Amigos, que momento triste pensar em escrever. Justamente um dia após o maior declive da história do Inter, possivelmente do futebol nacional. É ruim de escrever isso, acredito que ler também. O embrulho no estômago vai durar um bom tempo dessa vez.
Tem tanta coisa para dizer sobre a tarde de ontem, mas ao mesmo tempo nada. Daria para lotar o post inteiro com críticas individuais sobre todos os jogadores, a comissão técnica e os dirigentes, mais uma análise de tudo que deu errado. Mas não satisfaria ninguém.
Também não há como pensar em um 'lado positivo', simplesmente porque não há. Foi um jogo horrível. O Inter jogou terrivelmente mal e, convenhamos, os méritos do Mazembe são os mesmos de qualquer time de futebol: chutou e fez o gol. O problema foi que nem isso o Inter fez.
Deu tudo errado. Aqueles problemas que íamos resolvendo com gambiarras se abriram todos juntos e a coisa desandou completamente. Desde o esquema furado, que dava bem com Taison, mas que continuou mesmo com a sua saída, graças ao genial Celso Roth.
Aliás, graças a esse Mundial ficou escancarada a fraqueza do mediano Celso Roth. Além de outra coisa: a loucura da torcida colorada, essa que acreditou sair com o caneco de Abu Dhabi tendo Celso Roth na casamata. Celso Roth como técnico é um excelente ator, que interpretou a historia do técnico que nunca ganhou nada, conseguiu o maior título da América do Sul no susto e todos acreditaram estar curado da maldição eterna. Mas ela é eterna. Caiu a máscara assim que ele começou a alterar o time.
Enfim, passado o jogo, apesar das feridas continuarem abertas, elas devem cicatrizar antes do início do próximo ano, onde o Inter tem uma Libertadores para defender. O time colorado passa longe de ser ruim, ele só precisa de alguns reparos: um técnico (as coisas não vão muito bem, há rumores de Dunga e Dorival Júnior, dois técnicos medianos, o primeiro igual a Celso e o segundo um pouco melhor que o ex-bigodudo), um goleiro (pode vir da base, Agenor ou Muriel) e um atacante (a boataria corre solta em cima do nome de Luis Fabiano, uma contratação que pode ser interessante).
Apesar do acontecido, o Inter continua um dos favoritos da Libertadores, ainda temos um grupo com Tinga, D'Alessandro, Giuliano, Sóbis, Kléber (não jogou nada ontem) e etc. Citando apenas os nomes que tem menos chance de sair. É hora de baixar a cabeça, esquecer a flauta (deixem a torcida responder, por favor, ainda mais elas estando fraquíssimas) e trabalhar forte para fazer de 2011 um ano onde 'nem uma derrota histórica abalou o Inter'. Temos cacife, só precisamos de vontade.