sexta-feira, maio 13, 2011

72 PODER DE REAÇÃO

72
Chegou a hora.

Este time atual do Inter tem domingo a chance de mudar a sua própria história.

Jogadores que nos acostumamos a ver com a camisa colorada, Bolívar, Kleber, Guinazu, Dalessandro, Tinga, Andrezinho e etc, são sim responsáveis pelos últimos títulos conquistados. Uma Sul-Americana e uma Copa Libertadores. Porém também marcam em seus currículos derrotas e fracassos: Mazembe, Penarol, Brasileirão de 2009. Todos estes fracassos marcados por uma característica, a falta de indignação, a demonstração de apatia e uma certa indiferença quanto ao resultado negativo.

Alguém lembra qual foi a última grande virada de placar do Inter? Alguma partida onde o Inter esteve atrás no placar e conseguiu reverter a situação?

Praticamente todos os triunfos tiveram o Inter saindo na frente e segurando depois, mas uma virada, uma reação colorada não vemos há tempos. Talvez a última vitória deste tipo tenham sidos as duas finais da Libertadores, mas que foram viradas mais na técnica no que na vontade, no abafa, na pressão, numa demonstração de indignação com a adversidade.

Vejamos um exemplo simples. No primeiro Gre-nal, vencido nos penaltis pelo Inter, simplesmente o Grêmio veio para o abafa e empatou o jogo quando tinhamos um a menos. Sim Falcão ajudou se encagalhando dentro do gol, mas o time da Azenha conseguiu na vontade simplesmente, alçar 50 bolas dentro da meta colorada até que uma entrou. Neste último Gre-nal, Escudero foi expulso, deixando o Inter com 1 a mais, e não conseguimos empurrar eles pra dentro do gol, o time parecia conformado, indiferente com o que acontecia. D'alessandro era o exemplo clássico disso. Assim como foi com o Mazembe, não fomos capazes de nem ao menos no abafa, no chuveirinho, na vontade, criar uma possibilidade de reação. De mostrar indignação. Vemos Dale sumir, vemos Kleber mascar chiclé, Guina correr correr, chegar na frente do gol e nada...

Neste domingo, estamos atrás, na casa deles, tudo conspirando contra. Sobis tá fora, Cavenaghi também, provavelmente vamos com o esquema que nunca deu certo, 3 meias e 1 atacante.

Renan, Nei, Bolívar, Índio e Kleber. Bolatti, Guinazu, Oscar, Andrezinho e Dalessandro. Leandro Damião.

Vocês tem a chance de mudar este quadro. Perder e ganhar faz parte do jogo, mas como se perde e como se ganha é o que mostra a cara de um time de futebol.

No Domingo, na azenha, ou estes jogadores revertem sua própria história, e finalmente mostram poder de reação, ou serão para sempre lembrados como um time sim vencedor, mas que tinha esta triste marca de indiferença perante a adversidade.

Domingo!