziam: "Tu é foda, Carlos, mas essa cena tá uma merda!" Carlos Roberto nada retrucava, apenas desdenhava com um sorrisão superior de orelha a orelha e curtia tal um pachola o súbito reinado.
De canto de olho, Carlos Roberto viu passar ao fundo da sala a deliciosa Monique, a estagiária que estava sumida desde o segundo parágrafo da primeira parte da história. Sem o menor pudor, Carlos Roberto chamou-a: "Monique, vem cá! Quero te mostrar uma coisa!" Monique carregava uns processos e respondeu de onde se encontrava que agora estava ocupada demais pra ficar vendo baixarias. Mas Carlos Roberto insistiu: "Vem cá, gata! Tenho algo interessante pra te mostrar." Monique revirou os olhinhos, dissimulou uma carinha de impaciência mas por fim cedeu aos apelos do colega e foi lá conferir o que, no fundo, ela morria de curiosidade de ver desde os primórdios dos acontecimentos.
Ela já sabia o que iria encontrar, pois os outros estagiários já haviam lhe escancarado ao ouvido o que se passava no monitor do Carlos Roberto. Monique mal chegou e Carlos lascou de primeira: "E aí, quer contracenar comigo?" E virou o monitor na direção dela. A gostosuda silenciou por um momento. Carlos Roberto julgava ter abalado a beldade e esperava uma atitude intempestiva como resposta. Tudo o que ele queria era chocar. Alguns segundos depois, aparentemente refeita do impacto causado pelo atropelo do colega, Monique foi de uma frieza avassaladora: "Olha, faltam muitos centímetros aí pra que eu atue contigo. Digamos que tu não tens o instrumental adequado, nobre colega."
Aquilo desmontou a autoconfiança de Carlos Roberto, deixando-o nitidamente desconsertado. Ele não tinha resposta à altura para aquela tonelada de avacalhação que a colega lhe impôs. Não restou outra alternativa a Carlos Roberto senão remendar a situação: "Que isso?! É meio "cotoco" mas o "cabeção" é descomunal, parece um bolo inglês. Dá uma olhada!" Mas Monique era destrutivamente espirituosa e deu números finais à conversa: "Sim, de fato, curtinho com uma cabeça desproporcional, parece um champignon. Sim, um championzinho!" Carlos Roberto se enfezou: "Cretina, sai daqui!" Monique retirou-se rebolante dentro de sua calça jeans coladíssima ao seu corpão violentamente monumental.
Depois, revendo as imagens, na solidão de seu apartamento, Carlos teve que concordar com o veredito impiedoso de Monique. E chegou à triste conclusão de que deveria contratar atores anatomicamente aptos, mas que aceitassem um lanche, um suco e dois vale-transportes como pagamento.
Primeiramente, precisava fazer testes de seleção. Pensou em seus colegas de repartição, os estagiários João Pedro e Túlio. "São novos, meus fãs, certamente vão adorar fazer parte dessa putaria toda. É só eu contratar umas boas putas pros testes. A gurizada não vai arregar. Não tem erro!" Pensava Carlos Roberto.
Carlos chamou João Pedro e lhe fez o convite, mas esse recusou, alegando timidez. Com a recusa do primeiro, falou com Túlio no dia seguinte e esse topou o desafio. Combinaram horário e local, após o expediente. Carlos Roberto esperaria com a garota, bastando ao Túlio mostrar competência na hora H. Tudo foi feito conforme o combinado, mas Túlio não conseguiu manter a ereção em frente à câmera, mesmo que esta estivesse escondida na estante da sala do apartamento do Carlos Roberto. Fiasco. As alternativas tornavam-se escassas e não restou outra saída senão recorrer aos estagiários "especiais" do setor: Ralph, Pelêga e Bolacha. "Desses três um tem que vingar." Lucubrava Carlos Roberto.
Testes marcados, os três compareceram pontualmente, como o faziam em dia de expediente. Putas a postos, câmera estrategicamente posicionada... os especiais não negaram fogo e logo mandaram ver. Dos três, Ralph, o mulato dos olhos esbugalhados se sobressaiu e mostrou fôlego de ferro e um "talento" fora do normal. Os outros não empolgaram, mas Carlos Roberto decidiu que os manteria como equipe de apoio e para as cenas de suruba. A Bunda Branca Produções dava um salto em suas atividades.
Com a nova equipe, Carlos Roberto produziu uma duzia de filmes, todos com muita repercussão não só dentro da repartição, mas sucesso que se alastrava para outros departamentos do órgão público em questão. Muita gente boa já requisitava as intrépidas aventuras da Bunda Branca Produções. Tanto sucesso não passaria encólume por Monique, a qual surpreendeu Carlos Roberto enquanto esse trabalhava, numa manhã de expediente. "Carlos, preciso falar contigo. Tu poderias me mostrar alguns trechos do teu último filmezinho?" "Ah, tá curiosa, hein? Eu sabia! Eu sabia!" Carlos Roberto buscou um de seus arquivos salvos no "C" de sua máquina, apertou o play e atendeu ao inesperado pedido da moça. Ela mal piscava. Apenas observava com olhos fixos na tela. "Assim tá bom, Monique?" "Tá legal, deixar rolar que eu quero ver mais um pouco..."
Uns cinco minutos foram suficientes pra estagiária. Ela pediu que Carlos Roberto fechasse o arquivo e teceu o seguinte comentário: "Tuas idéias são legais, os guris atuam direitinho, mas as tuas putas são muito barangas e não atuam com a desenvoltura adequada." "Monique, elas são garotas de programa e nem sabem que estão sendo filmadas, do contrário não topariam." "Aí é que está o grande problema dos teus filmes, Carlos." "Tu precisa de profissionais da sétima arte, não de profissionais do sexo." "Mas como? Quem se habilitaria? Tem alguma sugestão? Conhece alguém?" A resposta da Monique mudaria definitivamente os rumos da Bunda Branca Produções e dessa história.
Monique respondeu assim ao Carlos Roberto: "Eu faço! Tu sabe que eu sou porra-louca mesmo. Faço sim, sem problema! Mas não me vem com essa palhaçada de suquinho, lanchinho e vale-refeição como pagamento." De queixo caído, ainda desnorteado pelo baque, Carlos Roberto só teve forças pra perguntar: "Tá, mas o que tu quer, então?" A moça foi taxativa: "Fama!"
Tudo bem, Monique era uma das mulheres mais gostosas que Carlos Roberto conhecia, tremenda potranca, desenvolta pra cacete e tinha todos atrativos pra se dar bem na Bunda Branca Produções, mas isso não impedia que antes fizesse um teste, pra saber se ela realmente tinha a pegada exigida pela sua produtora. Por isso, lá estavam reunidos Monique, Carlos Roberto e o Nêgo Raph pra uma noitada de testes. O Nêgo Ralph adotou essa alcunha artística a pedido de Carlos Roberto. Ele era o ator destaque da produtora e logo Monique sentiria nas entranhas o "tamanho" do poder do negão.
Ele faria o teste com Monique, que acabara de vir do quarto de banho, vestindo a lingerie para o aguardado teste. Gostosíssima, potranquíssima. Desta vez, nada de câmera escondida. Carlos Roberto poderia atuar livremente graças à fabulosa Monique. Carlos liga a câmera e pergunta se Monique ensaiou sua fala. Ela responde positivamente com a cabeça. Para o Nêgo Ralph não tinha fala específica, pois ele era incapaz de decorar duas frases que fossem. O negócio dele era "ferro na boneca", como definira o diretor.
Então, Carlos Roberto põe a cêmera pra rodar e diz que tá gravando. A cena vai fluindo, amassos preliminares rolando e o Nêgo Raplh tira a cueca. Monique leva um "cagaço" com o que vê. Nunca tinha visto uma "benga" com aquelas dimensões. Aquilo iria lhe arrebentar por dentro, com certeza. Ela reluta um pouco, teme por sua integridade física no início, mas por fim resolve encarar o "pacotão" do Ralph. Era mais monstruoso ao vivo do que pelo monitor do Carlos Roberto. Mas ela precisava superar aquele doloroso desafio.
Apesar de ser destaque da Bunda Branca Produções, o Nêgo Ralph ainda era meio "verde", cheio de energia, é verdade, mas Monique notou que ele não dominava todas as mãnhas daquela "arte". Depois, passado o trauma inicial, mais solta, ela relaxou e a dupla barbarizou frente à câmera digital de Carlos Roberto. "Bravo, bravo!" Gritava Carlos Roberto após a bateria de testes protagonizada pela gostosuda e pelo "talentoso" Ralph. "E aí, o que achou?" Perguntou Monique ao "diretor". "Bah, guria, sem palavras... tu nasceu pra isso!" "E que tal meu ator principal?" Indagou Carlos Roberto à moça. "Olha, o que eu posso dizer... ele tem um "talento" enorme e praticamente me arrebentou, mas com um pouco de coragem dá pra encarar. Ele é um cavalão e eu acho que sei como domá-lo..." Daquela data em diante, o nome artístico do Nêgo Ralph virou Corcel Negro e o nome do primeiro filme protagonizado pelos dois chamou-se "A encantadora de Cavalos."
Esse filme em questão teve estréia bombástica no órgão público em que trabalhavam e os pedidos de cópias se multiplicavam absurdamente dia após dia. A presença de Monique foi um marco na história da Bunda Branca Produções, um fenômeno de popularidade. E assim os filmes foram se multiplicando e a demanda aumentando. Os servidores do órgão público tornaram-se comsumidores ávidos pelas novidades fresquinhas produzidas pela incensada Bunda Branca Produções.
Novos filmes foram feitos, como o fantástico "Assédio Sexual e Safado", onde Carlos Roberto inovou mais uma vez e convidou seu próprio chefe, Reginaldo, pra fazer par com sua estrela máxima, Monique. Detalhe: a locação foi a própria gráfica do órgão público em que trabalhavam. Reginaldo subornou os seguranças e conseguiu com que fizessem as gravações num final de semana. Bem, esse filme teve um apelo fenomenal e extrapolou a esfera do órgão público em que trabalhavam para outros órgãos públicos do estado, seja do executivo, seja do legislativo e até do judiciário.
No entanto, não acabou bem essa história, pois a gravação foi parar nas mãos do Ministério Público, que resolveu investigar o que julgava ser um verdadeiro escândalo. Resultado: Reginaldo foi demitido a bem do serviço público. Consta que até o Governador da época havia solicitado uma cópia de "Assédio Sexual e Safado", mas as investigações não avançaram nesse nível e foram convenientemente arquivadas. E a Bunda Branca Produções? Teve toda a equipe afastada da gráfica do órgão público estadual em questão. Mas quem ligava? Ela já era auto-sustentável e só fez crescer e desenvolveu-se ainda mais após o escândalo.
Monique se transformara na estrela maxima da Bunda Branca Produções. Ela era a cara da Bunda Branca Produções e vice-versa. Deu tão certo que em dois anos a BBP comprou a Brasileirinhas, famosa produtora nacional de pornografia e já voltava seu foco para o mercado externo, sempre tendo Monique como atração principal. Larry Flint, dono da Hustler, gigante da pornografia norte-americana, abriu o olho e inicialmente quis comprar a BBP. Não obtendo êxito, propôs uma sociedade com a finalidade de criar um conglomerado pornô que dominasse as três Américas, de cima a baixo. Carlos Roberto também não topou, pois estava nos seus planos justamente adquirir a Hustler.
No entanto, Larry Flint pegou Carlos Roberto no contrapé e adquiriu o "passe" da insubstituível Monique. Na verdade, ela saiu porque já achava que estava mais do que na hora de brilhar nos EUA. Era seu momento de mudar de ares e encaminhar sua aposentadoria na terra do Tio Sam. Ela se julgava nesse direito, pois já havia feito muito pela BBP. Segundo a Deusa da Sacanagem, a BBP devia seu reinado na putaria sulamericana fundamentalmente a ela, Monique. Então ela bateu asas e se foi... A Bunda Branda Produções acabou depois desse abalo terrível? Que nada! A BBP balançou um pouquinho, levou um tempo pra se recuperar do golpe e se estabilizar, mas finalmente Carlos Roberto viu que sua BBP podia andar sozinha, explorar novos rumos e buscar novas musas. Tudo isso sem abdicar do seu poder.
Tchau, Monique, obrigado por tudo! Beijo na bunda!
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Essa semana fez um mês que o eterno capitão Fernandão se foi para as "Arábias". E parece que o Colorado finalmente está aprendendo a se virar sem ele. O desejo em contar com nomes como D´Alessandro e Daniel Carvalho demonstra essa vontade do clube em seguir sua vida e voltar a ser feliz. Que assim seja, amém!