Já lhes contei que a Juliana Paes me convidou pra transar tempos atrás? Não? Então tá... foi mais ou menos assim que a coisa sucedeu:
Manhã de um sábado qualquer. Meu despertador foi o de sempre: Anselmo, o velho sabiá de peito laranja que toda manhã canta no parapeito da minha janela. Ele anunciava os primeiros raios de sol com seus tradicionais acordes: "Réco-réco!" "Réco-réco!" Acordei mas permaneci alguns minutos deitado, apenas olhando para o ventilador que pendia do teto do quarto. Fiquei sorvendo aqueles momentos com certo grau de ansiedade, afinal tinha combinado de comer a Juliana Paes. Combinei com a própria, ou melhor, ela combinou comigo. Então eu não poderia faltar, muito menos falhar. Certamente não faria uma maldade desse tipo com ela. Tudo bem... ela não tem peitões fartos nem é linda de morrer, mas quem liga? É a Juliana Paes, pô!
Pois bem, hora de levantar e encarar o frio pós-cama; Afastei o amontoado de cobertores com muito cuidado pra não acordar a mulher. Pus minhas roupas com perícia felina, dei um beijo na testa das crianças, que dormiam "chumbadas," e saí pé por pé. Rosqueei cauteloso a chave na porta de casa, sempre com o ouvido atento aos ruídos que vinham do quarto. Porta aberta, o mundo é meu: fui pro "sacrifício".
Engraçada a atmosfera na rua. O céu tomado de cinza sombrio dava contornos apocalípticos ao cenário, instalando uma tensão confusa ao meu redor. Imprecisamente, eu parecia vagar numa tela de Salvador Dalí. O cachorro são bernardo do do vizinho ignorava totalmente a moldura e lançava seus latidos guturais pra mim: "Cruyff!!!" Cruyff!!!", babava-se em raiva o cão. Incrível a casa não ter grades nem portões ou muros e mesmo assim o enorme cachorrão não saltar no meu pescoço. Mais incrível foi constatar que, ao esfregar os olhos, o cão parecia uma mistura ridícula de pinscher com cocker. Prossegui minha caminhada enquanto o cão ficou pra trás, no seu obcecado "Cruyff!!!" "Cruyff!!!". Estranho... olhando de um ângulo mais afastado o cão parecia um tigre verde...
Subi no ônibus que me levaria até os braços da Juliana Paes. Eu estava muito calmo para alguém que em instantes estaria comendo a deliciosa atriz global. O ônibus estava razoavelmente vazio e sentei-me próximo à porta de saída. Acomodei meu corpo magro ao lado da grande janela e ajeitei sobre meu colo uma caixinha embrulhada pra presente e um cacho de banana caturra. Pertences repentinos aqueles, visto que não lembrava que os carregava até então .
No banco da frente logo sentou-se um casal. Ele e ela devidamente encasacados e protegidos do frio em seus agasalhos de tons pastéis. Eles ficaram se esfregando e trocando sussurros de intimidades. Eu estava absorto com a paisagem das ruas, que passava de modo frenético pelo lado de fora do ônibus, até que um detalhe me chamou a atenção: embora parecessem brasileiros, aqueles dois eram estrangeiros. Eles falavam baixo, mas mesmo assim tentei decifrar o que diziam, porém não conseguia identificar a origem. Era um idioma muito estranho, talvez um dialeto ou até mesmo um código secreto daqueles namorados em particular. Sei lá, quem entende na plenitude as profundezas do amor?
Eu estava entretido nessa tarefa quando sentou-se ao meu lado uma mulher negra maravilhosamente linda e voluptuosa deveras. Fiquei todo animado com a colega de banco, pois tendo o ônibus inteiro à disposição a belezura escolheu sentar-se justamente ao meu lado. Privilegiado pela desconhecida beldade negra, eu já esfregava as mãos mentalmente. Seria questão de tempo - e de palavras friamente estudadas - até o bote certeiro que certamente colocaria a moça na minha cama num futuro próximo. Naquele dia, no entanto, não daria pra ser, pois como eu disse, já havia firmado compromisso com a Juliana Paes...
A mulher chegou sem pedir licença, mas mesmo assim lhe cedi espaço prontamente. Eu olhava pra frente, mas com o canto do olho percebia que a maravilhosa mulher me fitava descaradamente. Maravilha! Bem desenvolta, bem sem-vergonha, bem como eu gosto. Tomei coragem e virei-me pra encará-la. Ela exibia um sorrisão belíssimo e denunciava que estava mesmo afim. Acenei com a cabeça e soltei um poderoso "Oi, tudo bem?" Ela apenas manteve o sorriso e, empolgado, perguntei-lhe seu nome, mais ou menos assim: "Posso saber teu nome?"
Desta feita, ela franziu a testa, fez cara de incompreensão e continuou sem nada dizer. Eu já comecei a achar que ela estava tirando um sarro da minha cara e lancei-lhe a terceira pergunta: "Qual o problema?" Ela finalmente abriu o bocão carnudo e lascou um enigmático "Zumba Lumba kutra fu?" Bem, foi a minha vez de fazer cara de incompreensão... "Putz, ela tá falando a mesma língua do casal do banco da frente!" Pensei. "Será que entrei no ônibus errado? Será que este não vai pra zona sul? Todo mundo sabe que a Juliana Paes mora na zona sul!"
Levantei rápida e assustadamente, esquecendo-me da bela negra e fui em direção ao cobrador. Precisava decifrar o destino daquele coletivo urbano; Precisava saber pra onde estava indo. O cobrador estava sentado sobre umas palhas, no meio do ônibus, e tocava animadamente um bongô. Cheguei arfando até ele e perguntei-lhe para onde afinal seguia aquele maldito ônibus. Ele cessou a bateção no pequeno instrumento e de alguns ramos da palha em que estava sentado fez um cigarro de palheiro, riscou um palito de fósforo no chão de metal do ônibus, acendeu o cigarro e deu uma profunda tragada, soltando com calma baiana a fumaça dos pulmões. Olhou pra mim com cara de deboche e fulminou: "Zumba lumba kutra fu?"
De repente todos os passageiros começaram a falar alto, nesse mesmo idioma indecifrável: "Zumba lumba kutra fu" "Zerengo dengo" "Bosisca ma portinaia du mazamba" "Zêga simonha" "Seferus bum bimbala" "Surunga mastu pistoleia" "Kunga taga tonk truim"... Não era possível! Aquelas frases todas em gritaria foram se juntando, juntando, até que todos os outros sons do planeta se tornassem inaudíveis aos meus ouvidos. Tudo que eu queria era saltar daquele ônibus enlouquecedor e buscar um meio seguro de chegar até a minha Juliana Paes. Abri a janela e com o veículo em andamento saltei do seu terceiro andar. Sim, era um ônibus de três andares. Fechei os olhos durante a queda, pois um frio na coluna, uma vertigem tão indecifrável quanto o idioma falado dentro do ônibus maluco, tomou conta do meu corpo esquálido.
Minha queda é interrompida, de repente, por uma espécie de solavanco elástico. Eu caí sobre os fios de alta-tensão da avenida, os quais amortecerem minha queda e salvaram a minha vida. Inexplicavelmente não levei choque algum. Desci até o solo de maneira mais inexplicável ainda e segui a pé até algum ponto que me permitisse partir pra zona sul. O tempo passava e a Juliana Paes certamente não me esperaria o dia todo.
Eu parecia alienado aos assuntos do mundo, pois não reconhecia nem a geografia da minha própia cidade e tampouco sabia o que estava ocorrendo. Fiquei estarrecido quando vi que Porto Alegre estava em meio a um terrível conflito militar, com bunker´s posicionados em cada esquina, caças fazendo vôos rasantes e bombas e tiros vindos de todas as direções. Era eu em meio ao fogo cruzado. De repente, estava eu no centro da Rua da Praia, que virara um inferno, o verdadeiro caos descrito no Apocalipse. Onde me esconder, meu Deus? As tropas passam de um lado a outro, prédios em chamas, pedaços de corpos caindo ao meu lado. Mendigos recolhendo esses pedaços e assando-os ali mesmo, em seus refúgios debaixo dos bueiros imundos.
Eu não poderia estar em pior situação. Justo eu, que só queria comer inocentemente a Juliana Paes. Não podia ficar parado ali e me pus a correr, ou melhor, tentar correr, pois alguma força maior impedia que eu corresse de verdade. No máximo, eu trotava de modo arrastado e tão lento quanto uma tartaruga manca. Aquilo me angustiava e me dava vontade de gritar, mas nem isso eu conseguia. Era como se eu não tivesse pernas nem garganta, apenas o impulso desesperado da fuga a qualquer preço.
Parece que meu esforço atraiu a atenção dos combatentes e esses começaram a marchar em minha direção. E agora? Preciso fugir!!! Preciso fugir!!! Essas pessoas tomavam conta do centro da capital e vestiam todas a camiseta do Grêmio. Absolutamente todas as pessoas que surgiam de todos os cantos estavam trajados de Grêmio. Cadê os soldados? Cadê os soldados? Eu perguntava a mim mesmo. Que nada! Porto Alegre agora não estava mais sitiada por tanques nem canhões de guerra. A cidade vivia agora outra espécie de inferno, uma dinastia comandada por gremistas tiranos e sangüinários. O cenário mudara, mas a minha desgraça perdurava.
Aqueles gremistas começaram a me perseguir e de início tentei me refugiar em algum buraco de bueiro, mas os cruéis mendigos me expulsaram e praticamente me atiraram nas garras tricolores. Puta que pariu, não teve jeito... Ainda tentei resistir, atirando-lhes as bananas daquele cacho que eu carregava no ônibus, mas a tentativa foi inútil. Aqueles gremistas me alcançaram e arrancaram o meu pênis, levando-o embora como prêmio, como se fosse mais um grande troféu conquistado pelo imortal. E eu fiquei lá, no meio do centro de Porto Alegre, completamente nu, mas incrivelmente sem sentir frio nem dor pela mutilação recém imposta.
O que eu senti de verdade foi uma vergonha indescritível, pois lá estava eu peladão no meio da multidão que passava. E pra agravar a situação estava sem pênis! Que sensação horrível aquela, pior que nem nos bueiros podia me esconder. O que me dava forças pra seguir adiante era a imagem da Juliana Paes na minha cabeça. E peladão prossegui pela Borges de Medeiros até que do nada surge meu amigo Estéban num fusca prateado impecável e com três gatas loiras norte-americanas gostosíssimas em trajes curtíssimos. Chegou buzinando forte em seu fusquinha bacana com as loiras dependuras nas janelas do carrinho, acenando pra mim. Estéban estava de óculos escuros e fez um sinal discreto para que eu embarcasse em sua "caranga".
Ninguém no carro dizia uma palavra. Uma das loiras, compadecida da minha nudez forçada, ofereceu-me algo pra vestir, algo que ela pegou no porta-luvas do carro. Era um micro biquini rosa. Por alguma razão, preferi ficar solenemente nu...
Finalmente, a casa da saborosa Juliana Paes apontava no horizonte. Ela morava no último andar do Empire State Buiding e sua residência fazia esquina com a torre Eiffel. Estéban estacionou o carro em frente ao prédio da celebridade global e eu desci do seu fuscão turbinado. Eu mal podia crer que havia chegado ao meu destino e com algum esforço consegui conter a lágrima que teimava em querer sair dos meu olhos úmidos. Agradeci com emoção ao Estéban e esse apenas arrancou o carro e gritou da janela: "Zumba Lumba Kutra Fu!!!" As garotas fizeram coro e me mandaram beijinhos voadores, depedindo-se e sumindo junto com o fuscão do Estebán na paisagem rural da zona sul.
Enfim, era chegada a minha redenção. Entrei no enorme prédio e apertei o botão do andar de número 872. A Juliana Paes já me esperava deitadinha em seu sofá, envolta num vestidão vermelho digno de uma deusa holliwoodiana. Seu vestido estava entreaberto e era possível visualizar por dentro sua lingerie negra de corpo inteiro a ornamentar suas curvas generosas. deixei sobre a mesa da sala o presentinho que levei especialmente pra ela. Disse-lhe meio sem jeito que dentro daquela caixinha haviam algumas ampolas de silicone, para embelezar-lhe e aumentar-lhe os seios.
Ela apenas sorriu-me com aquela sua boca bem brasileira e me ordenou dengosa que me aproximasse. Tudo isso sem dizer uma palavra sequer, apenas gestos. Cheguei perto dela e aquele corpão cor de jambo parecia arder por mim. Ela não hesitou e já foi saltando com vontade na minha boca, atiçando meus sentidos e libertando minha alma. Eu era o brinquedinho da Juliana Paes e nem me importava naquela altura com a ausência do meu pênis, pois aquilo era uma experiência superior. Aquelas sensações eram etéreas e sem dúvida roçavam as aspirações divinas.
Porém, alguma coisa começava a degringolar em meio a toda essa magia. Eu não mais conseguia abraçar o corpo da minha musa naquele encaixe perfeito de outrora. Quando dei por mim, as feições da Juliana Paes se transfiguraram e agora me via atracado à tenebrosa Mulher Melancia, sem photoshop nem nada. Talvez meu pênis fosse útil agora, mas pensando bem, meu pau seria insuficiente para dar cabo daquele monte grotesco de carne.
Mas aquele cenário de horror ficaria ainda pior quando a Mulher Melancia evaporou-se e me vi trocando beijos furiosos com a centenária Dercy Gonçalves. Aquilo foi a gota d`água. Foi quando tudo começou a ser tragado por uma espiral violenta que saía das entranhas da "véia" e eu tentava argumentar, mas em vão, pois agora eu não entendia nem meus pensamentos mais. Eu fazia um esforço pra pensar em algo e tudo que eu conseguia extrair do meu cérebro eram repetidos "Zumba Lumba Kutra Fu" "Zumba Lumba Kutra Fu" "Zuma Lumba Kutra Fu"... Tudo que eu consegui de diferente foi um grito de desespero: GAAAAAAAHHHHHHHHH...
...HHHHHHHH!!!!! Manhã de sábado um sábado qualquer. Meu despertador foi um terrível pesadelo com a Dercy Gonçalves. A minha mulher ao lado, agora acordada pelo meu grito de pavor, parece incrédula com minha imagem e com o suor que escorre do meu corpo. Agora, refeito do susto, viro-me pra ela e lhe falo: "Tu nem imagina o pesadelo que acabo de ter..." Ela olha-me no fundo dos meus olhos, segura suavemente meu queixo com uma das maõs, inclina suavemente seu rosto e solta um incompreensível: "Zumba Lumba Kutra Fu?"
-------------------------------------------------------------------------
Diferentemente de Hobsbawm, que apregoa estarmos vicenciando a era dos extremos, eu afirmo que, na verdade, vivenciamos, isso sim, a era da incompreensão. Ou melhor, das incompreensões. Não somos mais capazes de compreender nosso mundo, nossos objetivos, tampouco compreendemos as dores do nosso semelhante. Tudo é incompreensivelmente descartável. Os sentimentos são incompreensivelmente perecíveis. Incompreensivelmente o homem busca água em Marte e sequer cuida da água da Terra. Incompreensivelmente a Amazônia dá lugar a pastagens. Incompreensivelmente a economia do Brasil vai bem mas sua educação é uma desgraça. Assim como incompreensível é saber que o penúltimo Campeão do Mundo vai para o próximo greNAL com status de zebra absoluta contra um time não mais que modesto.
Eis o Colorado, um clube incompreensivelmente mal administrado, que tem um lunático na presidência, um vegetal na vice-presidência de futebol e o maior presidente de sua história incompreensivelmente de mero assessor desse vegetal. Pensando bem, não é tão incompreensível assim o fato de estarmos na rabeira do campeonato... Agora, querem mesmo saber o que é mais incompreensível? É, mesmo com essa onda de incompreensões que nos assola, eu continuar acreditando no homem, no Brasil e na possibilidade de ganharmos esse greNAL em pleno chiqueirão.
Manhã de um sábado qualquer. Meu despertador foi o de sempre: Anselmo, o velho sabiá de peito laranja que toda manhã canta no parapeito da minha janela. Ele anunciava os primeiros raios de sol com seus tradicionais acordes: "Réco-réco!" "Réco-réco!" Acordei mas permaneci alguns minutos deitado, apenas olhando para o ventilador que pendia do teto do quarto. Fiquei sorvendo aqueles momentos com certo grau de ansiedade, afinal tinha combinado de comer a Juliana Paes. Combinei com a própria, ou melhor, ela combinou comigo. Então eu não poderia faltar, muito menos falhar. Certamente não faria uma maldade desse tipo com ela. Tudo bem... ela não tem peitões fartos nem é linda de morrer, mas quem liga? É a Juliana Paes, pô!
Pois bem, hora de levantar e encarar o frio pós-cama; Afastei o amontoado de cobertores com muito cuidado pra não acordar a mulher. Pus minhas roupas com perícia felina, dei um beijo na testa das crianças, que dormiam "chumbadas," e saí pé por pé. Rosqueei cauteloso a chave na porta de casa, sempre com o ouvido atento aos ruídos que vinham do quarto. Porta aberta, o mundo é meu: fui pro "sacrifício".
Engraçada a atmosfera na rua. O céu tomado de cinza sombrio dava contornos apocalípticos ao cenário, instalando uma tensão confusa ao meu redor. Imprecisamente, eu parecia vagar numa tela de Salvador Dalí. O cachorro são bernardo do do vizinho ignorava totalmente a moldura e lançava seus latidos guturais pra mim: "Cruyff!!!" Cruyff!!!", babava-se em raiva o cão. Incrível a casa não ter grades nem portões ou muros e mesmo assim o enorme cachorrão não saltar no meu pescoço. Mais incrível foi constatar que, ao esfregar os olhos, o cão parecia uma mistura ridícula de pinscher com cocker. Prossegui minha caminhada enquanto o cão ficou pra trás, no seu obcecado "Cruyff!!!" "Cruyff!!!". Estranho... olhando de um ângulo mais afastado o cão parecia um tigre verde...
Subi no ônibus que me levaria até os braços da Juliana Paes. Eu estava muito calmo para alguém que em instantes estaria comendo a deliciosa atriz global. O ônibus estava razoavelmente vazio e sentei-me próximo à porta de saída. Acomodei meu corpo magro ao lado da grande janela e ajeitei sobre meu colo uma caixinha embrulhada pra presente e um cacho de banana caturra. Pertences repentinos aqueles, visto que não lembrava que os carregava até então .
No banco da frente logo sentou-se um casal. Ele e ela devidamente encasacados e protegidos do frio em seus agasalhos de tons pastéis. Eles ficaram se esfregando e trocando sussurros de intimidades. Eu estava absorto com a paisagem das ruas, que passava de modo frenético pelo lado de fora do ônibus, até que um detalhe me chamou a atenção: embora parecessem brasileiros, aqueles dois eram estrangeiros. Eles falavam baixo, mas mesmo assim tentei decifrar o que diziam, porém não conseguia identificar a origem. Era um idioma muito estranho, talvez um dialeto ou até mesmo um código secreto daqueles namorados em particular. Sei lá, quem entende na plenitude as profundezas do amor?
Eu estava entretido nessa tarefa quando sentou-se ao meu lado uma mulher negra maravilhosamente linda e voluptuosa deveras. Fiquei todo animado com a colega de banco, pois tendo o ônibus inteiro à disposição a belezura escolheu sentar-se justamente ao meu lado. Privilegiado pela desconhecida beldade negra, eu já esfregava as mãos mentalmente. Seria questão de tempo - e de palavras friamente estudadas - até o bote certeiro que certamente colocaria a moça na minha cama num futuro próximo. Naquele dia, no entanto, não daria pra ser, pois como eu disse, já havia firmado compromisso com a Juliana Paes...
A mulher chegou sem pedir licença, mas mesmo assim lhe cedi espaço prontamente. Eu olhava pra frente, mas com o canto do olho percebia que a maravilhosa mulher me fitava descaradamente. Maravilha! Bem desenvolta, bem sem-vergonha, bem como eu gosto. Tomei coragem e virei-me pra encará-la. Ela exibia um sorrisão belíssimo e denunciava que estava mesmo afim. Acenei com a cabeça e soltei um poderoso "Oi, tudo bem?" Ela apenas manteve o sorriso e, empolgado, perguntei-lhe seu nome, mais ou menos assim: "Posso saber teu nome?"
Desta feita, ela franziu a testa, fez cara de incompreensão e continuou sem nada dizer. Eu já comecei a achar que ela estava tirando um sarro da minha cara e lancei-lhe a terceira pergunta: "Qual o problema?" Ela finalmente abriu o bocão carnudo e lascou um enigmático "Zumba Lumba kutra fu?" Bem, foi a minha vez de fazer cara de incompreensão... "Putz, ela tá falando a mesma língua do casal do banco da frente!" Pensei. "Será que entrei no ônibus errado? Será que este não vai pra zona sul? Todo mundo sabe que a Juliana Paes mora na zona sul!"
Levantei rápida e assustadamente, esquecendo-me da bela negra e fui em direção ao cobrador. Precisava decifrar o destino daquele coletivo urbano; Precisava saber pra onde estava indo. O cobrador estava sentado sobre umas palhas, no meio do ônibus, e tocava animadamente um bongô. Cheguei arfando até ele e perguntei-lhe para onde afinal seguia aquele maldito ônibus. Ele cessou a bateção no pequeno instrumento e de alguns ramos da palha em que estava sentado fez um cigarro de palheiro, riscou um palito de fósforo no chão de metal do ônibus, acendeu o cigarro e deu uma profunda tragada, soltando com calma baiana a fumaça dos pulmões. Olhou pra mim com cara de deboche e fulminou: "Zumba lumba kutra fu?"
De repente todos os passageiros começaram a falar alto, nesse mesmo idioma indecifrável: "Zumba lumba kutra fu" "Zerengo dengo" "Bosisca ma portinaia du mazamba" "Zêga simonha" "Seferus bum bimbala" "Surunga mastu pistoleia" "Kunga taga tonk truim"... Não era possível! Aquelas frases todas em gritaria foram se juntando, juntando, até que todos os outros sons do planeta se tornassem inaudíveis aos meus ouvidos. Tudo que eu queria era saltar daquele ônibus enlouquecedor e buscar um meio seguro de chegar até a minha Juliana Paes. Abri a janela e com o veículo em andamento saltei do seu terceiro andar. Sim, era um ônibus de três andares. Fechei os olhos durante a queda, pois um frio na coluna, uma vertigem tão indecifrável quanto o idioma falado dentro do ônibus maluco, tomou conta do meu corpo esquálido.
Minha queda é interrompida, de repente, por uma espécie de solavanco elástico. Eu caí sobre os fios de alta-tensão da avenida, os quais amortecerem minha queda e salvaram a minha vida. Inexplicavelmente não levei choque algum. Desci até o solo de maneira mais inexplicável ainda e segui a pé até algum ponto que me permitisse partir pra zona sul. O tempo passava e a Juliana Paes certamente não me esperaria o dia todo.
Eu parecia alienado aos assuntos do mundo, pois não reconhecia nem a geografia da minha própia cidade e tampouco sabia o que estava ocorrendo. Fiquei estarrecido quando vi que Porto Alegre estava em meio a um terrível conflito militar, com bunker´s posicionados em cada esquina, caças fazendo vôos rasantes e bombas e tiros vindos de todas as direções. Era eu em meio ao fogo cruzado. De repente, estava eu no centro da Rua da Praia, que virara um inferno, o verdadeiro caos descrito no Apocalipse. Onde me esconder, meu Deus? As tropas passam de um lado a outro, prédios em chamas, pedaços de corpos caindo ao meu lado. Mendigos recolhendo esses pedaços e assando-os ali mesmo, em seus refúgios debaixo dos bueiros imundos.
Eu não poderia estar em pior situação. Justo eu, que só queria comer inocentemente a Juliana Paes. Não podia ficar parado ali e me pus a correr, ou melhor, tentar correr, pois alguma força maior impedia que eu corresse de verdade. No máximo, eu trotava de modo arrastado e tão lento quanto uma tartaruga manca. Aquilo me angustiava e me dava vontade de gritar, mas nem isso eu conseguia. Era como se eu não tivesse pernas nem garganta, apenas o impulso desesperado da fuga a qualquer preço.
Parece que meu esforço atraiu a atenção dos combatentes e esses começaram a marchar em minha direção. E agora? Preciso fugir!!! Preciso fugir!!! Essas pessoas tomavam conta do centro da capital e vestiam todas a camiseta do Grêmio. Absolutamente todas as pessoas que surgiam de todos os cantos estavam trajados de Grêmio. Cadê os soldados? Cadê os soldados? Eu perguntava a mim mesmo. Que nada! Porto Alegre agora não estava mais sitiada por tanques nem canhões de guerra. A cidade vivia agora outra espécie de inferno, uma dinastia comandada por gremistas tiranos e sangüinários. O cenário mudara, mas a minha desgraça perdurava.
Aqueles gremistas começaram a me perseguir e de início tentei me refugiar em algum buraco de bueiro, mas os cruéis mendigos me expulsaram e praticamente me atiraram nas garras tricolores. Puta que pariu, não teve jeito... Ainda tentei resistir, atirando-lhes as bananas daquele cacho que eu carregava no ônibus, mas a tentativa foi inútil. Aqueles gremistas me alcançaram e arrancaram o meu pênis, levando-o embora como prêmio, como se fosse mais um grande troféu conquistado pelo imortal. E eu fiquei lá, no meio do centro de Porto Alegre, completamente nu, mas incrivelmente sem sentir frio nem dor pela mutilação recém imposta.
O que eu senti de verdade foi uma vergonha indescritível, pois lá estava eu peladão no meio da multidão que passava. E pra agravar a situação estava sem pênis! Que sensação horrível aquela, pior que nem nos bueiros podia me esconder. O que me dava forças pra seguir adiante era a imagem da Juliana Paes na minha cabeça. E peladão prossegui pela Borges de Medeiros até que do nada surge meu amigo Estéban num fusca prateado impecável e com três gatas loiras norte-americanas gostosíssimas em trajes curtíssimos. Chegou buzinando forte em seu fusquinha bacana com as loiras dependuras nas janelas do carrinho, acenando pra mim. Estéban estava de óculos escuros e fez um sinal discreto para que eu embarcasse em sua "caranga".
Ninguém no carro dizia uma palavra. Uma das loiras, compadecida da minha nudez forçada, ofereceu-me algo pra vestir, algo que ela pegou no porta-luvas do carro. Era um micro biquini rosa. Por alguma razão, preferi ficar solenemente nu...
Finalmente, a casa da saborosa Juliana Paes apontava no horizonte. Ela morava no último andar do Empire State Buiding e sua residência fazia esquina com a torre Eiffel. Estéban estacionou o carro em frente ao prédio da celebridade global e eu desci do seu fuscão turbinado. Eu mal podia crer que havia chegado ao meu destino e com algum esforço consegui conter a lágrima que teimava em querer sair dos meu olhos úmidos. Agradeci com emoção ao Estéban e esse apenas arrancou o carro e gritou da janela: "Zumba Lumba Kutra Fu!!!" As garotas fizeram coro e me mandaram beijinhos voadores, depedindo-se e sumindo junto com o fuscão do Estebán na paisagem rural da zona sul.
Enfim, era chegada a minha redenção. Entrei no enorme prédio e apertei o botão do andar de número 872. A Juliana Paes já me esperava deitadinha em seu sofá, envolta num vestidão vermelho digno de uma deusa holliwoodiana. Seu vestido estava entreaberto e era possível visualizar por dentro sua lingerie negra de corpo inteiro a ornamentar suas curvas generosas. deixei sobre a mesa da sala o presentinho que levei especialmente pra ela. Disse-lhe meio sem jeito que dentro daquela caixinha haviam algumas ampolas de silicone, para embelezar-lhe e aumentar-lhe os seios.
Ela apenas sorriu-me com aquela sua boca bem brasileira e me ordenou dengosa que me aproximasse. Tudo isso sem dizer uma palavra sequer, apenas gestos. Cheguei perto dela e aquele corpão cor de jambo parecia arder por mim. Ela não hesitou e já foi saltando com vontade na minha boca, atiçando meus sentidos e libertando minha alma. Eu era o brinquedinho da Juliana Paes e nem me importava naquela altura com a ausência do meu pênis, pois aquilo era uma experiência superior. Aquelas sensações eram etéreas e sem dúvida roçavam as aspirações divinas.
Porém, alguma coisa começava a degringolar em meio a toda essa magia. Eu não mais conseguia abraçar o corpo da minha musa naquele encaixe perfeito de outrora. Quando dei por mim, as feições da Juliana Paes se transfiguraram e agora me via atracado à tenebrosa Mulher Melancia, sem photoshop nem nada. Talvez meu pênis fosse útil agora, mas pensando bem, meu pau seria insuficiente para dar cabo daquele monte grotesco de carne.
Mas aquele cenário de horror ficaria ainda pior quando a Mulher Melancia evaporou-se e me vi trocando beijos furiosos com a centenária Dercy Gonçalves. Aquilo foi a gota d`água. Foi quando tudo começou a ser tragado por uma espiral violenta que saía das entranhas da "véia" e eu tentava argumentar, mas em vão, pois agora eu não entendia nem meus pensamentos mais. Eu fazia um esforço pra pensar em algo e tudo que eu conseguia extrair do meu cérebro eram repetidos "Zumba Lumba Kutra Fu" "Zumba Lumba Kutra Fu" "Zuma Lumba Kutra Fu"... Tudo que eu consegui de diferente foi um grito de desespero: GAAAAAAAHHHHHHHHH...
...HHHHHHHH!!!!! Manhã de sábado um sábado qualquer. Meu despertador foi um terrível pesadelo com a Dercy Gonçalves. A minha mulher ao lado, agora acordada pelo meu grito de pavor, parece incrédula com minha imagem e com o suor que escorre do meu corpo. Agora, refeito do susto, viro-me pra ela e lhe falo: "Tu nem imagina o pesadelo que acabo de ter..." Ela olha-me no fundo dos meus olhos, segura suavemente meu queixo com uma das maõs, inclina suavemente seu rosto e solta um incompreensível: "Zumba Lumba Kutra Fu?"
-------------------------------------------------------------------------
Diferentemente de Hobsbawm, que apregoa estarmos vicenciando a era dos extremos, eu afirmo que, na verdade, vivenciamos, isso sim, a era da incompreensão. Ou melhor, das incompreensões. Não somos mais capazes de compreender nosso mundo, nossos objetivos, tampouco compreendemos as dores do nosso semelhante. Tudo é incompreensivelmente descartável. Os sentimentos são incompreensivelmente perecíveis. Incompreensivelmente o homem busca água em Marte e sequer cuida da água da Terra. Incompreensivelmente a Amazônia dá lugar a pastagens. Incompreensivelmente a economia do Brasil vai bem mas sua educação é uma desgraça. Assim como incompreensível é saber que o penúltimo Campeão do Mundo vai para o próximo greNAL com status de zebra absoluta contra um time não mais que modesto.
Eis o Colorado, um clube incompreensivelmente mal administrado, que tem um lunático na presidência, um vegetal na vice-presidência de futebol e o maior presidente de sua história incompreensivelmente de mero assessor desse vegetal. Pensando bem, não é tão incompreensível assim o fato de estarmos na rabeira do campeonato... Agora, querem mesmo saber o que é mais incompreensível? É, mesmo com essa onda de incompreensões que nos assola, eu continuar acreditando no homem, no Brasil e na possibilidade de ganharmos esse greNAL em pleno chiqueirão.
73 Comentários:
Severo, fantástico.
6 estrelas!
Cara, falando sério, o outro dia se instalou aqui uma discussão sobre a referida mulher melancia, sobre seus "dotes" corporais e sobre a fritura de ovos em banha, ou coisa parecida...
Te juro que eu pensei na frase descrita pelo Severo...
..."e agora me via atracado à tenebrosa Mulher Melancia, sem photoshop nem nada. Talvez meu pênis fosse útil agora, mas pensando bem, meu pau seria insuficiente para dar cabo daquele monte grotesco de carne"...
Putz... foi demais!!!
Temos que exigir a criação da categoria 6 estrelas para podermos qualificar os textos do Severo!
Parabéns!
100%
Muito bom!!!
Importante observação:
O São Bernardo do teu vizinho é fã do carrossel holandês... hehehe
"Cruyff!!!" "Cruyff!!!"
Volta a tona o furo na melancia....
OFF:
Um milionário russo teria oferecido duas 'modelos' para cada compatriota que marcasse um gol contra a Espanha no jogo pelas semifinais da Eurocopa disputado ontem, e os russos levaram 3 a 0... teve neguinho que ficou só na covardia... 5 contra 1!
huahuahuahuahuahuahua!!!!
Ótimo Severo, meus sonhos também sao assim volta e meia. Trocam de cenário sem avisar, as pessoas que sao suas amigas no sonho sao parentes, loucura total!! E de graca!! Muito bom o texto, estou contigo nessa.
PS: E o que os gremistas queriam com teu pinto hein!!!????
Saudacoes
hehehe...
david coimbra da popular (de tanto cheirar a maresia lá durante os jogos!)
Sensacional! 6 estrelas!
ps. uma avalanche de Julianas e Melancias seria interessante nesse sonho auhauhuhauhauhauha
hehehe...sabia que aquele chat pirata ontem ia dar nisso...eita nóis
FUTIBAS DO BV DIA 12 DE JULHO
Putz cara, muito loca essa história, me senti revendo aquele filme "medo e delirio em las vegas".
Tu tava sobre efeito de toxicos?
6 Estrelas
Bah Severo... como você consegue se superar toda sexta feira? Realmente falta estrelinha alí em baixo...
Ih... será que eu mostro pro pessoal as três loiras e o fusca (bonito o fusca né? pena que os amortecedores estão com problema)? Você devia ter deixado o link pros curiosos... ahuehauheuha ehauehuahehuae aheuhaueuhaue
PS: Juro que fiquei esperando o momento em que vc falaria que o fusca tremeu... ahuehaueuahuehua ehauheauehuahe
Fala a verdade Rafael... quando vc sonha, é assim né?
http://www.processrecess.com/devtools/blog_fullsize/F3B2ED_fullsize.JPG
Perfeito!
Esta estória me lembra a história de um clube cheio de expectativas, que ia ficar com tudo em 2008 e parece que vai ficar só com a Dercy!
Desisto, de ora em diante, de tentar qualificar os textos do Rafael, visto que já gastei meu vocabulário de elogios. Me resta ficar no aguardo de que ele esteja reunindo os textos para juntá-los num livro. E por favor: parem de comparar o Rafael com Davi Coimbra! O Rafael não merece essa ofensa.
Ah, Rafa, Uadahell quer dizer "Zumba Lumba kutra fu?" ???
Severo: Tu te inspira no Nelson Rodrigues?
Que cérebro podre.......eheheheh !
Fantástico, tirando aquela parte que ficas pelado o resto é 1000, mas queria te ver de biquini rosa no BR...........huauauauau !
Fiquei pensando na relação com o custo Alexxx, blá, blá blá e não comeu ninguém, próxima vez talvez tú ´fature` um Gauchão !!!!
huauauauauaaa
Zumba Lumba Kutra Fu!
Os gremistas são "chupa rola" até em sonho...
Sensacional Rafael !
Loucura total !!!
Agora vendo essa foto da Juliana me deu vontade de comer ela de novo ...
... é que já tive vontade de comer a Juliana Paes algumas vezes e olhando a foto me deu vontade de comer ela de novo.
O Coloradodeesmeralda tem TODA razão: Comparar o Rafa com aquela MALA do Coimbra é muita sacanagem com o RAFA!!!
Muito bom o texto...
Rafael, só não concordo contigo sobre colocar silicone na Juliana.
Dá uma olhada no link e vê se já não tá "de bom tamanho"...
http://www.pratecomernapaz.theblog.com.br/inicial.html
Fantástico!
Tava bom memso o 'chatzinho pirata', ainda mais qdo se esta de bobeira.
Nas sextas pareço o hommer, lendo o texto do severo e babando...
Juliaaaaaaaaanaaaaaaaaa
Estevam, tem alguma noticia da negociação do 'pablito' Aimar? Ele se decidiu por algum clube?
O que eu sei é que seu empresário está agendando visitas e conversando com vários clubes.
O River parece que fez uma nova proposta muito boa, para repor a provável saída do Ortega, que tá meio brigado com o Simeone.
Que imaginação! Muito bom, parabéns!
Eu tbm acredito na vitória domingo!
Zumba Lumba Kutra Fu neles!
É acho que tá faltando a sexta estrela para o homi...
Se bem que nesse testo, tinha muito homem pelado pro meu gosto...
Enfim é como o CAIO DO MOVIMENTO INTERNET/BV disse aí acima...em 2008 era para ser TODAS AS GOSTOSAS e vamos acabar com a dercy...aí é brabo...
**************
Tudo graças ao fanfarrao que nos deixou esse fardo pesado para carregar...e agora já temos a ovelhinha do TITE...gil vale quase tudo de acordo com o Estevam...é brabo.
Sensualidade é mato!!!...já que é sexta feira!!!http://www.youtube.com/watch?v=8Q_RXCgtKIg&eurl
Muito bom Severo...
Depois me diz o que tu tomou pra dar esse "barato"... iuahaihaia
Avisado pelo meu amigo treinador preterido Clécius, fui ver e o Terra tá dando como certa a contratação do Bolívar, conforme foi anunciado ontem aqui no blog...
E, ao que tudo indica, vamos de Rosinei mesmo... pqp!
Anuncio de contratações e/ou vendas apenas na segunda feira... é esperar pra ver.
Bah Rafael, essa tua estoria me fez lembrar um livrinho antigo de contos do Woody Allen que eu comprei no aeroporto algumas semanas atras. Se chama "Que loucura!"...muita loucura, sacanagem e problemas mundanos/existenciais, caracteristicos daquele Woody Allen antigo. Acho que tu iria gostar.
Tem a mulher-melancia e o nosso vice-vegetal!
kkkkk...seria engracado se nao fosse tragico.
Vamo Vamo Inter...para onde eu nao sei, mas pior nao deve ficar...
Essa piada da provavel escalacao do Gil no ataque vc's podem contabilizar parcialmente na conta do custo Alexxx....o Tite jah sacou que Adriano-Nilmar-Alex em campo eh um 4-3-3 em que o meio fica muito vulneravel.
Obivamente o bruxismo tambem explica a opcao pelo Gil.
Aos que vao ao campo, comparem a movimentacao defensiva de Gil e Alex...
O Nolci levantou uma hipótese no meu post, que eu não tinha imaginado... de colocar o Gil para supostamente travar o lado direito de ataque deles...
Acho uma estratégia válida, mas digo supostamente porque não vejo capacidade no Gil de fazer coisa nenhum...
Mas se colocasse o Liquinho, por exemplo, no lugar do Gil e dissesse pro guri, "olha tua chance, greNAL, vai ter que jogar e tb marcar a saída de bola dos caras..." com a vontade que essa gurizada deve estar de mostrar serviço... garanto que ele ia marcar mais que o Edinho.
Qual é mesmo o n.º limite de jogos no brasileirão para poder trocar de time? 8? Se for relacionado pro banco já vel ou tem que entrar em campo? Alguem sabe? Queria dar uma pesquisada para saber quantos jogos faltam para nós termos que aturar o Gil em definitivo até o final do ano.
Gente, Gil em campo é óbvio. E nem é questão de bruxismo.
O Tite já falou que o time dele joga no 4-1-2-2-1. Então, o Adriano é reserva do Nilmar. As opções pra jogar do lado do Alex são Andrezinho, Taison e Gil e o Tite acha que o Taison não aguenta a partida toda.
Então o esquema é assim: entra o Gil, o time não joga nada, se ferra e no segundo tempo entra o Taison pra tentar resolver...
Severo,
Pra variar excelente texto né heheheh e isso não foi sonho, foi devaneio ahahahahahah...
Olha,
Fiquei sabendo que saem Alex, Guina e Nilmar, e até o fim do ano o Renan.
E que o rolo é muito maior mesmo, e que a real é que o grande problema não é o treinador/jogador ou algum outro, mas sim somente de diretoria. O problema tá de cima pra baixo.
Fiquei mais preocupado do que eu já tava. Poderia dizer mais algumas coisas por aqui mas não dá heheheheheh
ps: Marimas, a foto do teu post por acaso é a do grenal de inauguração do Olímpico, aquele do gainete e talicoisa? Muito bala a foto hahaha
Que tipo de problema alemão?
pois é Alemão
como agente tava falando
ta ruim e ainda vem o agosto
que vai piorar mais ainda
oremos
Deixe de pulantagens, Alemão! Desembucha duma vez! Descobre as maracutaias e fica se fazendo, mais vaidoso que delegado novo em chineiro...
CJR:
A parte dos homi pelado foi prá agradar o A Milano !
hauauauauaua
Se o A. Milano fala que é problema da diretoria, como eles não jogam bola nem administram futebol, acho que é grana...tem / tinha muita !
Nada de time, nada de obra...onde está a grana ?
Me desculpe Alemão, pelo jeito tens alguma informação de "cocheira", mas que o problema é de cimna pra baixo ou seja da DIRETORIA (em especial centralizada na figura do REI PÍFEO) isso eu já to dizendo por aqui FAZ HORAS!!! Ou acham que a debandada geral é por acaso??? O F9já teve outras propostas e ficou. Por que foi embora agora???
Então o negócio é o seguinte: A torcida colorada precisa seguir os sábios conselhos do lendário Bob Marley:
Get up, stand up: stand up for your rights!
Get up, stand up: dont give up the fight!
Tradução:
Levante, resista: lute pelos seus direitos!
Levante, resista: não desista da luta!
MOVIMENTO FORA PÍFEO JÁ, ANTES QUE SEJA TARDE!!!
Se metade do que ficamos sabendo for verdade(e olha que ficamos sabendo de poucas coisas) a situaçao vai ficar terrivel pra gente.
Nao da pra aceitar a saida do guina, nilmar e renan (alex ja é consenso)Querem nos colocar na segundona? Eu sou colorado e nao uma gazela azul.
Anelise,
Eu também falo isso há tempo, assim como outras pessoas tantas falam.
Esse é o menor dos problemas, mas é pela falta de pulso da direção que desandou tudo porta adentro do vestiário.
E aí que nusfu...
Pois é Alemão, mas daí te pergunto: Nós torcedores vamos apenas ficar assistindo a isso tudo e esperando pelo pior??? Eu não quero passar o centenário na segundona... Por isso penso que temos o DEVER de fazer algo pra tirar esses inconpetentes de lá...
Abços!
Fazer o q anelise? Dar um laço de vara de marmelo no piffero? jogar o luigi pras tartarugas? O que nós torcedores podemos fazer, é nao votar nesse pessoal de novo. Nao tem outro jeito.
Acho que tem sim Alexandre: Protestos e mais protestos pra ver se eles não se mancam...
Por exemplo: Jogo no gigante, arquibancadas vazias; torcida toda ao redor do estádio gritando: FORA PÍFEO!!! Garanto que os jogadores não iriam se ofender!!!
Ou quem sabe uma campanha de desassociaçòes em massa, com a condição dos sócios retornarem com a saída dessa corja... Afinal não adianta ficar dando dinheiro pro clube se os DIRIGENTES tratam de encher os próprios bolsos.
Só sei que algo precisa ser feito e certamente criatividade não falta a torcida colorada. Se o clube tem 80 mil sócios, estes tem que fazer valer a sua vontade...
Olha, acho que podemos fazer qualquer coisa, nao iam nem dar bola. Nunca deram. Qualquer tipo de protesto, a diretoria da uma atencao, faz um carinho aqui , outro ali e fica tudo como antes.
Semana que vem tem reuniao do conselho.Sera que vai ter cobranças em cima do piffero?
Pelo que o pessoal aqui tá comentando a coisa parece mais feia que bater em mãe.
Eu que agora tenho conta no Banco do Brasil e estava pensando em me associar resolvi dar mais um tempo e esperar prá ver, porque pagar prá ver essa diretoria implodir com o nosso colorado não dá né !
Em partes...
Alemão, segundo o site onde achei a foto, ela é de um greNAL de 1969... e os delicados da foto são Sadi colorado e Alcindo gazela...
Gostei da idéia de estádio vazio com protesto na rua... duvido que se consiga mobilizar um número considerável de pessoas, mas a idéia é boa...
Não sou sócio, mas me atrevo a dizer que cancelamento em massa de associações é o chamado tiro no pé... final do ano, se tudo der certo, o Píffio vai embora, mas o clube fica.
É, a coisa tá mais feia que tombo de mão no bolso...
Pois é Fernando,
Acho que nossa diretoria resolveu tirar uma aulas lá pelo parque sao jorge no ano passado...
Eu também não sou sócia. Vou aos jogos que posso, pago por meu ingresso, adquiro produtos do clube, estas são as formas que procuro ajudar o clube, afinal, a situaçào financeira do clube certamente está bem melhor que a minha (risos).
Mas como torcedora me sinto no direito de PROTESTAR contra atos nocivos contra o patrimonio Inter. Depois que fizerem toda a M que estão planejando eles SOMEM NO MUNDO e nós torcedores ficamos tendo que re-erguer o clube...
Assim como tantos outros, não tenho mais como te elogiar. Acabou o vocabulário. E que imaginação, heeeinho! Tá loco!
Apoiada Anelise.
Sabem o que acho pior ainda?
É que tão saindo jogadores importantíssimos, mas até aí tudo bem; o pior é saber que no lugar deles (provavelmente) vão entrar mais nabas!
Fora Pifeo.
"
Nao da pra aceitar a saida do guina, nilmar e renan (alex ja é consenso)Querem nos colocar na segundona? Eu sou colorado e nao uma gazela azul." Perfeito, Alexandre.
Marimon,
nao sei até que ponto as desassociações em massa repercutiriam no finaceiro do clube, pois os cofres já tão cheios (se é que não sei se o Pífeo deixa o $$$ no cofre do clube ou se faz feito o Euricào que acha mais seguro levar pra sua própria casa). Acho que seria uma açào que iria repercutir mais em termos de "pressão política" mesmo. E friso: com a alegria da saída desses trastes, no mes seguinte as assossiaçòes até atingiriam os almejados 100 mil...
Apenas penso que não podemos deixar esse barco afundar mais sem fazer nada...
Abçs!
É isso aí Anelise.
A torcida tem que protestar, principalmente se forem confirmadas a saída destes 3.
O problema é como protestar de forma contundente sem que haja o perigo de descambar para a violência.
Eu não posso acreditar que essa diretoria vai deixar a coisa degringolar dessa forma em plena véspera do centenário.
Acho que estah na hora de voltar `a epoca dos protestos fortes no portao 8, alem de outras formas de sinalizar a indignacao.
E a Popular????
Vai continuar cantando ou vai criar vergonha ma cara e agir como outras torcidas como a Mancha Verde? Que apoia sempre dependendo do momento, e critica pesado se for necessario.
Bah, se a saída desses jogadores, com exceção do Alex, se confirmar, eu começo a temer pelo pior, pela ida àquele lugar que só os pijamistas conhecem...
Col
É exatamente o que penso. Já é hora de a torcida deixar essa letargia de lado, ver que 2006 acabou e exigir que essa direção tome vergonha na cara.
É chegada a hora do portão 8.
É Fernando, a violência é realmente uma preocupação, pois onde há massa há sempre um grande risco de baderneiros infiltrados. Por isso que penso que o direito do sócio é no voto e também na mensalidade, pois subsidiar a PATIFARIA é assumir de certo modo uma co-responsabilidade... Sem querer ser extremista é mais ou menos aquele argumento de que o usuário de drogas finacia o tráfico. Se bem que no caso do sócio colorado, sei que o que está acima de tudo é o amor pelo Inter... Mas esse amor não pode ser CEGO NÃO! Tem que protestar da forma que dá...
Por exemplo, não acho certo uma torcida com a força da POPULAR se vender politicamente em troca de "regalias" dentro do clube. Eu estava naquele jogo em que fizeram um protesto contra o Pífero e logo,logo ele voltou atrás com relacao a não subsidiar as viagens deles. Entao é assim mesmo, tem que ser na pressão, mas não apenas na hora que convém a alguns e sim pensar mais no CLUBE.
Col,
Não havia lido teu comentário, pois estava escrevendo... Mas concordamos em GENERO, NUMERO E GRAU!!!
A popular faz uma linda festa, mas de tanto ficar nessa de apoiar o time sempre perde a referencia na hora de cobrar e essa direçao (que é incompetente, mas nao é burra)se aproveita disso.
Daí penso que agora o portao 8 foi trocado pelo portao 7....
E tem mais uma coisa: com a DINASTIA PÍFEO instaurou-se um processo de ELITIZAÇÃO DO CLUBE, pois não foi uma nem duas vezes que ouvi este sujeitinho dizer que: "TORCEDOR DO INTERNACIONAL É O SÓCIO COLORADO" numa manifestação inconteste de que aqueles que não tem grana pra bancar o clube não são considerados por ELE torcedores do Inter. Depois que ouvi isso repetidas vezes daí mesmo que não quis me associar.
Então aquele pessoal que ia no portão 8 protestar era aquele que juntava uma graninha pra ir ao gigante e ficava inconformado com as derrotas e fazia algo "concreto" com relação a sua inconformidade.
No portoalegrense foi algo parecido, queriam ser a ELITE, CASTA NOBRE, só que quando foram por LIMBO, o Odone chegou, baixou o preço dos ingressos e quem estava nas arquibancadas era na maioria a galera que pegava o T6 lotado lá da zona norte e vinha apoiar o clube...
É isso aí Anelise.
Não podemos esquecer nossas origens como clube do povo.
E penso que não será um Prepotentesinho como esse Pífeo que irá DISTORCER nossa história, nosso passado do qual muito podemos e devemos nos orgulhar, Fernando. Já contei aqui uma vez que meu falecido avô era um humilde mecânico, mas contribuiu como pôde para a construção do Gigante (mostrei até os documentos da época, está em algum lugar desse bolg). Hoje, de acordo com a "lógica pifeana", talvez ele não pudesse se dizer Torcedor Colorado... É MUITA ARROGÂNCIA!!!
Eu vi os documentos Anelise, lembro bem.
Deves sentir muito orgulho disso, né ?
Eu também sentiria.
Acho que é por isso que eu quero me associar.
Para que meus netos tenham uma carteirinha então lá dos idos do ano de 2008 e possam dizer : "Meu avô participou da campanha do centenário do Inter."
Fernando, precisamos que o clube dure até lá. Desse jeito o piffero acaba com a gente - hahahahaha
Brincadeira aí pessoal, esse mala vai sair e o clube continua.
O clube vai continuar com certeza só espero que essa mala não deixe uma herança prá lá de triste.
Quando eu penso em segundona, imediatamente me vem à cabeça que eu posso estar sendo muito pessimista.
Será ?
Gurises:
Todos os clubes que foram parar na segundona foram tiveram como principal característica - além da ruindade de sues times - a falta de planejamento e roubalheira em suas diretorias. E vice-versa (risos). Ou seja, se não fizermos os maus rumos das coisas mudarem, a vaga na segundona nào será uma fatalidade; SERÁ CONSEQUENCIA, RESULTADO!!! E olha que pra cair com essa ruidade de times tem que ter PLANEJAMENTO PRA CAIR.
Nao Fernando. Isso tb passa na minha cabeça(acho que mais do que um novo titulo de peso, eu quero é nunca visitar o inferno da segundona...)
Meeeeeeeeeeedoooooo.
Concordo Alexandre, antes de qualquer título prefiro primeiro nunca cair para a segundona.
"Todos os clubes que foram parar na segundona foram tiveram como principal característica - além da ruindade de sues times - a falta de planejamento e roubalheira em suas diretorias. E vice-versa (risos). "
Anelise : O vice versa seria a falta de diretoria e o planejamento da roubalheira?
É bem por aí o VICE-VERSA Alexandre (risos). Coisa de Politicos... Também tô nessa: não caindo já tamo no lucro!
Vale lembrar que o primeiro a escapar da degola em 2007 fez 45 pontos.
Faltariam portanto mais 38 ao Inter...
São 93 ponto ainda em disputa.
Precisamos um aproveitamento de 40,86%....isso se a projeção de 45 pontos se confirmar.
MEEEEEEDOOOOOOOOOOOO......
Essa direção é sacana pra caralho, devem estar ficando mais ricos a cada dia que se passa.
Só tem um jeito de pressionar a direção, é fazer cancelamento de socios, imaginem 50 mil sócios se desligando do quadro em 30 dias e o inter deixando de arrecadar 1,5 milhoes ao mes.
Postar um comentário
Para deixar seu comentário você primeiro precisa registrar no www.Blogger.com ou usar seu Gmail para fazer o Login. Ou ainda criar um perfil no Google (veja link abaixo). Qualquer um desses serve.
________________________________________________
Para colocar LINK faça assim
Se Tu quer criar um Link, use o formato abaixo, só troque os "[" e "]" com < and >:
[a href="http://www.URLdolinkto.com"]Texto para aparecer[/a]