Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge, para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem.
Para que meus inimigos tenham mão e, não me toquem.
Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam.
E nem mesmo um pensamento eles possam ter para me fazerem mal...
O universo conspira e São Jorge baixou na beira do rio. O ano do centenário está rodeado de curiosidades, repleto de expectativas e de grande inspiração. Se a fé não te comove, saiba que neste ano se comemoram os duzentos anos do nascimento de Charles Darwin – pai da “Origem das Espécies” e entendedor da criação. Devotos ou não, crentes ou céticos, religiosos ou científicos, entendam que dá pra misturar um pouco de São Jorge com Darwin que sai o Inter de santo guerreiro, matando dragão e sustentando que só os mais fortes sobrevivem.
Bem ressalto que faltam batalhas contundentes pra justificarem mito e teoria. Até sinto ansiedade por estes confrontos, mesmo assim, enquanto não me recrutam até a arquibancada no momento forte e bravo, sigo divagando sobre a linda jogada no gol de Taison, ontem, que iniciou numa disputa belíssima de Alecsandro (ou Sandro?). No meio do campo, caído e restabelecido na mesma elegância, retoma a bola, manda pra D’Alessandro num passe longo, que manda pro Neguinho chutar forte no canto. É... Os mais fortes sobrevivem.
Em vinte e três de abril é dia de São Jorge e, tu vês, suas cores são vermelho e branco. Jorge é da Capadócia e também é colorado. Darwin proporia, hoje, a nova evolução: primeiro macaco, depois homem e por fim, D’Alessandro. Mas também complementaria, Guiñazu veio do cachorro louco, Taison e Nilmar, do papa-léguas e por aí vai. Os próximos meses hão de unir galho de arruda com física e química. Coincidências misturadas com lógica. A certeza de tudo, com a certeza de nada. Que possa eu estar presente, em cada um destes momentos.
Salve!