Sabe aquele sonho que não é realizado ou que custamos a realizar? Pois bem. Eu tinha dois sonhos, na verdade, duas frustrações que me deixavam com uma pulga atrás da orelha.
Sou amante da música, especialmente do rock. Muitas vezes sonhei estar tocando com uma grande banda, para um grande público. Ainda hoje me pego cantarolando sozinho ou tocando baixo ou guitarra com a vassoura de casa, ou ainda com uma bateria imaginária. Sempre, no fundo, com uma música na cabeça ou, de fato, quando uma música está rolando, seja no PC, no “som da sala” ou no celular. O problema é que eu nunca terei uma banda e, principalmente, não sei tocar nenhum instrumento. Muito menos tenho uma voz boa para cantar.
A segunda frustração foi superada no ano de 2006, quando o Internacional conquistou a primeira Libertadores. Sempre sonhei em ver meu time erguendo aquela taça. Ouvia as gazelas dizendo que eram maiores do que a gente, tinham mais títulos e que eram os tais. Depois da Libertadores, que não sei porque, mas para mim é a competição que tem mais “grife”, mais mesmo que o Mundial, conquistamos a taça do mundo. Alegria redobrada.
Todo mundo sabe o que houve depois disso. O Inter empilhou canecos e, neste ano, meu antigo sonho se repetiu e fomos bi da Libertadores e poderemos ser bi do mundo. Só que uma nova frustração tomou conta de mim: o Brasileirão. Ou melhor, a falta dele.
Tenho 29 anos, nasci em 1980 e nunca vi o Inter ser campeão do Brasileiro. E, infelizmente, não será neste ano que levaremos o caneco, pois parece que o time não quer jogar, não quer ganhar mais esse título.
O Inter do Brasileirão é outro. Não tem vontade. Não é competitivo. Não corre, se arrasta. Não importa se estão em campo titulares ou time misto, reserva, enfim... são jogadores que estão usando o manto sagrado e devem honrá-lo.
Faltam peças no ataque, que é lento. A partida de ontem, quando perdemos para o Ceará deve ter sido a última chance do Edu. Alecsandro voltou a jogar mal, assim como Damião e Marquinhos. Não tivemos articulação, pois Andrezinho, pela enésima vez, foi mal, e por aí vai.
Pelo visto só resta ao torcedor e ao time concentrar suas forças no Mundial. Competição de tiro curto, torneio de mata-mata, que o Inter sabe jogar como poucos.
Mas tenham certeza de uma coisa. Se o bi Mundial vier, a frustração do Brasileiro vai ficar para trás, assim como já ficou a da falta da Libertadores.