O Projeto Gigante Para Sempre não é o primeiro sobre o patrimônio do Inter, nem será o primeiro a ser 100% realidade. Toda vez que o "como fazer" não é pensado juntamente com o "o que fazer", acontece esse problema.
Um estádio é um grande empreendimento econômico, hoje mais do que nunca. A eficiência financeira deve estar a frente de questões estéticas e o tamanho. Diferentemente dos anos 50, hoje não é o tamanho do estádio que deve importar, mas sim a sua média de público e o quanto ele reverte em rendas para o Clube poder re-investir no futebol.
Lamento ver muita gente preocupada apenas com a capacidade total do Beira-Rio pós reforma e não ver ninguém falar em metas de média de público, por exemplo, "40 mil por jogo". Isso é o que realmente importa, mas o Beira-Rio têm gargalos para atingir essa meta, como circulação de pessoas e, principalmente trânsito (estacionamentos e transporte público), que estão a margem do debate.
Tudo que se fala em jornais, do tal orçamento (na verdade um chute) de R$ 150 milhões - que já aparece como R$ 155 e, as vezes, R$ 170 milhões - é relativo exclusivamente ao Estádio, cobertura, arquibancadas, etc. Todo o resto que aparece no Projeto não é contemplado. Processo idêntico ao que já aconteceu no projeto original do Beira-Rio e que resultou em um crescimento e ocupação desordenada do terreno que deveria ser do Clube até a junção da Av. Beira-Rio com a Av. Padre Cacique.
Projeto original com marina, circulação planejada, ginásio ao sul do estádio, estacionamento, cobertura em todo estádio, depois substituída por um terceiro andar na superior.
Eucaliptos: reforma para a Copa de 1950 nunca foi concluída. Projeto foi abandonado após a construção do Estádio Olímpico em 1954.
Todos os problemas que o Inter está enfrentando agora é por ter cometido o erro de desenvolver o projeto arquitetônico, sem os devidos estudos prévios financeiros e de viabilidade econômica. Agora que os estudos estão sendo feitos - por pressão externa, diga-se - e também pelas razões históricas apontadas que considero urgente a apresentação de um projeto realista que apresente aquilo que será efetivamente realizado nessa reforma.
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Mais sobre a reforma em beirario2014.blogspot.com
14 Comentários:
Não adianta só investir no estádio, tem que melhorar o atendimento ao sócio também. No show do Paul, a fila pro gramado foi palhaçada. Ninguém sabia qual a fila certa, empurra-empurra... Ninguém do clube ou da organização do show pra passar informação correta. Palhaçada, sendo que tinha crianças e até idosos lá.
Gosto de ver os jogos da arquibancada superior e quando lota, é uma briga, pois mesmo que tenha duas rampas de acesso, elas se encontram num unico ponto de entrada (não vi nada no projeto Gigante Para Sempre alterando isso).
Ramon, de fato. Não adianta construir um Wembley ou Allianz Arena na beira do Guaíba se não tiver gestão e operação de qualidade.
Essa questão da circulação da superior já foi objeto de manifestação minha no Conselho e o Presidente Píffero mostrou certo desconhecimento da real situação.
Algo que ajudaria bastante, seria fazer com que as roletas de entrada fossem em carrinhos móveis. Algo simples e barato de fazer... Hoje elas são chumbadas no chão, diminuindo um portão de saída e causando acúmulo de público em apenas dois portões centrais.
Abraço.
Antes de mais tudo, quero que a COPA 2014 SEJA NA CONCONCHINA, o Brasil como em tudo ainda não está preparado pra receber tais eventos, o próprio PAN no Rio deixou claro, não as "belas" imagens globais mostradas, onde parece que o PAN foi mil maravilhas, mas sim, quem esteve lá como eu, sabe o que estou dizendo, uma total falta de organização e pior, gastaram 600 milhões de reias do cofre público para restaurar o Maracaña (2007) e agora querem gastar mais 300 milhões (roubo é pouco). Sem falar da falta de estrutura que o Brasil tem, como em ferrovias e aereportos, um total descaso com a população.
Agora deixando o espetáculo de vergonha que está por vir, falamos do Beira-Rio, o problema maior da Diretoria é pensar em atender os mandos e desmandos da Fifa ao invés de pensar no torcedor, não precisava uma Copa aqui para fazer um estacionamento descente, lojas de vendas, barzinhos, restaurantes e outros pontos de arrecadamento no estádio, só colocando isso, com certeza já aumentaria o público no Beira-Rio, afinal se pode ficar em casa assistindo no pay per view com toda a comodidade pra que vai ir ao estádio, estacionar o carro na lama, enfrentar uma fila de empurra empurra, não ter nada além do jogo pra fazer no estádio?
Resumindo, PENSE PRIMEIRO NO TORCEDOR, DEPOIS NA CORJA, afinal o torcedor está aqui ano após ano, a corja só fica 1 mês!
A questão é que se tu faz um estádio bom mesmo, bem planejado, para o TORCEDOR.
As exigências para a Copa saem, como se diz, na urina.
O que a FIFA exige que não é de interesse para o Inter é dois vestiários em bom padrão. Mas que é um ninharia, perto de tudo que uma copa PODE render. Com os investimentos no entorno.
Abraços.
Outro ponto importantissimio: Aumento da capacidade da entrada nos estacionamentos: 1 ou 2 "catracas humanas" para cada estacionamento é um desparate. Somente no acesso ao BR tem cancela eletronica, e mesmo assim e numero insuficente. O estacionamento do Parque Gigante é um suplicio, principalmente na hora da saída, já que os carros tem que atravessar a avenida pois a saida junto ao meio-fio é extremamente estreita.
Cada entrada de estacionamento deveria ter 4 cancelas eletronicas, automatizadas, para pagamento posterior em algum quioske.
75% dos engarrafamentos são causados devido a demora em coseguir entrar nos estacionamentos.
Guilherme, tocaste o dedo na ferida. É simplesmente impossível exito numa obra de tal envergadura sem um excelente planejamento prévio, coisa que pelo visto não existiu no Beira Rio. É tudo no chute.
Eu nunca acreditei nos valores apresentados e tenho convicção que pessoa alguma sabe exatamente quanto será gasto e o que efetivamente será feito.
No futuro veremos imagens do que foi apresentado em vídeos e fotos e do que realmente foi feito. A história dos Eucalíptos se repetirá.
Trabalho há 21 anos com empresas, projetos e investimentos. Só acompanho o projeto do Inter perifericamente, pela imprensa. Mas acho que dá para afirmar - o projeto é sonho, o Inter não tem dinheiro para tocá-lo. Examinei os balanços do Inter de 2008 e 2009. O clube é deficitário, mesmo sem investir R$0,01 em obras.
Anonimo de todo o dia...
E como o Gremio e o Palmeiras vao tocar o deles sem dinheiro algum ?
É só comprometer receitas futuras que nao existem hoje. Essas receitas podem vir de milhares de lugares novos no complexo beira-rio e de naming rights por exemplo.
Tem gente que só tem a IDÉIA, seu anonimo....mas consegue viabiliza-la e ficar bilionario. Nao preciso citar nomes para vc certo.
O SP tem um orçamento parecido com o do Inter e vem tocando uma tremenda reforma, bem maior que a do Inter, basicamente só com a IDÉIA e muito poucos recursos saídos do seu orçamento.
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Sobre a reforma do BR...acho que o BR TEM QUE TER NO MINIMO os 66 mil lugares falados pela direçao a um tempo atras, para depois da copa. O Ideal seria 70 mil. As médias de ocupaçao nao podem ser baseadas em médias históricas. O complexo ainda nao oferece as condiçoes de atratividade que oferecerá no futuro, onde acredito poderá ter médias de 45/55 mil pessoas ou mais. E outra...todo time grande no Brasil jogará em estadios para 70 mil em media e o Inter nao poderá ficar muito atras. Estadios para 40 mil pessoas sao para times medios, tipo o Atl. paranaense, botafogo e outros.
É logico que tem que ter a viabilidade financeira. Mas nao dá para abrir mao do tamanho.
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Sobre a obra em si...CHEGA SER VERGONHOSO A LARGURA DAS RAMPAS DE ACESSO AO ANEL SUPERIOR NO BEIRA-RIO. Isso com certeza, se nada for feito afetará o fluxo de entrada e saída, comprometendo as medias futuras.
Jonatammm uma das saídas do maior estacionamento do Beira-Rio, construída nos últimos anos... É virada para a calçada de uma loja de piscinas. Algo surreal.
CJR, que fique claro. Eu não falei em capacidade total de 40 mil, eu disse apenas que a média de público deve ser o principal objeto de preocupação, tendo como meta, POR EXEMPLO, 40 mil por jogo.
Ah..aí Ok. Estamos de acordo. Acho que a meta...deve ser por aí mesmo. Uns 40-45 mil/jogo por baixo, com tudo resolvido em questao de acessabilidade.
Depois...acho que essa meta só será aumentada pela qualidade do produto que hoje é baixa em metade do ano. (CAMPEONATO BRASILEIRO E GAUCHAO). Hoje o grau de confiança no CB beira ao ridiculo.
Concomitante com a meta de 40 mil/jogo....coloca-se o objetivo de se aumentar o ticket médio...que deve ser outro conceito pouco conhecido lá pelas bandas do BR. E que o Mallet juntamente com o Convergencia tenho certeza que conhecem e devem adressar isso no seu plano de gestao e match-day.
Esse tema da reforma....é deveras importante e interessante...pena que veio no meio de um feriado.
Sobre o estacionamento...há no minimo 5 tipos de tecnologias diferentes e já baratas para se eliminar qq cabine de pagamento que possa atravancar mais o transito ainda. E sobre as entradas e saídas do mesmo é inconcebível que o poder publico nao leve em consideraçao areas de escape externas assim com o clube nao consiga planejar um estacionamento com um rua interna ao seu terreno que saia como mao paralela a rua pricipal por no minimo 300 metros.
E aproveito para perguntar...as areas adjacentes onde seria o hotel e que se estende ate a junçao das duas avenidas lá no fim, sao ou nao sao do Inter ???
Pois pelo que entendi lendo melhor o texto do Malett nao sao do clube já que no final do seu post diz assim...
...."terreno que deveria ser do Clube até a junção da Av. Beira-Rio com a Av. Padre Cacique."
Ou seja..infere-se que nao é do Inter.
E eu achava que o Inter já tinha se adonado dessa area toda e tivesse tudo isso regularizado ja nos orgaos publicos...
Pelo que dá a entender o Mallet...essa area toda adjacente nao é do Inter...
Fica a minha pergunta aí...afinal é ou nao do Inter o terreno ate a junçao das avenidas ?
Muito bom o post! Especialmente a foto do Projeto "Eucaliptos Para Sempre"! Se tivesse se concretizado, hoje teríamos uma espécie de Vila Belmiro. Mas, será que teríamos também o Beira-Rio?
Bueno, pensemos no futuro.
CJR,
O Decreto municipal que destinou aquela área para o Inter, definia claramente a doação do terreno até o encontro da Av. Padre Cacique com a então futura Av. Beira-Rio - como se vê no projeto.
Em troca o Inter deveria construir uma escola para cerca de 250 crianças (o Prefeito era o Brizola).
Com o tempo, ocupações irregulares e indefinições geraram uma série de conflitos entre o Clube e Prefeitura. Hoje o Inter depende de desapropriações já prometidas pela prefeitura, mas nem sinal...
O que é, de fato, do Inter é apenas o posto Shell, que aluga aquele terreno.
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Aliás, o Portal da Transparência do Governo Federal(algo que defendemos também para o Inter)... aponta o início das obras na Av. Moab Caldas em Dezembro de 2010, sendo que as desapropriações deveriam ter começado em Junho deste ano. Essa avenida é fundamental para o Beira-Rio. Quanto ao corredor de ônibus na Padre Cacique... zzzzz....
Ocorreu fila no gramado para o show do velho McCartney por um simples motivo: ESTÁDIO DE FUTEBOL NÃO É LUGAR PARA SHOWS! Que se construa um local apropriado em Porto Alegre. Modelos não faltam, é só conferir as arenas e anfiteatros que pululam nos E.U.A...
olha Leandro, eu discordo de ti, pelo simples fato de termos uma estrutura que é pouco utilizada.
No meio desse ano tivemos uma palestra do Convergencia com o Romulo Macedo ,consultor de estádios e arenas (www.estadiosearenas.com.br ) sobre gestão e operação de estádios de futebol.
Ali deu pra ver, que muita coisa que se discute a nivel de conselho onde se joga um baixo faturamento de determinado setor do Clube, pra a esperança de melhora jogada pro ano seguinte pode muito bem ser solucionada com simples açoes, foi nos demonstrado videos onde o simples fato de fazer uma cerimonia de casamento no gramado e posteriormente uma festa no salao de eventos é plenamente possivel, certamente algum maluco pode se interessar, basta criar um mecanismo de captaçao desse cliente, uma estrutura para a execução e trabalhar em cima disso, tambem transformar os camarotes em quartos de hotel, ja que afora dias de jogos eles ficam totalmente inoperantes.
Somente dessa forma, gradualmente iremos tirar o peso da compra e venda de jogadores pra salvar o superavit anual do Clube.
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