Conheci o Gigante da Padre Cacique aos 15 anos de idade. Na época eu ainda morava no interior, filho de pais separados, vivia aquela função de morar com a mãe (em Pelotas) e passar as férias com pai (em POA).
Pois foi durante as férias escolares de inverno, no ano de 1997, numa clássica noite gelada porto-alegrense, dia 02 de julho (quarta feira), que me foi apresentado o Beira-Rio, justamente numa noite de clássico greNAL.
Meu pai, depois de muito insistência, aceitou levar as crias coloradas dele ao jogo. Zeloso, preocupado com o fato de ser final de campeonato, clássico, casa cheia e ainda com duas crianças para cuidar (eu e meu irmão Nathan, na época com 9 anos), fomos para a tranquilidade das numeradas. Daquele dia guardo duas lembranças especiais.
A primeira delas volta à tona sempre que vejo surgir o rubro da massa cantando em uníssono o seu amor ao clube. O sentimento de estar entre iguais, de sentir a mesma emoção, de almejar o mesmo objetivo... enfim, o arrepio que dá cada vez que volto para casa, para o Gigante da Beira-Rio.
A segunda lembrança custa um cachorro-quente, do qual eu até hoje nem sei o gosto. Lembro que chegamos cedo ao jogo e passei mais de uma hora embasbacado com o estádio, olhava para tudo, perguntava sobre tudo, placar, câmeras, torcidas... para um guri do interior, que só conhecia a Baixada (estádio do Brasil de Pelotas), estar no Beira-Rio era uma experiência e tanto. Quando percebi já havia começado o jogo. Confesso que pouco me lembro, apenas recordo que quando terminou o primeiro tempo eu estava com fome e o placar ainda era 0 x 0 . Aproveitando o intervalo de jogo, fui ao bar comprar algo comestível, mas como a casa estava cheia e a maioria do pessoal havia chegado cedo ao estádio (coisa comum naquela época), a fome da massa era grande, assim como a fila do bar. Quando finalmente consegui algo para comer notei que iniciara o segundo tempo. Recordo que caminhava em direção ao meu lugar, com o bendito do cachorro-quente em mãos, quando da saída do portão que liga os bares às numeradas vi que uma bola cruzou o meio de campo, corri para a porta e olhei para esquerda, Fabiano Cachaça recebeu o lançamento de Enciso (?), invadiu a área e tocou alta no canto do Danrlei (aqui). Gol do Inter... o cachorro-quente nunca mais foi mais visto... o Colorado se sagrava Campeão Gaúcho de 1997 e eu começara minha trajetória de clássicos com o pé-direito, mas com a barriga vazia.
Minha senda de vitórias em clássicos não teve continuidade. Aquela foi a única vez que vi ao vivo o Inter vencer um greNAL.
É bem verdade que de lá pra cá poucas vezes estive de corpo presente nos clássicos... lembro de um que fui sozinho para a extinta coréia, e, em meio ao fumaçê e ao pessoal "mó gente fina", vi o gol do Granja, empatando o clássico que terminou 1x1. Vi também ao vivo, bem sentado na superior, o Tristhian meter uma bucha na gente, da quina da grande área... vi ainda uma derrota no Chiqueiro por 2x1... a minha derrota mais comemorada, pois nos classificou para a próxima fase da Sul-Americana, com direito a parabéns para você irônico e goleirinho de papel deles saindo chorando nos microfones da gaúcha... e por último vi Pedro Júnior e seu famoso gol de nuca acabar com nosso favoritismo e nos colocar no caminho do Mundial em 2006.

A última vez que chegamos no clássico não sendo considerados favoritos foi em 2003. Naquela oportunidade vencemos por 2x1, com gols de Vinícius e Daniel Carvalho. No próximo domingo, às 18:10h, após 05 anos e 16 confrontos (7V; 5E; 4D), isso se repetirá. Eles vem embalados e badalados, são considerados pela maior parte da imprensa, sem vergonha nenhuma, os favoritos.
Entretanto, eu nunca temi um greNAL, e não vai ser "depois de velho" que começarei a ter medo de enfrentá-los. É clichê, mas é verdade, o clássico tem o condão de arrumar a casa (como ocorreu em 2006 conosco), ou colocar tudo por terra de vez (como quando ajudamos a rebaixá-los em 2004).
Logo, não pensem que os de pijama estão tranquilos... eles sabem muito bem que a derrota em casa abalará as estruturas do time, a confiança de jogadores e torcida... eles lembram, embora prefiram esquecer, a campanha de cavalo paraguaio legítima que seu treinador Sexy Hoth faz por onde passa (vaxxxco do ano passado!!)... e sabem da velha máxima proferida pelo amigo do Chiquinho, que diz que...
Pois foi durante as férias escolares de inverno, no ano de 1997, numa clássica noite gelada porto-alegrense, dia 02 de julho (quarta feira), que me foi apresentado o Beira-Rio, justamente numa noite de clássico greNAL.
Meu pai, depois de muito insistência, aceitou levar as crias coloradas dele ao jogo. Zeloso, preocupado com o fato de ser final de campeonato, clássico, casa cheia e ainda com duas crianças para cuidar (eu e meu irmão Nathan, na época com 9 anos), fomos para a tranquilidade das numeradas. Daquele dia guardo duas lembranças especiais.
A primeira delas volta à tona sempre que vejo surgir o rubro da massa cantando em uníssono o seu amor ao clube. O sentimento de estar entre iguais, de sentir a mesma emoção, de almejar o mesmo objetivo... enfim, o arrepio que dá cada vez que volto para casa, para o Gigante da Beira-Rio.
A segunda lembrança custa um cachorro-quente, do qual eu até hoje nem sei o gosto. Lembro que chegamos cedo ao jogo e passei mais de uma hora embasbacado com o estádio, olhava para tudo, perguntava sobre tudo, placar, câmeras, torcidas... para um guri do interior, que só conhecia a Baixada (estádio do Brasil de Pelotas), estar no Beira-Rio era uma experiência e tanto. Quando percebi já havia começado o jogo. Confesso que pouco me lembro, apenas recordo que quando terminou o primeiro tempo eu estava com fome e o placar ainda era 0 x 0 . Aproveitando o intervalo de jogo, fui ao bar comprar algo comestível, mas como a casa estava cheia e a maioria do pessoal havia chegado cedo ao estádio (coisa comum naquela época), a fome da massa era grande, assim como a fila do bar. Quando finalmente consegui algo para comer notei que iniciara o segundo tempo. Recordo que caminhava em direção ao meu lugar, com o bendito do cachorro-quente em mãos, quando da saída do portão que liga os bares às numeradas vi que uma bola cruzou o meio de campo, corri para a porta e olhei para esquerda, Fabiano Cachaça recebeu o lançamento de Enciso (?), invadiu a área e tocou alta no canto do Danrlei (aqui). Gol do Inter... o cachorro-quente nunca mais foi mais visto... o Colorado se sagrava Campeão Gaúcho de 1997 e eu começara minha trajetória de clássicos com o pé-direito, mas com a barriga vazia.
Minha senda de vitórias em clássicos não teve continuidade. Aquela foi a única vez que vi ao vivo o Inter vencer um greNAL.
É bem verdade que de lá pra cá poucas vezes estive de corpo presente nos clássicos... lembro de um que fui sozinho para a extinta coréia, e, em meio ao fumaçê e ao pessoal "mó gente fina", vi o gol do Granja, empatando o clássico que terminou 1x1. Vi também ao vivo, bem sentado na superior, o Tristhian meter uma bucha na gente, da quina da grande área... vi ainda uma derrota no Chiqueiro por 2x1... a minha derrota mais comemorada, pois nos classificou para a próxima fase da Sul-Americana, com direito a parabéns para você irônico e goleirinho de papel deles saindo chorando nos microfones da gaúcha... e por último vi Pedro Júnior e seu famoso gol de nuca acabar com nosso favoritismo e nos colocar no caminho do Mundial em 2006.

A última vez que chegamos no clássico não sendo considerados favoritos foi em 2003. Naquela oportunidade vencemos por 2x1, com gols de Vinícius e Daniel Carvalho. No próximo domingo, às 18:10h, após 05 anos e 16 confrontos (7V; 5E; 4D), isso se repetirá. Eles vem embalados e badalados, são considerados pela maior parte da imprensa, sem vergonha nenhuma, os favoritos.
Entretanto, eu nunca temi um greNAL, e não vai ser "depois de velho" que começarei a ter medo de enfrentá-los. É clichê, mas é verdade, o clássico tem o condão de arrumar a casa (como ocorreu em 2006 conosco), ou colocar tudo por terra de vez (como quando ajudamos a rebaixá-los em 2004).
Logo, não pensem que os de pijama estão tranquilos... eles sabem muito bem que a derrota em casa abalará as estruturas do time, a confiança de jogadores e torcida... eles lembram, embora prefiram esquecer, a campanha de cavalo paraguaio legítima que seu treinador Sexy Hoth faz por onde passa (vaxxxco do ano passado!!)... e sabem da velha máxima proferida pelo amigo do Chiquinho, que diz que...
"greNal é greNAL, e vice-versa!!"
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ps.1: Meu time pro clássico, Renan; R. Lopes, Índio, Sorondo e Ramóm; Danny, Guiña, Magrão e Taison; Nilmar e Adriano... Alex e Liquinho pro segundo tempo.
ps.2: Acho que o momento é de mobilização para o clássico, mas, se for verdade o que o Tite falou ontem, e ao que tudo indica é, acho lamentável que nossa Direção tenha deixado a coisa chegar à esse ponto e fico impressionado como ainda há em meio a torcida uma boa parcela que defenda esses dirigentes, que receberam um clube CAMPEÃO DO MUNDO, pronto para se firmar entre os grandes, e que vem acumulando decepções.
ps.3: E fica aqui meu agradecimento especial ao imbecil da rede globo que marcou o greNAL para às 18:10h, em pleno inverno gaúcho... deve ser o mesmo infeliz que passou ontem, para a cidade de São Paulo, Bragantino x MSI, enquanto acontecia a final da L.A., inclusive envolvendo um clube brasileiro... falando nisso, baixa a crista Renato Gazela... parabéns LDU!!!
ps.4: Tite, Gil NÃO!!!
ps.2: Acho que o momento é de mobilização para o clássico, mas, se for verdade o que o Tite falou ontem, e ao que tudo indica é, acho lamentável que nossa Direção tenha deixado a coisa chegar à esse ponto e fico impressionado como ainda há em meio a torcida uma boa parcela que defenda esses dirigentes, que receberam um clube CAMPEÃO DO MUNDO, pronto para se firmar entre os grandes, e que vem acumulando decepções.
ps.3: E fica aqui meu agradecimento especial ao imbecil da rede globo que marcou o greNAL para às 18:10h, em pleno inverno gaúcho... deve ser o mesmo infeliz que passou ontem, para a cidade de São Paulo, Bragantino x MSI, enquanto acontecia a final da L.A., inclusive envolvendo um clube brasileiro... falando nisso, baixa a crista Renato Gazela... parabéns LDU!!!
ps.4: Tite, Gil NÃO!!!